Tic Tac - Parte 1

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olá marujos! no relatório da nossa viagem anterior, Clair recebeu uma avalanche de informações sobre sua situação. E, como não podemos esquecer, nosso querido Capitão mostrou suas garras. A pergunta é que não quer calar é: por que ele fez isso tudo? Bom, acredito que precisamos continuar velejando até descobrir.

(Gostam que eu tente refrescar a memória de vocês dos capítulos passados? Deixe sua opinião! :D)
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Terra do Nunca - No outro dia, 2:57 pm.

Ainda estava processando as cenas anteriores. Tudo que eu queria era Senri do meu lado, dizendo que iria ficar tudo bem, de qualquer forma, não seria uma boa ideia ele vir. Ou seja, é apenas eu contra vários estranhos nesse lugar que até agora não entendi se era um navio.

As vestimentas deles são idênticas aos Piratas do Caribe, além das suas armas que, de acordo com o que já li, seriam iguais as armas usadas pelos verdadeiros piratas da época. Parece que acabaram de sair do filme, ou eu que estou ficando maluca de novo. Agora eu entendi porque Diana dizia para eu nunca parar de tomar meus remédios.

Aqueles objetos inanimados não pareciam frutos da minha imaginação fértil. Estava tudo realista demais. Eu apenas gostaria de saber que merda é aquela. Ademais, devo ter desenvolvido uma possível obsessão com cada objeto desse navio, tenho a convicção que algum deles irá falar comigo quando menos esperar.

Depois de colocar as vestimentas, continuei na cozinha cortando cada pedaço de carne sentindo a impetuosidade acariciar meus dedos que comprimiam o cabo da faca de cozinha no qual eu estava segurando, imaginando aquele capitão de meia-tigela sendo o meu alvo no lugar. Quando terminamos, Helena serviu-nos - eu e Amanda, dizendo que sempre fazia isso porque os capangas tinham o olho maior do que a barriga, expressão essa que não entendi até agora.

E, tudo isso, graças aquele maldito. Ele quem planejou o sequestro, para virar uma possível escrava. Eu não sei como ele ainda teve a coragem de me buscar na minha casa, pisar no meu chão e olhar para Senri, com o rosto mais cínico do mundo. Falando nele, não vi mais sua presença após nosso último confronto direto, contanto que esteja longe de mim.

Naquele dia, fui levada ao mesmo quarto de quando eu acordei. Não consegui dormir bem, pois a tristeza que estava sentindo esmagava meu peito e isso doía, ainda mais por não conseguir chorar, parecia que ficava tudo entalado na minha garganta; quase fiquei sem ar. Eu não estava segura, e temia um dia dormir nesse quarto gélido então nunca mais acordar. E foi somente isso martelando na minha cabeça até o amanhecer.

Em questão as minhas vestimentas, infelizmente fui obrigada a jogar tudo fora. Helena quando me levou ao banheiro disse que foram ordens de Jungkook.

"Tinha que ser"

E para tomar banho foi uma tortura, minha ferida estava infeccionada, porém a idosa me ajudou novamente. Até que tomar esse banho não foi uma má ideia.

A roupa que aquele maldito me deu serviu muito bem no meu corpo, algo de bom ao menos saiu dele. Havia um corset preto, mas convenci Helena de que colocar ele por agora não seria uma boa ideia pois eu estava machucada. O outfit consistia em uma calça preta que tinha um tecido um pouco frágil, botas de cano médio com fivelas e uma camisa branca de manga bufante com um decote nos meus seios, - o que me deixou bem desconfortável. Uma coisa que percebi foi que ele havia pegado minhas peças íntimas e colocado ali também para eu vestir, o que foi um sinal que minha bagagem havia sobrevivido ao acidente ou pelo menos metade dela. Um psicopata, e tarado...

- Bom, não irei reclamar. Está ótimo.

- Do que está falando, querida? - devo ter falado em voz alta.

𝐇𝐀𝐓𝐂𝐇𝐄𝐒 • JJKOnde histórias criam vida. Descubra agora