tudo por nós • Maiara & Maraisa

Capítulo 11

Pov Maiara

Depois do lanche, minha irmã recebeu uma ligação e subiu pro quarto dela toda animada enquanto eu  lavo a louça. Minutos depois, ela desce toda arrumada e maquiada. 

Mai: onde cê vai assim, irmã? 

Mara: sabe o Matheus, aquele cara que eu te falei? 

Mai: o jogador de golfe que tava afim de você? 

Mara: esse mesmo! Ele acabou de me convidar pra sair!

Mai: que ótimo! Finalmente eu vou ter um cunhado!

Mara: eu...eu tô com medo, sabe? Meu histórico de relacionamentos não é muito bom...

Mai: deixa disso, metade! Tenta pensar que esse pode ser o homem certo pra você, que vai te amar de verdade, do jeito que você merece. 

Mara: obrigada, Balala! Você sempre tem os melhores conselhos - ela sorri me abraçando - 

Mai: boa sorte! 

Mara: obrigada. A mamãe já tá vindo ficar com você! 

Pov Maraisa

Me despeço da minha irmã e dirijo até o restaurante onde combinamos. Depois de um jantar maravilhoso, ele me convida pro Motel, e mesmo com receio, aceito. Chegando lá, fizemos o check-in e fomos pra um quarto. Deitamos na cama, eu sento encima dele, que tira minha blusa, me deixando apenas de sutiã branco, com meus longos cabelos escuros caindo sobre os ombros. 

Mat: você é linda...

Mara: nenhum outro homem me tratou assim... - sorrio tímida - 

Mat: talvez eles não conseguiram enxergar a perfeição que você é, Maraisa - ele sorri com todo esse charme que me deixa louca - 

Antes de começarmos, ele coloca o preservativo. Sendo cuidadoso comigo, me amou a noite inteira. As quatro da manhã, me enrolei no lençol e virei pro lado, vendo ele se vestir. 

Mara: por que está se vestindo? 

Mat: eu vou embora, já deu meu tempo. 

Mara: como assim? 

Mat: eu vou ser bem direto, ok? Isso foi apenas por diversão. 

Mara: o que?! Você tava me usando, é isso?! Você teve a coragem de brincar com os sentimentos de uma pessoa só por que queria se divertir?! - digo com os olhos enchendo de lágrimas - Eu sou uma mulher, não um brinquedo! Sai Daqui! SAI DAQUI! 

Ele calça os sapatos e vai embora, me deixando sozinha. Ouço o som de algo quebrando dentro de mim, me fazendo socar o travesseiro com toda a força. Me olho no espelho e sinto nojo, ódio de mim mesma. Viro a cabeça pro outro lado e desabo silenciosamente, sentindo meu coração doer.  Eu fui um brinquedo nas mãos de um homem. 

Pov Maiara

A campainha toca no mesmo instante em que sinto um aperto no peito. Mamãe vai atender, me deixando no sofá. 

Mai: Matheus? Você não tava com a minha irmã? 

Mat: você deve ser a Maiara, certo? A irmã da Maraisa? 

Mai: eu mesmo. 

Alm: e eu sou a mãe delas. 

Mat: eu preciso falar com vocês...

Ele senta no sofá e respira fundo, parecendo nervoso. Meu peito aperta mais forte e tento manter a calma. 

Mat: uma mulher chamada Bruna Menezes me procurou, ela disse que sabia do meu rolo com a Maraisa e...

Mai: o que essa desgraçada fez? - digo irritada -

Mat: ela me ameaçou dizendo que, se eu não fizesse a enteada dela, a Maraisa no caso, se apaixonar por mim e ir pra cama comigo, ela iria fazer com que eu fosse deportado de volta pros Estados Unidos... - ele respira mais uma vez - Mas fiquem tranquilas, tá? E-eu fui cuidadoso e usei preservativo...

Mai: EU VOU QUEBRAR A CARA DAQUELA CACHORRA! 

Alm: filha, calma! - mamãe me acalma e olha pro Matheus - onde a Maraisa tá, rapaz? 

Ele entrega o endereço e vai embora, prometendo que sumiria do mapa. Cesinha, mamãe e eu pegamos o carro que estava na garagem e fomos pro local indicado. Chegando lá, meu irmão me ajudou a caminhar até a recepção. 

Mai: moça, a minha irmã ainda tá aqui? O nome dela é Carla Maraisa Henrique Pereira.

Mo: a mulher que saiu chorando agora a pouco? 

Mai: co-como assim? 

Mo: essa moça que você mencionou saiu chorando e entrou no carro dela. Acho que não deve ter ido muito longe.

recuo, indo até minha mãe. 

Mai: mamãe...

Alm: calma, minha princesa...Nós vamos achar a sua irmã, tá? 

Mai: a minha metade precisa de mim...

Entramos no carro e depois de meia hora na estrada, avisto o carro da minha irmã parado na beira da estrada. Desço com dificuldade e caminho até lá, quando vejo ela chorando no banco do motorista. 

Algumas horas depois...

Mai: metade, desabafa comigo...

Mara: eu fui usada, Maiara...O que mais eu tenho que falar? Que eu tô me sentindo um lixo? Que a única coisa que mais quero agora é morrer? Eu fui a pessoa mais idiota do mundo! 

Mai: ei, olha pra mim. Eu sei que partiram o seu coração da pior maneira possível, que esses sentimentos são confusos... - levo minha mão à sua bochecha - mas você não tá sozinha...

Ela me abraça forte e eu choro também. 

Mai: a sua Balala tá aqui...