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  no capítulo anterior Max havia questionado Toni em busca de respostas de seu doloroso trauma, Toni e Cheryl tiveram um momento bem íntimo.

                          POV MAX

  – Mãe eu estou bem, não precise se preocupar – minha mãe Cheryl estava me fazendo um questionário só faltava me pedir o RG. Motivo? Eu vou sair para andar de skate, sei la eu só queria dar uma volta ficar muito tempo dentro de casa é sufocante.

— Tá bem meu amor se precisar me liga que eu vou correndo te buscar – a abracei para mostrar que tudo ia ficar bem, o meu gesto pareceu acalmar seu coração.

  [...]
 

  
    Faltava dois quarteirões para chegar finalmente na pista, no entanto eu mudei de ideia, sair por aí sem destino era o'que eu queria. Durante o caminho meus cabelos voavam nem quero pensar no ninho que vai ficar, Meet me at our spot tocava no fone. Fiquei inerte ao meu redor.

    Quando voltei a realidade já não era fim de tarde, eu estava perdida mais uma vez não sabia em que diabos estava. Não saber onde estou estava começando a me dar desesperos, olhar ao redor e não reconhecer nada fez meu ar sumir. Um par de mão tampou minha visão, meu coração estava a beira de um infarto.

— Adivinha quem é ? –  nem podia acreditar que era ela, minhas mãos foram pra cima das suas fazendo um carinho. Não sou religiosa mas obrigada Deus. – Perdida de novo?

— Ellen como é bom te ver – apesar de estar um pouco escuro a luz do poste iluminava seu rosto – sim, eu me perdi de novo.

— Eu imaginei, te vi de longe. Impossível não reconhecer essas madeixas ruivas – Seu sorriso ladino era lindo e misterioso, combinava com os cachos castanhos e suas tatuagens  – Quer que eu te leve?

   Quando eu ia responder minha barriga resolveu dar um sinal vergonhoso de fome, fiquei mais vermelha que um pimentão com as suas risadas.

— Tem uma barraca de cachorro quente aqui perto, vamos lá primeiro pra alimentar seu monstro e depois vou te levar pra sua casa.

                                 [...]

  Aquele era de longe um dos melhores cachorros quentes que eu já comi, poderia comer um monte com a fome que estou. Escutei uma risada sincera vinda da Ellen, tirei os olhos do cachorro quente e a encarei.

— Uau, você estava com fome. Não come a quantos dias – minhas bochechas esquentaram certeza que estavam rosas, o que não passou despercebido por ela já que sua risada ficou mais alta – Afonso desce mais um cachorro quente bem caprichado, e é bom você me dar um desconto hoje.

— Mais um cachorro quente saindo, e eu não vou te dar nenhum desconto. – Ellen fez uma cara de indignação e se levantou ficando bem pertinho do senhor que tinha um bigode horroroso e barrigudo.

— Como assim não vai me dar um desconto? Eu trouxe clientes pra você e é assim que me agradece? – Eles começaram a brigar mas eu não escutei, me concentrei em terminar o cachorro quente.

                                 [...]

   Ellen não parava de mostrar sua indignação pelo velho de bigode horroroso não ter dado o desconto. Depois do meu segundo cachorro quente fomos embora, caminhamos por um bom tempo e estava bem tarde minha mãe Cheryl provavelmente estava tendo um treco pela demora e por já ser tarde. Ellen até que era uma compania agradável, o jeito que ela se veste com calça larga e uma blusa pequena mostrava suas tatuagens, seus cachos não totalmente finalizados a dava um ar de badgirl.

—No que tanto pensa ruivinha ? Está no mundo da lua.

— Em nada... Você tem tatuagens né, os seus pais deixaram ? – nesse momento ela parou e me olhou como se pensasse na resposta. Pelo seu rosto acho que ela deve ter problemas com eles.

— Bom, digamos que eu não moro com eles mais. E outra que eu já tenho 18 anos, então isso responde sua pergunta.

     Depois disso ela não disse mais nada até a minha casa, me arrependi por ter tocado naquele assunto mas era impossível saber. Quando finalmente chegamos em frente a minha casa ela parou de frente pra mim.

— Está entregue ruivinha sã e salva, comigo por perto também é impossível não estar salva – aquela pose de super herói foi impossível conter minha risada com revirar de olhos.

— Claro, Super Ellen. Obrigada por me salvar e já está tarde pra você ir, quer dormir aí? 

— Você vai deixar uma estranha dormir na sua casa ?? – Fiz um gesto que sim, talvez eu estivesse louca mas era o mínimo que eu podia fazer por ela – Eu vou aceitar mas com uma condição.

— Qual ?

— Você tem que me prometer que vai colocar algum desenho pra vermos, só consigo dormir assim. – revirei os olhos ela não podia estar falando sério, impossível.

   Não a respondi e fui abrindo a porta com ela tagarelando como sempre atrás de mim. Assim que abri a porta dois pares de olhos foram na minha direção, elas estavam aliviadas por me ver mas assim que notaram a pessoa atrás de mim os olhos de mamã Toni queimaram de raiva, acho que ela vai matar a Ellen. Mamã Toni levantou em um solavanco e encarava ela mortalmente.

— Posso saber quem é essa, Max Topaz? – proferiu sem tirar os olhos de Ellen que agora me usava de escudo contra minha mãe. Não adiantava de nada porque íamos morrer nós duas.

— Ellen uma... amiga minha, eu tava perdida uma vez e ela me ajudou a voltar. Mamã ela pode dormir aqui ? Está muito tarde e ela mora muito longe daqui, e ela só está aqui por minha causa já que eu me perdi de novo.

— Eu vou deixar mas é só hoje e ela vai dormir no sofá.

— No sofá tia ??? Tá de brincadeira – fez uma cara de sofrencia que logo passou assim que mamã Toni arqueou as sobrancelhas, até eu fiquei com medo – oba, sofá hmm. Max eu preciso de um banho, me dá....

    Ellen não teve tempo de terminar já que mamã Toni avançou num piscar de olhos pra cima dela, acho que ela interpretou tudo errado com aquela pose de autoconfiança de Ellen não ajudava. A caos estava feito mamã correndo atrás de Ellen que gritva igual uma gazela, mãe Cheryl ficava no sofá rindo e eu atrás delas tentando ajudar.

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Não revisado





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