A mulçumana [ Ponny ] [ Finalizada]

Capítulo: 72°

Alonso

Me acordo com o barulho de pessoas conversando, infelizmente depois que você fica velho. Você só quer silêncio, mas isso era uma coisa que essa casa desconhecia. Então resolvi olhar o relógio, e era 17:00 horas da tarde. Acho que dormi demais, para uma pessoa que chegou aqui de manhã hahahahah. Com certeza a esse horário o meu filho já chegou em casa, acho que já está na hora de fazer esse reencontro acontecer

Começo a descer as escadas bem devagar, não queria causar um " espanto". Tenho que mostrar confiança e segurança na frente das pessoas, após descer umas quatro escadas. Poncho virá e se assusta ao me vê e começa a pedir satisfação a sua esposa, fico sem graça e triste com sua reação. A verdade é que eu esperava que ele me recebesse com abraços e com sorriso, mas a forma que ele agiu foi frio e calculista. Não demonstrou alegria ou empatia em me ver, depois de tantos anos sem conhecer o pai

Sei que tenho culpa em ele ser assim, mas não poderia largar um casamento de 30 anos, por uma rapariga. Que transei alguns tempos. Ele tinha que entender, mas acho que ele não sabe da verdade. Se soubesse teria feito uma confusão no dia que eu entrei com sua noiva no casamento, com certeza Ruth ocultou as verdades do filho. Para evitar o constrangimento e a vergonha de seu passado, não a julgo. Se eu tivesse no lugar dela, teria feito o mesmo

Alfonso: Espere, - Disse colocando a mão sobre meu ombro

Alonso: Eu não queria incomodar, já estou de saída. - Comentou cabisbaixo

Dulce: Meu Deus, como são parecidos. Olha ucker, a annie está tendo a oportunidade de ver o seu marido futuramente

Christopher: Se o Poncho tiver a sorte de chegar a essa idade, sendo gato assim. Tem que agradecer viu hahahahah

Anahí: Gente acho melhor deixarmos eles conversa sozinhos, o clima vai esquentar!

Ruth: A annie está certa, vamos embora. Depois iremos ficar sabendo oque aconteceu. - Assentiu

Dyc: Provavelmente sim. Então, vamos aproveitar e tomar um capuccino. Assim nos distraímos desse caos

- Todos vão embora, menos Poncho.

Alfonso: Não precisa me dizer nada, a semelhança diz por se só.

Alonso: Me perdoe filho, eu não deveria ter te abandonado. Eu era muito jovem na época, só queria curtir e ir em festas. Não estava pronto para ser pai e ter uma família, - Disse andando de um lado para o outro.

Alfonso: Deixe de mentir, você acha que sou bobo ou oque? Estou vendo a enorme aliança que você carrega no dedo, você não presta cara. Não merece o amor da sua mulher e nem merecia minha mãe, porque diabos se envolveu ela? Se não pretendia ficar?

Alonso: Sabe porque não fiquei com sua mãe? Porque ela era uma vadia.

Alfonso: É mentira! - Deu uma bofetada na sua cara

Alonso: A verdade dói, eu sei. Mas se sua mamãezinha não teve coragem de contar o passado dela, eu tenho

Alfonso: Vá embora daqui, você não é bem-vindo. - Comentou abrindo a porta, com lágrimas no rosto

Alonso: Quando conhece sua mãe, ela era uma jovem muito bonita. A mais cobiçada do cabaré, transei com elas algumas vezes. Não vou mentir, sou homem e tenho minhas necessidades. Minha esposa todo dia dava desculpas, dizendo que estava cansada. E com dor de cabeça, então procurei pelo caminho mais fácil, o tempo foi passando e sua mãe acabou se apaixonando por mim, e um desses pegas pegas da gente, ela engravidou. Quando soube, a humilhei e a acusei de dá o golpe da barriga, porque se você não sabe. Seu pai é milionário e dono das melhores empresas da França, e claro. De besta sua mãe não tem nada, mas quem saiu perdendo foi ela. Ela foi expulsa do cabaré, por conta da minha influência. E passou a mora na rua, e se você está vivo hoje. É porque Deus teve piedade da sua mãe, porque cá pra nós. Só Deus mesmo para perdoar o passado dela, e agora. Você entende o porquê que eu não larguei tudo para ficar com ela?