Barba Negra

4. Encontro com o Destino

Alexander

Salisbury, Novembro 1718.

Todo cuidado é pouco. Foi isso que aprendi desde que minha mãe havia sido morta por conta de traição. Meu pai, logo em seguida. Confiar não é uma tarefa fácil, mas poderia ser simples se as pessoas não fossem tão cheias de planos egoístas e secretos.

Estávamos no condado de Wiltshire há poucas horas, e começamos a executar nossos planos.

__ Você não sabe o que diz no mapa exatamente, sabe? __ perguntei ao espia de Bart, um homen chamado Meliorn. __ Isso traria-nos uma vantagem enorme.

__ Senhor, ele não mostrou o mapa para nenhum de nós. __ ele diz, olhando-me com uma espécie de admiração e medo. __ Mas o que eu sei... e vi, é que ele sempre anda com um amuleto no pescoço. Toda vez que ele pega no Timão, ou dar ordens por todo o navio, ele está olhando aquelo objeto.

__ Com certeza é o mapa, irmão. __ Jace comenta. __ Não necessariamente o mapa dos nossos amigos corsários são feitos de pergaminho ou pele de animal.

__ Concordo. __ assenti. Encarei-lhe de frente. __ Não volte para lá. Você tem permissão para ficar conosco ou capitão Bart, já que ele é seu amigo. Mas quem estiver ao lado dele hoje, irá morrer.

__ S-Sim, capitão. Vou seguir Black Bart. Ele tem sido muito generoso comigo. Se não fosse isso, ficaria honrado em fazer parte da tripulação do Barba Negra.

Havíamos ancorado um pouco distante da costa do condado. Partiríamos para o monumento Stonehenge em algumas horas. E iríamos por terra.

__ Precisa de algo mais capitão? __ Jonathan pergunta sugestivo, ao passar pelo meu quarto que estava com a porta aberta. __ Eu poderia...

__ Nada. Nada de você pelo menos. __ eu digo rispidamente.

Ele sai sem olhar-me nos olhos. Não entendia o porquê de ele insistir algo comigo. Eu havia sido claro como cristal.

__ Você tem que fazer algo a respeito disso, você sabe, certo? __ Jace falou, aproximando-se da cama.

O lugar que havíamos passado a noite era uma taberna limpa e bem iluminada. Poucos móveis, porém suficientes para aquecer-nos do frio.

__ Eu só não sei o que ele pensa está fazendo. __ eu falo, enquanto checo meu arco e o armamento pessoal que sempre carregava na minha bandoleira. __ Eu não gosto dele. E nunca...

__ Eu entendo, Alec __ Jace diz enquanto senta com as perna estiradas. __ Mas ele encara-te com tanto desejo, que os outros começarão a notar. E eu não desejo exposição para você. Eu o mataria se soubesse que ele fez ou planeja fazer algo para prejudicar-te.

Dei um sorrisinho de lado, sem mostrar os dentes.

__ Absolutamente. __ paro o que estou fazendo, e lhe encaro. __ Eu estou com um pressentimento, irmão. Não sei bem o quê, mas sinto que algo irá ter um desfecho hoje. Se eu partir...

__ Não diga asneiras... __ ele bufa, levantando-se.

__ Não, não são asneiras. __ eu levanto-me, e sigo até ele, pegando-lhe pelos ombros. __ Você seria melhor capitão do que eu de qualquer maneira. __ Jace tenta se soltar. Inutilmente. __ Não tenha-me como garantia. Essa vida é assim. Você sabe. Eu sei. Nunca conseguiria ser feliz sozinho e não posso amar livremente. E também preocupo-me com Izzy, sei que essa vida não é para ela. Não descansaria se soubesse que algo aconteceu com você ou com ela na batalha e...

__ Acéfalo! __ Izzy diz ao entrar no quarto. __ É isso que você é. O Barba Negra não se despede dos outros assim. Muito menos dos irmãos.

__ Eu não sou ele, Izzy.