Parte 7

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Ao voltarem, os Hashiras foram cada um para sua direção, resolvendo não falar sobre o que aconteceu, mas mantendo tudo que disseram e escutaram naquela sala próximo de seus corações. 

O único que realmente falou sobre isso, foi Gyomei, mas com o mestre, para pedir ajuda, para se aproximar de Tomioka e não permitir que um jovem tão bom e forte se perdesse para sua solidão e tristeza. 

O mestre concordando começou a fazer sessões de "treinamento" obrigatórias entre todos os Hashiras. 

Depois de tudo, eles sabiam que deveriam ser mais cuidadosos um com o outro e passaram a realmente elogiar os esforços e dar ajudas construtivas um ao outro, lentamente adicionando Tomioka a esse hábito. 

O que o deixava confuso, mas muito feliz. 

Com o tempo, ele mesmo dava um comentário atravessado para Sanemi, com um elogio que apenas a estranha amizade desenvolvida por spars e treinos poderia realmente entender. 

Tomioka gostava de treinar combate com Sanemi, essa era a forma deles de se entender e estava tudo bem. 

Sanemi também podia dizer que apreciava as lutas, quando Tomioka começou a realmente se esforçar e treinar plenamente sem a sombra de um fantasma sobre toda e qualquer coisa que tentava melhorar, pode-se dizer que eles tinham um melhorado hashira da água, porque ele se tornou cada vez mais forte e ousado, tanto em combate quanto em conversas. 

Quando Sanemi ou Giyuu, em menor frequência, tivessem problemas de temperamento viriam um ao outro para uma luta. 

O pilar do vento não diria isso em voz alta, mas gostava de discutir com ele, já que seus comentários eram sempre certeiros e sem medo, com cada vez mais palavras dadas a ele por livre e espontânea vontade de Giyuu Tomioka. 

Muichiro foi outro que se aproximou facilmente, como ele era o mais jovem, Tomioka acabou se apegando bem a ele, lembrando a si mesmo quando mais novo. Juntos eles fizeram muitas brincadeiras por aí. 

Às vezes, Mitsuri soltava seu lado moleca e se unia a eles mas brincadeiras, como na vez em que eles deixaram o uniforme de Uzui rosa e ele teve que ir a algumas missões assim. 

Mas Uzui não aceitava as brincadeiras calado, ele devolvia, como na vez em que os sapatos dos três sumiram por semanas a fio. 

Com Uzui, Giyuu conversava às vezes, com Uzui ensinando-lhe algumas técnicas shinobi que combinavam com seu estilo de luta e o ajudariam mas missões, Tomioka retribuía explicando sobre flexibilidade e adaptabilidade da água, que era totalmente diferente de como um shinobi se movia e lutava, ajudou muito Uzui em algumas missões. 

Mitsuri sempre teria momentos doces e açucarado, como apenas fazer carinho em gatos até colher flores, como ele fazia para Tsutako. 

Com Shinobu, era sempre uma aventura, um desafio. Sempre com farpas não afiadas e carinho de uma forma diferente do convencional. E um sorriso sarcástico. 

Ele começou a andar com Obanai por acaso também. Um dia Mitsuri comentou com eles de uma cachoeira e ele comentou que já escalou uma quando criança. 

Obanai como um bom escalador o desafiou, quem subisse primeiro a cachoeira venceria. Dito e feito, um empate, mas desde então, eles estariam sempre treinando para superar um ao outro nisso. 

De Kyojuro, ele se aproximou pela comida. O pilar das chamas e ele sempre iriam comer juntos depois de um treino pesado e sempre conversariam. Às vezes, até teriam piqueniques. 

Sua relação com Gyomei, se tornou o que ele acharia mais próximo de um pai, ou irmão mais velho, já que ambos iam cuidar de crianças de um orfanato. 

Na primeira vez que foi lá, Giyuu achou que as crianças o iriam querer longe logo, mas elas o acolheram como Giyuu-nii e era isso. 

Não foi um processo fácil, nem rápido, mas Giyuu estava se curando e mesmo os outros Hashiras se envolvendo mais um com o outro começaram a se curar também. 

Quando ele comentou brevemente sobre seus estes queridos mortos, todos acenaram em compreensão e por mais incrível que pareça, Tokito deu a ideia de sempre saberem a data da perda de alguém próximo um para outro para todos acenderem incensos no mesmo dia. Sem necessidade de falar sobre a pessoa ou o que aconteceu, se não quisesse, é claro. 

A primeira vez que fizeram isso, foi no aniversário de morte de Sabito e, depois de muitos anos, ele finalmente se deixou chorar na gente de alguém, ou melhor, vários alguéms, onde foi confortado. 

Uma semana depois, ele se aproximou de Shinazugawa pedindo que lhe cortasse o cabelo, justificando com "novos começos".

Quando chegou o momento de cortar não era só Shinazugawa que estava lá, mas todos, dizendo que não podiam simplesmente deixar um deles mudar o cabelo sem pelo menos uma opinião, Gyomei riu e disse apenas que veio de apoio moral. 

Quando o rabo de cavalo foi cortado, Giyuu sentiu que um grande peso havia sido tirado de seus ombros, o ciclo havia quase se encerrado. 

De repente, todos estavam falando ao mesmo tempo dando opinião de como deveria ficar seu cabelo e ele, ele riu, como não fazia há muito. No fim, todos deram risadinhas tranquilas. 

No dia seguinte, ele também havia substituído seu haori antigo por um azul claro com desenhos de ondas e redemoinhos. 

- Haori extravagante, Tomioka. - disse Tengen. 

Giyuu, Uzui-san, você pode usar Giyuu, somos amigos agora. E sim, algumas coisas precisam ser deixadas para trás. 

- Certo, Giyuu. Então, você pode usar Tengen, apenas por estar tão extravagante agora, entendeu? Nada porque somos amigos ou algo assim. 

Giyuu sorriu carinhosamente. 

Ele sabia que a vida como pilar era dura e perigosa, mas o que ele poderia fazer? O amor o estava curando e nesse momento, ele não se importava de viver para ver um novo amanhã com esses caras. E mesmo que eles ainda fossem contra Muzan, ele aproveitaria o agora, junto a sua nova família. 



Esse é o fim, obrigado por todo amor, carinho e apoio a esta história até a próxima!!

Todos os lados de Giyuu TomiokaOnde histórias criam vida. Descubra agora