𝐇𝐀𝐓𝐂𝐇𝐄𝐒 • JJK

Mordendo a Carne do Diabo

olá, marujos! quanto tempo estive desejando vir aqui de novo? bom, queria pedir desculpas pela demora, culpa da vida de vestibulanda de medicina. Aliás, quem mais aqui tá tentando medicina também? espero que esteja tendo bastante gente, porque aí a gente entende o sofrimento uma da outra e chora rs.

brincadeiras a parte.

aqui está mais um capítulo cheio de tudo que vocês (leitores) amam que eu sei. Eu também amo um pouco de drama, umas ceninhas de paqueras aqui e ali... hehe, boy. Bom, na expedição passada nós paramos na casa da Mama e descobrimos que a família era de canibais. Aliás, um adendo, vai ter muita coisa por trás disso, me aguardem. Nisso, fugimos deles com a ajuda de Rosé e paramos em uma taverna, que era de Harry (o bartender e vão descobrir agora que ele é dono também ops). Nela, ambas foram quase expulsas por roubar e então nosso capitão apareceu, sendo suspeitamente amigável. Agora, fiquem com o cap!

(obs.: prestem atenção nas datas)
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Cada dia que se passa, algo em mim começa a estragar. É como se todos meus objetivos estivessem sendo desviados. Os obstáculos surgem como uma estaca enfiada no peito. Fico me questionando o quão inocente fui para chegar até aqui ao lado de uma canibal e um pirata sádico. Ou melhor, o quão estúpida de acreditar que conseguirei vencer contra alguém que lê essa ilha com a palma da mão.

Jungkook pegou algo que era meu e eu quero de volta.

Inglaterra - 2034/03/30, 4:30 pm.
(Mansão Adams)

Encarava meu reflexo que refletia no espelho enorme e de detalhes dourados. Estava passando um pente fino pelos meus cabelos grisalhos, em seguida, arrumo meu terno preto que estava levemente amarrotado. Sorrio de satisfação com o que via.

Impecável, deslumbrante como sempre.

Por um momento, a imagem de Clair passa pela minha mente. Não é como se nunca estivesse, pelo contrário, a senhorita Adams vaga pelos meus pensamentos o tempo todo, eu vivo por ela. Eu mato por ela, embora eu não cometa tal estupidez. Noto o quão intensamente eu encarava o espelho, podia sentir a minha energia exalando naquele momento. Saudades era o que eu sentia.

Saio do corredor que eu estava e entro no meu quarto. Levo minhas mãos - que estavam encapadas por uma luva branca - até o pescoço, tombando a cabeça um pouco para o lado, nisso solto um suspiro profundo de cansaço. Enfim, voltando ao que interessa.

Caminho até a moldura que havia nas paredes do meu quarto e afasto uma delas, revelando uma foto escondida. Era Clair e seu pai. Começo a encarar aquilo, sentindo um nó na garganta.

- A Sra. Adams faria qualquer coisa para ver isso - por um segundo, uma lágrima escapa de meus olhos, mas antes que pingue sobre a fotografia, uso as mãos para enxugá-las - Me desculpe, Clair.

Guardo a foto em seu devido lugar. Escondida é onde ela deveria manter-se, para sempre.

Escuto um carro parar em frente a mansão. Numa hora dessa quem seria?

Decido averiguar pela sacada da frente, conseguindo avistar somente um carro Hyundai HB20S Vision 1.0 cinza e os chuviscos de chuva que traziam o sinal que iria chover mais forte. Sem muitas alternativas, desço para atendê-lo.

Para minha surpresa era Taehyung.

- Oi - disse, um pouco sem graça. Olho novamente para o seu carro que estava alguns metros longe dele e depois volto minha atenção para o jovem - É... é novo, gostou?

- Adorável.

Eu podia sentir seu nervosismo. Meu olhar o petrificava, não movia um músculo sequer. Entretanto, o que o deixaria desse jeito?