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POV ANTONITTE

Caminhei com Verônica até meu escritório, a chamei até aqui para me ajudar a resolver um assunto. Já que evidentemente a polícia corrupta desse estado foi comprada pra arquivar esse caso, eu junto de Verônica, iremos resolver.

Verônica é minha irmã apenas por parte de pai, Hiram Lodge. Eu não quis o sobrenome de um homem que traiu minha mãe e a deixou na rua da margura, sem um tostão no bolso e com uma criança. Passamos muito aperto enquanto ele viva feliz com sua família de mentirinha, não tenho raiva da Verônica, a culpada do sofrimento de minha mãe não foi ela. Infelizmente minha mãe faleceu anos mais tarde com leucemia e não tínhamos dinheiro para o tratamento.

- Não gosto quando me olha assim tonigayzinha - Depois de muita relutância e insistência da minha mãe eu decidi me aproximar da Verônica, o que foi ótimo já que viramos melhores amigas e dividimos desde então todos os segredos.

- Você tá cada vez mais parecido com Hiram - Verônica levou sua mão ao peito numa falsa expressão de ofendida.

- Me ofendendo assim de graça???

- Verônica! Você sempre me desconcentra - revirou seus olhos mas não disse nada - Temos que resolver o assunto de Max o mais rápido.

Os punhos de Verônica se fecharam em um claro sinal de irritação, seu rosto agora possuía um semblante sério e com o maxilar travado. Idêntica ao Hiram. Ela era muito apegada na minha filha desde quando estava na barriga de Cheryl pelo fato de não ter conseguido uma filha então trata Max como uma, eu até gosto disso apesar dos ciúmes sei que se um dia eu partir Verônica ira cuidar muito bem das minhas garotas.

- Você deu parte na polícia?

- Sim, mas você sabe como as coisas funcionam por aqui - servi dois copos com whisky - Contratei um detetive particular.

- E o que ele disse até agora?

- O nome do "colega" de Max e o seu responsável com isso descobri que ele é um pau mandado.

- Vamos pegar esse boi e interrogá-lo até assumir o mandante? - Verônica perguntou enquanto bebia seu copo ainda séria.

- É... eu fiz uma pequena investigação sozinha. Estranhamente esse cara tem o nome registrado na empresa - Verônica se inclinou atentamente focando em meus olhos em busca de um esclarecimento - Mas eu tenho certeza que o nunca vi por lá, acho que alguém usou seu nome para não ter um registro caso algo aconteça.

- Quem tá por trás disso pensou em tudo, vamos pegar esse cara na próxima sexta ? - afirmei com a cabeça- Ótimo, tenho um galpão no lado sul o levaremos para lá. Mas antes seria bom o embebedar e dar drogas a ele, as pessoas precisam ver ele fazendo isso por conta própria assim não vamos levantar suspeitos pro seu sumiço repentino já que nessa cidade ninguém liga pra um drogado desaparecido. Estaremos de longe observando e obrigando ele a fazer nem que pra isso aconteça uma "ameaçasinha" contra o menino.

- Então levaremos ele ao galpão e esperar o efeito da droga passar. Nossa tortura começa - completei com um sorriso maldoso não diferente de Verônica que assentiu sorrindo.

POV MAX

    Depois que mamã Toni e a tia Verônica entraram pro escritório e minha mãe Cheryl foi pro trabalho ficamos eu e Ellen na sala, que já estava de saída. Assim que abri a porta para Ellen sair, Eleven, estava com a mão levantada em punho. Um sorriso foi surgindo em seu rosto mas se fechou completamente assim que seus olhos mirou em Ellen atrás de mim.

— Max Topaz, posso saber quem é essa? E o que ela faz aqui? – um fato curioso sobre Eleven é o seu ciúmes em amizade, ela não tinha pouco ciúmes quando se tratava de mim. Eu sempre achei uma gracinha a carranca que ela faz – Fala logo Max.

— Ela é uma nova amiga El, não tem nada de mais nisso – Ela ainda me encarava com um semblante analítico e nada satisfeita com minha resposta. Ellen caminhou lentamente até ficar no meu lado, agora uma de frente pra outra, se encaravam. No rosto de Ellen havia diversão e curiosidade. No rosto de Eleven havia muita irá, se fosse um desenho animado seu rosto com certeza estaria vermelho e saindo fumaças. Quando as mãos de Eleven se fecharam em punho decidi que era hora de intervir nessa estranha batalha de olhos, que Eleven batalhava sozinha.

— Prazer, meu nome é Ellen – Eleven olhava desconfiada para a mão esticada de Ellen e depois, bem depois, de pensar muito devolveu o aperto de mãos – Eu já estava de saída, tchau max nos vemos outra hora. Cuidado na rua.

   Assim que Ellen sumiu no final da rua  entrei para dentro de casa acompanhada de uma Eleven irritada, birrenta e com um enorme bico nos lábios. Eu disse que era uma gracinha.

— Não sei se eu quero mais falar com você – Me joguei no seu colo e dei um beijinho na sua bochecha, isso funciona desde que eramos pequenas.

— Não precisa ficar com ciúmes. Sabe aquele dia que saímos e eu corri ? Então, eu corri tanto que nem vi pra onde tava indo e acabei ficando perdida. A minha maior sorte foi encontrar Ellen que me trouxe em segurança de volta pra casa. Ontem eu me perdi e ela me achou e me trouxe pra casa, como estava muito tarde eu achei melhor ela dormir aqui em segurança.

— Tanto faz, eu vim te contar que precisarei viajar hoje. Vovó teve uma piora nos últimos dias, vou hoje e não sei quando volto. – Me encolhi nos seus braços, a avó de Eleven tem diabetes e com o fato de estar velhinha vem piorando o quadro. Não é a primeira vez que ela precisa fazer uma viagem de emergência. Na primeira vez eu sofri quando demorou pra voltar, acho que sempre vou sofrer.

— Você tem que ir agora? – escutei um som de confirmação mas não movi nenhum um músculo e nem queria.

— Max, eu vou mas eu volto tá bem? Levanta por favor – caminhei com ela até a porta, espero que ela não demore tanto pra voltar. Respirei fundo e pesado, acho que nunca vou me acostumar não tê-la por perto.

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Não revisado




  

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