Cap. 20 - Despertar

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POV Lili

   Eu e minha boca grande... agora o que que eu falo?
   O silêncio reinou no quarto por alguns minutos. Até que Namjoon perguntou como a Mari era no Brasil.
   Lili contou que ela amava cantar e dançar e que o BTS salvou sua vida, pois ela pensava em tirar a vida por causa da depressão que tinha há 16 anos.
   - Você não se importa mesmo com idade... eu falei pra ela que você não iria resistir se a conhecesse. Parece que o destino só estava esperando vocês ficarem na mesma cidade para juntar vocês...
   Namjoon me olhou assustado.
   - Sim, eu sei dos sonhos e tudo. Quase tudo. Ela tem vergonha de me contar uns detalhes. Pode ficar tranquilo.
   As orelhas de Namjoon ficaram vermelhas. Ele estava com muita vergonha e eu estava atacando para me proteger da minha vergonha hahaha.
   - Onde você está ficando?
   - Ué... o Yoongi disse que vocês queriam que eu ficasse na casa dele. Não???
   - Hyung hahahahaha.
   Por que Namjoon respondeu isso e riu?
   - Lili, você vai descobrir que o Suga hyung às vezes conversa por atitudes...
   - Como assim?
   - Você vai ver. Fica aqui enquanto eu tomo banho, por favor? Ela começou a mexer os dedos às vezes. Dependendo do que eu falo pra ela. Parece que ela está reagindo ao que eu digo.
   - Oh, amiga! - segurei sua mão.
   - Você devia tentar também... qualquer estímulo é bem-vindo.
   - Pode deixar.
   - Já volto.
   Ele entrou no banheiro com suas coisas. O quarto de Mari parecia uma suíte de hotel. Eu nunca havia visto um quarto tão chique em um hospital...
   - Amiga. Sou eu, Lili... você tá me ouvindo? Se estiver fala oi. Tô brincando, amiga. Volta logo pra gente. Tá todo mundo te esperando. Você tem noção do que é o BTS estar cuidando de você? E eu fiquei sabendo que o Namjoon não saiu hora nenhuma do seu lado. Ele se recusa a ir pra casa até você acordar. Então trata de acordar logo, senão ele vai deixar de ser geladeira todos esses dias sem malhar. Hahahahahahaa.
   Seus dedos se mexeram, funcionou. Eu sabia o ponto fraco dela. Se chama Kim Namjoon.
   - Ei... me conta só uma coisa, ele sabe fazer direito? Coreanos sabem? O Guinho me levou pra casa dele. Eu dormi lá e ele me viu de baby doll. Eu não sei aonde enfiar a cara. Ao mesmo tempo, parece que ele está dando em cima de mim toda hora. Ele disse que os meninos quiseram que eu ficasse lá, mas o Namjoon não pareceu saber de nada... pelo que eu conheço do Guinho, ele tá com segundas intenções ou eu tô doida, amiga? Acordaaaa. Eu preciso da sua opinião...
   Mari mexia os dedos de vez em quando enquanto eu tentava o meu melhor para fazer minha amiga reagir.
  
POV Namjoon

   Era lindo ver como Lili tratava a Mari, mesmo sem eu entender o que ela dizia, ela era carinhosa e parecia chamar a amiga pra acordar.
   - Voltei...
   - Namjoonie, descansa um pouco. Eu fico aqui com ela.
   - Eu não posso sair do lado dela. - abaixei a cabeça chorando - eu NÃO CONSIGO sair do lado dela enquanto eu não ver que ela está bem. Minha vontade é não sair nunca mais. Não deixar ela sozinha, sempre proteger ela. Eu não devia ter me deixado envolver. Olha o que aconteceu. Até nisso o desastre me persegue. Quando eu acho a mulher da minha vida, ela vai parar no hospital em coma tentando me salvar. - as lágrimas teimavam em cair.
   - Wow... você a ama mesmo né? Eu nunca vi você assim...
   - Eu amo e eu não disse à ela. Ela precisa acordar.
   - Você tá ouvindo isso, amiga? Kim Namjoon te ama. Você não estava alucinando quando sonhava e sentia o que ele estava sentindo.
   - Ela também sentia???
   - Ela não te contou? Desculpa amiga. Achei que você tinha contado junto com os sonhos.
   - Me conta isso melhor, Lili.
   - Então... é que... ela sentia quando você estava mal, ansioso ou nervoso. Sentia dor nos músculos quando você malhava. Ela falava "hoje ele malhou braço. Hoje ele malhou perna.".
   Eu não sabia o que dizer. Cada vez mais eu tinha certeza de que era a mulher da minha vida.
   O horário de visita terminou e o motorista buscou Lili.
   Namjoon pegou um livro e começou a ler para Mari. Ele leu até adormecer com a cabeça em sua cama.
  

