Maiara e Maraisa são irmãs de gêmeas de 15 anos de idade que tem o sonho de cantar pelo mundo. Porém, o preço a se pagar por ele é alto. Esse sonho acaba de causar a separação de seus pais e agora as gêmeas seguem sozinhas com a mãe, tentando atingi...
Eu e Maiara crescemos, hoje, temos 34 anos. Conseguimos realizar nosso sonho e temos uma agenda cheia, viajando pelo mundo espalhando alegria através das nossas músicas. Nas folgas nós vamos pra nossa fazenda em Goiânia, onde nos estabilizamos e fizemos nossos estudos superiores. Conseguimos dar uma vida melhor pra nossa mãe, que mora no mesmo condomínio de luxo que a gente, junto com o Cesar Filho, que cursa engenharia. Nosso pai se casou com a insuportável da Bruna, que não faz questão de esconder a inveja que tem de mim e da minha irmã. A Lila tá com 26 anos e também fez carreira na música sertaneja e se casou com o Murilo, com quem tem o Léo, de dois anos. Inclusive, ela é uma grande amiga nossa. Enquanto a Mim e minha metade, nós mudamos um pouco, cada uma tem seu estilo próprio.
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Mai: metade! - minha irmã entra no quarto sorrindo -
Mara: Balala!
Mai: você não vai acreditar, a Paulinha acabou de me avisar que o evento foi adiado! Nós vamos ter uma semana livre!
Mara: finalmente um descanso!
Mai: vamos pra fazenda, metade!
Pov Maiara
Eu e minha metade arrumamos nossas coisas e pegamos a estrada, chegando na fazenda ao final da tarde. Organizamos o que deu e fomos descansar.
(7:00)
Acordei com a Maraisa me enchendo de beijos.
Mara: acorda, meu bebê...
Sorrio esticando o braço, a trazendo pra mais perto de mim e abraçando.
Mai: bo dia, metade....
Mara: bom dia, metade...
Trocamos alguns carinhos e descemos pra comer alguma coisa. Enquanto comíamos, nossa mãe e o Cesinha chegam e logo atrás, nosso pai com a Bruna. Tentando segurar a risada ao ver a cara de ranço da dona Almira, eu arrastei a Maraisa pro quarto e trocamos de roupa pra cavalgar. A contragosto, aceitamos que a cobra viesse conosco.
Mara: metade, cê vai sozinha ou quer ir comigo?
Mai: eu vou com você, irmã. Cê sabe que eu tenho medo...
Bru: que infantil, Maiara!
Mara: quem te perguntou?
Cesar F: deixa irmã, as galinhas não entendem nosso idioma - nosso irmão monta -
minha irmã monta no cavalo e eu também, agarrando firme na cintura dela. Começamos a cavalgar pelas plantações, com o Cesinha sempre de olho na gente. nosso pai e a Bruna estavam logo ao lado.
Mara: calma, Balala...
Mai: tá bom, metade...
Respirei fundo, tentando me acalmar, quando nosso cavalo começa a correr de repente e a Maraisa se desespera.
Mara: para, rapaz! Para! Para!
fecho os olhos, o cavalo relincha, levantando as patas da frente, fazendo eu e a Maraisa caíssemos no chão.
Pov Cesar Filho
Paro meu cavalo e corro até minhas irmãs mais velhas, caídas no chão, inconscientes, uma sobre a outra.
Cesar F: tá vendo o que você fez, sua bruxa!
Marco: o que que ela tem a ver com isso, meu filho?!
Cesar F: a sua mulher deu um tapa no cavalo, por isso ele saiu desgovernado!
Bruna: eu não fiz nada, garoto!
Cesar F: eu vi!
Gritei por minha mãe, que correu até nós com fogo nos olhos. Liguei pra ambulância e horas depois, eu e mamãe já estamos no hospital, esperando por notícias das gêmeas.
Med: parentes das pacientes Maiara Carla Henrique Pereira e Carla Maraisa Henrique Pereira?
Alm: eu sou a mãe delas, doutor! Como elas estão?
Med: Maiara lesionou a coluna e teve alguns cortes nos braços, embora tenha tido uma pancada na cabeça, não foi nada grave, pois a grama amorteceu a queda.
Cesar F: e a Maraisa?
Med: ela teve um corte na cabeça e no pulso, também está fora de perigo.
Alm: nós podemos vê-las?
Med: sim, elas estão no mesmo quarto, o 23.
Eu e mamãe entramos no quarto. Minhas irmãs estão com as roupas de hospital, a Balala tá com o braço direito cheio de ataduras e o esquerdo com o acesso do soro e alguns curativos, já a Mama está com um curativo na testa, o pulso esquerdo com uma atadura e o acesso no direito. Ambas ainda não acordaram.
