capítulo 8

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Pov s/n

Depois que eu acordei, não consegui mais dormir. Se eu fechasse os olhos, eu ainda conseguiria sentir a dor dos experimentos.

Coloquei uma roupa confortável, sem ser aquele uniforme horrível e desconfortável.

Me sentei na poltrona no canto do quarto, e passei a observar Natasha dormir, zelando seu sono.

Sua expressão tranquila, a respiração leve, seus cabelos ruivos, um pouco bagunçados sobre o travesseiro.

Ela é tão linda!

Suspirei negando com a cabeça. Eu não posso pensar assim, logo levarei ela para a HIDRA, e provavelmente nunca mais a verei. Fora que ela namora também.

Eu preciso para com esses pensamentos, eu não posso me apegar.

Eu sempre fui muito fechada, antes mesmo da HIDRA, nunca senti nada parecido com o que eu sentia naquele momento.

Esses sentimentos me deixavam assustada, me deixava com medo. Medo de me apegar, e depois sofrer.

Senti lágrimas se formarem em meus olhos, mas não ousei derramar nenhuma.

Papai estaria decepcionado comigo, por eu estar sendo fraca. Se ele soubesse, eu já estaria trancada em uma cela, sendo torturada quase até a morte. E como ele sempre diz "é para o seu bem querida".

A única coisa que posso fazer agora, é esquecer tudo o que sinto, e apenas prosseguir com a missão.

[...]

– come!– falei entregando o café da manhã para a ruiva.

– eu não quero!– recusou.

– come! Você precisa!– tentei novamente.

– eu já falei que não quero!– aumentou o tom de voz.

Suspirei triste, deixei o prato em cima da mesa e comecei a mexer no notebook, ver se consigo achar alguma coisa para Natasha ver.

Após hackear algumas plataformas, me viro para a vingadora.

– o que você gosta de assistir?– perguntei calma.

– o que?– me olhou confusa.

– o que você prefere assistir? Acabei de hackear algumas plataformas de filmes e séries.– falei.

– terror e ação!– falou por fim.

– aqui! Procure algo que você queira ver.– deixei o notebook em seu colo.

– e você vai confiar assim em mim? Eu poderia muito bem hackear isso e mandar mensagem pra algum dos vingadores.– me olhou confusa.

– ninguém vai nos encontrar, esse lugar tá revestido de proteção, ninguém entra ou sai sem que eu deixe, ninguém sabe a localização, estamos muito longe dos vingadores.

Pov Wanda

Isso tudo estava muito estranho, esse sequestro da Nat.

Foi tudo muito bem arquitetado, como iríamos imaginar que Bucky era uma distração?

Uma coisa que mais me deixa atordoada nisso tudo. Como a pessoa conseguiu sequestrar Natasha, sem que ninguém visse?

Mas eu conheço alguém que conseguiria muito bem, e com toda certeza foi ela.

S/n Strucker, a filha do diretor da HIDRA, me ajudou no tempo que estive lá. Ela tem poderes, e apenas eu sei disso, ela nunca quis dizer a ninguém, pois sabia que seria explorada igual a mim.

Estava mais que óbvio que era ela, mas somente eu percebi isso, talvez Pietro também, mas ele não teria coragem de revelar. Eu também não, afinal ela nos ajudou muito, quando éramos prisioneiros na HIDRA, mesmo que ela corresse o risco de ser descoberta nos ajudando.

A porta do meu quarto é aberta com velocidade, e Pietro aparece.

– o que é agora pi?– pergunto ao meu irmão.

– você sabe, não sabe?– pergunta e eu já entendo sobre o que ele dizia.

– eu desconfio que seja.– falo olhando ele sentar ao meu lado na cama.

– ela é a única capaz de fazer isso, sumir com alguém sem que ninguém veja.– pontuou o fato que apenas nós sabíamos.

– mas você sabe que ela não faz por mal.– a defendi.– ela só tem medo das consequências caso não faço o que lhe foi pedido.

– eu sei disso, sei também que ela não seria capaz de fazer nada com a Nat, mas...

– a Nat é difícil de lidar, e pode magoar a s/n.– completei.– eu sei. Mesmo que ela seja uma soldada, ela ainda é humana, e tem sentimentos. S/n é muito frágil quanto a isso, ela se magoa fácil.– suspirei.

– isso é fruto da rejeição do pai, e de tudo que ela viveu na HIDRA.– refletiu.

– devemos contar?– olhou para mim.

– eu não sei.– suspiro frustrada.– se contarmos, eles vão querer prender s/n assim que a encontrarem.

– acho melhor ficarmos calados por enquanto.– o loiro falou.

– também acho.– concordei.

Ficamos ali, um ao lado do outro, pensando em s/n, no que poderíamos fazer com a informação de que sabiamos, que era ela, a sequestradora da Nat.

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Notas

Cheguei, cheguei!!

Demorei um pouquinho mais voltei, tá aí, mais um capítulo.

É isso beijos até amanhã talvez.

passion in the midst of chaos/ Natasha Romanoff Onde histórias criam vida. Descubra agora