POV Mari

   Por que ele parou de ler pra mim? É tão bom ouvir sua voz. Continua. Namjoonie! Nam! Continua. Eu tô amando esse livro! Naaaaam! Não vai embora. Namjoon-ah!
   Meus olhos começaram a se abrir devagar e eu não conhecia aquele lugar.
   Eu estava muito confusa, parecia um hospital. Haviam aparelhos ligados em mim. O que tinha acontecido?
   Tem alguém deitado aqui. Namjoon?
   Eu passei a mão na cabeça dele e tentei chamá-lo.
   - Namjoon-ah. - saiu mais como um susurro, mas ele acordou assustado e quando me viu começou a chorar e me abraçou.
   - Eu te amo, Marina! Você é a mulher da minha vida!
   Ele não me soltava. Eu o abracei de volta. Seus braços eram o lugar que eu me sentia mais segura.
   - Eu te amo, Namjoon-ah. - sussurrei confusa.
   Ele ficou de frente para mim ainda chorando e me deu um selinho demorado e colou nossas testas.
   - Eu preciso avisar os médicos. Espera.
   Ele tocou uma campainha que havia perto da cama e logo vieram correndo.
   2 enfermeiras e 1 médico começaram a me examinar e fazer perguntas óbvias e eu não estava entendendo.
   - Por que eu estou aqui? O que aconteceu?
   - Você pulou na frente de uma faca e acabou esfaqueada no ombro direito, mas também bateu a cabeça quando caiu e ficou em coma por 4 dias.
   Flashes começaram a passar pela minha cabeça. Um homem de bicicleta, uma faca, ele indo em direção ao Namjoon. Eu não viveria sem o Nam. Eu precisava proteger ele.
   - O homem de bicicleta... ele queria te matar, Nam. - comecei a chorar.
   - Está tudo bem. Ele foi preso e os responsáveis estão sendo punidos. Como você está?
   - Zonza... eu posso ficar sozinha com ele?
   - Você só está zonza? Mais nenhum sintoma? Tem certeza?
   - Tenho, doutor.
   - Você é muito forte, mocinha. Namjoon, qualquer coisa de anormal nos chame. Ela parece estar realmente bem. Vou providenciar uns exames para termos certeza.
   - Tudo bem, eu chamo sim.
   Eles nos deixaram a sós e Namjoon praticamente pulou em mim me abraçando.
   - Não faça isso nunca mais. Você tem noção do susto que me deu? Como eu ia viver sem você? Logo agora que eu achei a mulher da minha vida!
   - Nam... eu não podia deixar ele te matar. Eu não saberia viver sem você também.
   - Mari... perdão...
   - Ei! Você não teve culpa. Você estava a noite inteira comigo e ocupado hahaha. Não tinha como saber o que publicariam.
   - Mari... eu não devia ter deixado você ir embora, eu devia ter falado que te amo. Eu fiquei com tanto medo de perder a mulher da minha vida.
   - Yaaa! Se você continuar falando isso eu vou acreditar.
   - Então... você é a mulher da minha vida. Você é a mulher da minha vida. Você é a mulher da minha vida. Já acreditou? - ele falava entre selinhos.
   Eu sorri sem acreditar.
   - Eu te amo.
   - Eu sei. Você fala meu nome até desmaiada. - ele disse e riu.
   - Namjoon-ah! Aish!
   - Hahahahaha eu tenho testemunhas.
   - Quando eu posso sair daqui?
   - Só quando o médico autorizar.
   - Mas eu to bem!
   - Marina... só quando o médico autorizar e ponto.
   - Aish... aqui eu não posso... - soltei sem querer e fiquei roxa de vergonha.
   - Mari? Hahahaha Não é possível. Você acabou de acordar de um coma e está pensando nisso?
   - Isso sim é culpa sua. Eu não quero ficar longe de você depois daquilo.
   - Eu não vou sair daqui até você poder sair também.
   - Mas e o grupo?
   - Eles estão bem sem mim, por enquanto.
   - Nam... vem cá. - eu o puxei e beijei. Seu beijo era viciante.
   - Uhm hum... - alguém limpou a garganta.
   Nos separamos assustados e sem jeito.
   - Desculpa. - Namjoon pediu.
   - Eu preciso levar a senhorita para fazer uns exames. - disse a enfermeira morrendo de vergonha.
   - Tudo bem. Você vai estar aqui? - perguntei a Namjoon enquanto me levavam.
   - Sempre.

Um Sonho AcordadaOnde histórias criam vida. Descubra agora