Capítulo 27: Na Boca da Loucura

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Chuva e granizo fustigavam os terrenos de Hogwarts sem remorso, enquanto relâmpagos brilhavam no céu. Duas figuras forjaram pelo terreno, capas pesadas protegendo suas cabeças e obscurecendo seus rostos. O mais alto das longas pernas das figuras comia o chão enquanto caminhava em direção ao castelo; olhos azuis claros brilhavam perigosamente nos relâmpagos. Sirius havia chegado. Remus o seguiu de perto, seus olhos de um amarelo pálido estranho na luz oferecida pela tempestade.

Eles entraram no castelo silenciosamente, movendo-se rapidamente pelos corredores desertos, sacudindo suas capas pesadas enquanto caminhavam, lançando gotas no chão. Lama e gelo seguiam em seu rastro enquanto eles não paravam para limpar os sapatos ou as bainhas de suas vestes em sua pressa. Eles tinham um objetivo em mente – Harry.

A porta da enfermaria estava aberta quando a dupla chegou, uma lasca pálida de amarelo brilhando na escuridão. Sirius agarrou a moldura com uma mão levemente trêmula, empurrando-a com um estrondo.

Madame Pomfrey lançou um olhar furioso na direção de Sirius, o que não incomodou nem um pouco o animago. Ele caminhou pelo corredor de camas, seus olhos fixos na forma frágil de Harry. Remus caiu atrás dele, pegando o cotovelo de Madame Pomfrey e puxando-a para o lado, com a intenção de questioná-la sobre a condição de Harry, enquanto também dava a Sirius um tempo a sós com seu afilhado.

— Harry? — Sirius parou na beirada da cama de seu afilhado, uma mão estendida em direção à forma de bruços — Harry? — Foi pouco mais que um sussurro e com um soluço, Sirius caiu de joelhos ao lado da pequena forma, pegando uma das mãos de Harry nas suas.

— Sirius Black! Fale baixo ! — A advertência de Madame Pomfrey não fez nada para o animago, que inclinou a cabeça para trás e uivou – o som arrepiando todos que o ouviram – e puxou um grunhido de resposta relutante da própria garganta de Remus. A enfermeira-chefe olhou para os dois homens e engoliu nervosamente – nenhum deles estava em seu juízo perfeito no momento, e nenhum deles se importou.

Sirius abaixou a cabeça e se curvou sobre a mão de Harry, apertando-a contra o peito.

— Harry, Harry, Harry acorde. Por favor, acorde. Sinto muito. Sinto muito. Eu nunca deveria ter ido embora. Sinto muito. Sinto muito d-desculpe...

— Eu quero que ele seja expulso !

— Agora Severus -,

— Não! Absolutamente não! Alvo você sabe tão bem quanto eu quem perpetrou os ataques a Gina e Harry! Ronald Weasley deveria ser expulso imediatamente com uma recomendação para todas as outras escolas de bruxaria que ele é uma ameaça que não deveria ser permitida! sua família chafurda na vergonha de seus filhos, certo de que jamais poderão ocupar qualquer tipo de cargo digno no Ministério ! — O rosto normalmente pálido do Mestre de Poções estava corado, e seus olhos escuros brilhavam de raiva.

O Diretor se recostou na cadeira em seu escritório, seu rosto cansado e abatido. Sua idade estava aparecendo claramente na hora tardia, e Severus sentiu um lampejo de culpa por forçar o confronto no homem mais velho. Mas a guilda passou rapidamente enquanto ele se lembrava das duas formas imóveis na Ala Hospitalar. Sonserinos, meus Sonserinos... Severus cerrou os dentes, ignorando a dor crescente em sua mandíbula e esperou pela resposta do Diretor.

— Existe algo como inocente até prova em contrário, Severus. Não temos provas do envolvimento do Sr. Weasley nesses ataques hediondos. Devemos ser pacientes e até que Gina ou Harry acordem, não há nada que possamos fazer sobre isso — O diretor suspirou e esfregou as mãos no rosto, cansado — Paciência, meu amigo. Nós vamos resolver isso no final.

Severo rosnou.

— Albus- ,

O Diretor ergueu a mão, cortando o jovem.

The Faith - Harry PotterOnde histórias criam vida. Descubra agora