Cap. 5

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   ( 🏹 )

   Retirei o silenciador de dentro da minha jaqueta de couro e a encaixei em meu revólver.

   Esperei um pouco mais, para entender exatamente quantos eram, visto que o idiota do general não deu nenhum detalhe sobre quem eram ou como eles se pareciam.

   — 3km zona leste, navio cargueiro descarregando um container vermelho. Bate com a descrição que temos. Agente 014, equipe resgate, câmbio — de repente ouço na escuta em meu ouvido.

   Olho para Ringswen, que já estava olhando para mim. Haviam quatro homens no total, e ambos caminhavam para zona leste. Bingo.

   Mas algo não fazia sentido. O general não havia dito o que tinha no container, então não tem como saber se os contrabandistas precisam de carro ou não, e eles estão apé...

   Grécia, Grécia, Grécia. O que poderiam contrabandiar da Grécia????

   Tentar me comunicar com o Agente 082 só me atrasaria, então decido me afastar de mansinho, mas posso ouvir ele me chamando e perguntando que infernos eu to fazendo.

   O general não enviaria oito agentes para apenas quatro contrabandistas. Estaria fácil demais. E não é assim que as coisas funcionam. Ainda observando ao meu redor, encontro mais cinco homens pelo que consigo contar.

   Me xingo internamente por não ter pego nenhum binóculo. Há uma van preta, dois homens armados perto da porta da van, além de mais três homens um pouco a frente.

   Certo. Pensa, pensa, pensa.

   Uma granada ajudaria bastante agora, mas atrapalharia o outro grupo.

  Papa te ensinou tudo o que você sabe. Pensa, pensa. Não dá para contar com os outros membros da equipe. Conte só com você mesma.

   Respirando fundo, eu assobio. Ou tento pelo menos. Mas é o suficiente. Consigo chamar a atenção deles, e agora dois vem em minha direção.

   Corro para o mais longe possível e me escondo atrás das árvores. Ajo o mais rápido que posso, como fui treinada para ser. Guardo meu soco inglês e puxo meu outro revólver, retirando o outro silenciador. Aponto os dois revólver, um para cada um dos homens.

   Meu coração acelera, sinto a adrenalina, um segundo depois e eu estaria morta. Eles poderiam acabar sacando as armas, e eu poderia morrer.

  Minhas mãos suam por baixo das luvas de couro. Olho para o lugar onde eu estava, e com muito cuidado, olho ao meu redor. Arranco as armas dos dois homens agora mortos no chão, e as escondo embaixo das folhas secas.

   Sem chance de deixar alguém sequer tocar em mim. Resta somente três. Dois estão a minha vista. Deito no chão, fecho um olho, miro, e atiro. Bingo.

   Bem na jugular. Sangue começa a jorrar automaticamente, enquanto o outro saca sua arma e começa a atirar desesperadamente. Bosta.

   Desvio para trás de um arbusto, e assobio. O homem para, e essa parada foi sua sentença. Boom. Três tiros no abdômen.

   Guardo meu outro revólver e ponho novamente meu soco inglês. Falta um agora, e se Deus quiser, 082 lidou com os outros quatro.

   Quando penso em olhar para o lado, sinto a boca de um revólver atrás da minha cabeça.

   — Quietinha. Se você gritar eu atiro — avisou o homem.

   Lentamente, eu me viro, com as mãos a vista. Encaro o homem enquanto ele me encara com ódio. Sorrio lentamente para ele e uso o soco inglês para socar sua mão de baixo para cima. Tiro são disparados.

Born To Kill : Nascida Para MatarOnde histórias criam vida. Descubra agora