capítulo 6

456 54 12
                                    


Pov s/n

Eu olhei para a mulher deitada na cama, e senti um arrependimento.

Eu sempre cumpri minhas missões a risca, pois sabia que caso não fizesse, teria consequências.

Mas olhando para a ruiva, senti que não deveria fazer isso.

Balancei a cabeça tirando todos esses pensamentos, voltando a terminar de fechar os pontos no ombro de Natasha.

No kit que havia trazido, tinha tudo que eu precisava para tirar a bala do ombro da mulher.

Por sorte a bala não estava tão funda, deixando fácil a retirada.

Terminei de fechar os pontos, e fiz um curativo. Peguei uma camiseta que tinha em minha bolsa, e coloquei nela.

O efeito do tranquilizante demoraria a passar, então ela não acordaria tão cedo.

Coloquei a coberta por cima de seu corpo, e certifiquei se ela estava bem, então eu sair.

Fui até um mercadinho perto da pousada, e comprei algumas comidas. Eu não ligava de ficar sem comer, aguentava por muito tempo, já havia ficado aquela semana toda sem colocar nada na boca. Mas eu sabia que Natasha não teria essa mesma resistência em questão de alimentação.

Comprei um pão de forma, e pasta de amendoim, para fazer assim que ela acordasse.

Peguei mais algumas coisas, e passei no caixa.  

Aproveitei para passar em uma loja ali perto, e comprar algumas roupas para a ruiva.

Então com as sacolas na mão, retornei para a pousada.

Destranquei a porta do quarto, e olhei para a ruiva, que ainda dormia.

Coloquei as coisas no chão, e tranquei a porta outra vez.

Já eram oito horas da noite, e pelas minhas contas, Natasha acordaria logo.

Peguei as sacolas com as compras, e organizei em um canto. Deixei  o pão e a manteiga de amendoim em cima da mesa.

Após tudo organizado, abri as embalagens, e comecei a preparar o sanduíche para a ruiva.

Acabei por fazer dois, já que ela estaria com fome quando acordasse. Cortei o lanche as meio, do jeito que descobri que ela gosta.

Deixei o prato dela de lado, e aproveitei para comer, já que fazia mais de uma semana que não me alimentava.

Terminei e tomei um grande gole de água, e arrumei toda a bagunça que tinha feito.

Percebi a movimentação na cama, e um gemido de dor chegar em meus ouvidos.

Olhei para Natasha, vendo sua expressão de dor, enquanto se mexia devagar, parecendo acordar.

Me movi para ficar de frente para a cama, e vi seus olhos se abrirem, revelando suas orbes verdes.

Eu não havia conseguido ver seus olhos de longe, então nem sabia que cor eram, e na foto não dava para saber muito.

Ela me olhou confusa, e observou o quarto, tentando identificar onde estava.

– onde eu estou?– tentou levantar, mas voltou ao sentir a dor em seu ombro.

– em um quarto de uma pousada.– falei simples.

Me movi pelo quarto até a mesa, onde estavam os dois sanduíches que eu havia preparado mais cedo.

– quem é você? E por que eu estou aqui?– falou agora conseguindo sentar.

– por enquanto não posso dizer, mas meu nome é s/n!– sentei na ponta da cama, ao seu lado.– aqui! Coma isso, deve estar com fome.– entreguei o prato com os sanduíches.

passion in the midst of chaos/ Natasha Romanoff Onde histórias criam vida. Descubra agora