T r i n t a - T r ê s

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[𝗡𝗢𝗠𝗘]

Estou me remexendo na cama já faz cinco minutos. Rindou está no quarto ao lado junto com a Kenna e eu não consigo pegar no sono que porra.

Rindou é um tremendo filho da puta, queria entender como ele me faz sentir raiva e mesmo assim o querer loucamente. Nunca imaginei que ele teria esse lado com Kenna. Imaginava ele irresponsável, ou não trocando uma noitada para ficar com a mãe da bebê e a bebê.

Me mexo em busca de uma posição agradável. Porém não encontro nenhuma. Pego meu celular ao lado da cama, duas da manhã. Porra. Tiro o edredom jogando ao lado. E coloco os pés nos chão.

Levo minha mão até meus lábios e sorrio me lembrando do nosso beijo de mais cedo. De ele me colocando no balcão. E sinto meu corpo todo esquentar. Eu preciso transar. Não tive relação sexual nenhuma após o Rindou. Me levanto e saio do meu quarto em silêncio. A porta de Kenna está entre aberta. Empurro ela e tenho a visão do Rindou debruçado no berço, sentado em uma cadeira e segurando a chupeta.

Ele está dormindo e ela também.

Caminho até eles. Coloco a mão no ombro de Rindou, que continua dormindo. Observo os dois, e ele não sentiu que ela desgrudou da chupeta. Nas noites sempre tento tirar dela para desacostumar. Me abaixo beijando sua bochecha e ele abre os olhos. Olhando para mim e em seguida para o berço dela.

— Já sei que meu braço vai dormir de manhã ! — ele fala rouco e se levantando. — Por que está acordada ? — ele segura minha mão e eu não consigo deixar de sorrir orgulhosa.

Estou sem sono ! — respondo — Pode ir dormir, eu fico agora.

— Tá bom ! — ele tira a camiseta e meu olhar cai automaticamente para seu abdômen. — Posso dormir aqui ? — balanço a cabeça sem tirar o olho do seu abdômen. — Continua safada ! — ele ergue meu queixo e me dá um selinho.

Rindou sorri e vai para a cama ao lado berço. Abrindo espaço para mim. Hesito por um momento, mas vou me deitando. Fico reta, me cubro e ele fica deitado de frente para mim, me observando. Espero que ele não note minha respiração acelerada. Parecia que tinha desaprendido de ficar perto dele.

Eu sei que ele está arrependido da forma como ele me tratou. Mas ele está se redimindo. Fecho meus olhos e tento me acalmar. Quando o sinto segurar minha mão. Puxando ela e encostando em seu peito. Seu coração está parecendo escola de samba do Brasil. Ele também está nervoso. Me viro para ele. Aproximando minha boca da dele.

Rindou não fala nada, não desvia o olhar, apenas roça mais nossos lábios para em seguida pressionar com delicadeza.

O celular do Rindou não para de tocar. Aquilo estava me irritando. Abro os olhos, sentindo seu braço em volta da minha cintura. Em algum momento ficamos nessa posição. Sua boca encosta em minha nuca e sua respiração me faz cócegas, e sua mão está espalmada na minha barriga.

Minha bunda encaixada perfeitamente em seu colo. Esta quente, não queria me mexer, mas a porra desse celular tocando, vai acordar Kenna.

— Rindou ! — o chamo e ele resmunga — Seu celular está tocando.

— Desliga ele ! — responde baixo e rouco.

— É seu irmão. — falo assim que vejo quem é — São quatro da manhã deve ser importante.

— Que porra ! — resmunga e me dá um beijo na nuca e se levanta. — Fala Ran, são quatro da manhã cara.

O olho de cima abaixo, ele está só de cueca preta. Seu cabelo bagunçado, ele coloca os óculos, e solta um longo suspiro então sei que está irritado. Ele passa a mão no cabelo e olha para a Kenna, passa a mão no rostinho dela e me olha em seguida. Ele concorda com alguma coisa e diz que chega em alguns minutos.

Turn my swag on | Rindou HaitaniOnde histórias criam vida. Descubra agora