IV

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Por mais estranho que isso seja, mas eles não passam de fantasias idiotas criadas pela minha mente.
Já tive muitos sonhos estranhos ao longo da minha vida. Entretanto, esses são mais realistas que todos os outros que já tive e isso me assusta, um pouco.
Gostaria de saber como eu posso parar esses sonhos. Eles não me deixam descansar. Faz duas noites que não durmo direito, estou exausta.
Pego meu celular que eu havia deixado carregando sobre o criado mudo, ao lado da cama, e vejo que Alex havia me mandado mensagem.

"Olá, Ani, bom dia. Espero que você aproveite seu dia de folga."

"Sei que é bem cedo, espero que eu não te acorde com essas mensagens."

"Se precisar de algo é só me mandar uma mensagem ou me ligar. <3

Se quiser passar no restaurante mais tarde, nós dois poderíamos almoçar juntos."

Havia poucos minutos que ele havia mandado. Ele é realmente muito fofo, sempre cuidando e se preocupando comigo, desde quando nos conhecemos, eu estava no segundo ano do ensino médio e ele no terceiro.
Foi Lucy quem nos apresentou, ela é minha amiga desde o fundamental e é prima do Alex. Ela só me apresentou a ele por que sabia que eu tinha uma quedinha por ele naquela época. Na verdade, a maioria das garotas do segundo eram apaixonadas por ele, afinal, ele é moreno com 1,80 de altura, de cabelos castanhos escuros e lisos, com olhos verdes. Por mais que sejam primos Lucy e Alex são bem parecidos, Lucy também é morena, com olhos verdes e cabelos castanhos escuros, mas diferente de Alex seu cabelo é cacheado.

"Oii bom dia. Acordei agora, mas foi porque esqueci de desligar o despertador kkkk."

"Ok, eu passo aí mais tarde.<3"

Após respondê-lo, fico mais alguns minutos deitada mexendo no celular. Depois levanto e decido tomar um banho e descer para tomar café da manhã.

- Bom dia, mãe. - digo e vejo que meu pai ainda não foi trabalhar.

- Bom dia, pai. - digo me sentando ao lado dele na mesa.

- Bom dia, filha. - meu pai diz tomando um gole de seu café

- Bom dia, fiz ovos mexidos, você quer? - minha mãe diz, colocando os ovos no prato.

- Sim, posso pegar esse? - digo apontando para o prato que ela acabou de colocar.

- Pode, eu faço mais pra mim. - ela diz rindo.

- Pai, pode me dar dinheiro para mim ir na livraria hoje, comprar mais livros? Já li todos da minha estante. - digo com a cara de cachorro sem dono.

- Tem como eu negar algo com você me olhando com essa cara? - ele ri e me entrega 150 reais.

- Não precisa disso tudo, pai. - digo devolvendo os 50 reais.

- Pode ficar, use para tomar um café, comer algo ou comprar mais livros. Já que você é viciada em ler. - ele diz rindo.

- Pelo menos é algo bom pra ela. - minha mãe diz rindo também.

Meu pai se levanta da cadeira e pega sua maleta, vai até minha mãe e a beija.

- Bom trabalho, querido. - ela diz sorrindo.

- Bom trabalho, pai, obrigado pelo dinheiro.

- De nada, querida. - ele diz e beija minha testa. - Bom dia pra vocês, meus amores. - ele diz antes de sair pela porta.

Minha mãe se senta colocando seu prato com ovos na mesa.
Nós conversamos por um tempo e depois subo para o quarto e me arrumo para ir até a livraria.
Visto minha roupa preferida, um vestido rodado preto com estrelas brancas e coturno também preto.
Pego minha bolsa, meu celular e desço.

- Mãe? Eu estou indo na livraria, ok?! - digo alto para que ela possa ouvir onde estiver.

- Ok! - ouço sua voz vindo da lavanderia.

Saio de casa e ando até a livraria que fica no centro. Quando chego vejo que tem apenas 3 pessoas lá dentro, duas mulhres estavam andando entre as prateleiras e um homem estava no caixa. Normalmente não se encontra muitas pessoas na livraria, é mais comum vê-las na biblioteca municipal.
O silêncio era enorme, o único barulho são dos passos das mulheres e o tilintar que o pequeno sino da porta faz, quando a mesma é aberta.
Entro e ando até a seção de fantasia, que era minha favorita. Ando por entre as prateleiras procurando algum livro que me interesse.

- Aniya... - ouço uma voz masculina familiar, sussurrando no corredor ao lado. Ando até o outro lado da prateleira, procurando por alguém. Porém, a única coisa que encontro é um livro caído no chão.

Pego o mesmo e olho, ele é lindo, a capa é dura tem um aspecto parecido com couro preto, nela estava escrito em dourado, "A história de Astana" e logo abaixo um castelo também feito com linhas douradas. Depois de alguns segundos olhando percebo que não há nome de autor.

- Que intrigante. - sussurro baixo.

Vou até o caixa, para perguntar sobre o livro.

- Com licença, moça, bom dia. Eu gostaria de saber quanto custa esse livro. - digo entregando-o para a jovem.

- Bom dia. - ela diz pegando o livro. - Que estranho ele não tem código de barras. Vou olhar no sistema, por favor aguarde um minutinho. - ela sorri e se vira para o computador.

- Claro. - digo olhando os livros que se encontravam na vitrine logo aí lado do caixa.

- Moça? - ouço a voz da jovem e me viro, olhando pra a mesma. - Esse livro não está no sistema. Você encontrou ele em alguma das prateleiras?

- Não, ele estava caído no chão. - digo enquanto a mesma olha as páginas do livro.

- Aqui diz, "Para a pequenina, Aniya. Que ela cresça e se torne a melhor e a mais forte entre nós!". Você conhece essa garota? - ela diz mostrando a página onde estava escrito o recado.

- Sim, esse é o meu nome. - digo confusa.

- Então, o livro é seu, moça. - a jovem diz rindo.

Como esse livro pode ser meu se eu nunca vi ele antes? De quem era aquela voz? Não tinha ninguém no corredor.

Melhor eu pegar o livro e ir para o restaurante. Já são 10 horas, daqui a pouco o almoço estará pronto.
Pego o livro, saio da livraria e ando por 30 minutos e finalmente chego até o restaurante de Alex.

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Notas da autora

Olá!
Desde já peço desculpas pelos erros de escrita. Esse capítulo não foi revisado.
Se gostou, não esqueça de curtir e comentar.
Nos vemos no próximo capítulo.

O Castelo NegroOnde histórias criam vida. Descubra agora