T r i n t a - C i n c o

1.8K 222 23
                                    

                                 NOME

— Viu ela só está resfriada, falei que estava preocupada atoa. — Rindou fala enquanto coloco ela no carro.

— Rindou ela está estranha, geralmente esse horário ela ainda está acordada babando nos dedos. — ele me olha pelo retrovisor.

— Se até amanhã ela não melhorar a gente volta no hospital pode ser ? — confio com a cabeça e volto meu olhar para ela.

Eu conheço muito bem a minha menina, e sei que tem algo errado, tudo bem posso estar exagerando e ser só um resfriado. Mas não consigo ficar calma. Rindou acelera o carro, ele tinha um negócio para resolver agora a noite.

Um dos trabalho dele de mafioso, odeio isso, ele ia matar alguém. Mas meu medo aí não é ele matar alguém, é alguém machucar ele, e agora esse pé de guerra com o irmão, por conta de nós duas. Kenna e eu. Não imaginei que o irmão dele ia ficar tão pé atrás comigo.

Rindou está ligando para o Mikey, e eu fico encarando minha filha, enquanto ela dorme graças ao antibiótico que tomou. Ergo meu olhar e Rindou está me olhando pelo retrovisor enquanto chama a ligação.

Mikey atende, Rindou começa a conversa com ele sobre hoje a noite, algumas horas na verdade, Rindou cancela dizendo que não vai e eu não consigo não sorrir.

— Minha filha está doente.. — ele fala — Quero ficar com as duas hoje, fiquei um ano sem, quebra essa cara por favor.

— Sanzu vai no seu lugar .. — informa Mikey — Mas não se acostuma.

Ele desliga a ligação e impossível não sorrir. Ele cancelou por nossa causa, ele está fazendo tanto por nós, isso me pega realmente de supresa porque nunca imaginei que ele seria um pai tão atencioso.

Ao invés dele pegar o retorno para pode ir pra casa, ele pega para a estrada principal. Franzo minha testa confusa e ele sorri para mim.

— A um ano, antes de a gente terminar, eu comprei uma casa, é isolada, nessa época do ano é fria também, mas tem uma lareira. — ele me olha novamente — Não funciona celular.

— E você está indo para lá ? — concorda com a cabeça — Mas não temos roupa nenhuma, não temos comida .. nada.

— Eu sei, mas vamos passar no mercado agora, comprar tudo o que precisaremos, tenho algumas roupas lá que levei.

— Você já ficou lá ? — pergunto.

— Quando eu achei que você tinha me traído com o Hanma, eu fiquei lá. — ele ri porém sem humor — Eu sei que talvez você vai ficar brava, mas na primeira semana foi droga e cachaça .. na segunda semana, contratei uma prostituta pra ver se te esquecia.

— Sinto muito que tenha passado por isso.. — falo desanimada — Me desculpa ter ocultado sobre ela .. — sobre Kenna.

— Já foi ! — ele sorri — Agora é nós três, vamos aproveitar lá sem ninguém, sem celulares.

Impossível não sorrir, Rindou da seta e vira à direita, parando o carro no estacionamento de um mercado grande. Ao lado tem loja de roupas e do outro de bebê. Descemos do carro e Rindou pega Kenna no colo. Primeiro paramos na loja de bebês, juntos separamos as fraudas, mamadeiras e roupas para ela.

Coisas para banho, perfumes, cobertinhas e Rindou não contente, comprou alguns ursinhos de pelúcia, e tanta roupa que brincando parece que vamos ficar um mês. O engraçado foi que ele não quis largar a Kenna e quem está com as sacolas sou eu. Passamos na loja para adulto e também peguei umas roupas para mim.

— Vou colocar no porta malas e aí entramos no mercado. — Rindou concorda.

Viro para trás, apenas para ver se balançando com ela no colo e encostando o nariz no dela, acho que fico uns minutos observando. Ele sorrindo para ela a vendo acorda. Ele também comprou um berço.

Coloco tudo no porta malas, e o funcionário da loja coloca o berço, quero ver o Rindou montar ele.

— Ele é um pai bem babão né ? — funcionário pergunta e eu concordo — Primeira filha de vocês ?

— Sim, nossa princesa ! — me aproximo de Rindou e do um selinho nele.

Depois que compramos tudo no mercado, tudo mesmo. Passamos na farmácia que tinha lá dentro e também compramos o que era receitado para Kenna e voltamos para a estrada, ajeitamos a cadeira dela e dessa vez fiquei na frente com o Rindou que dirigia com a mão na minha coxa o tempo todo e também fomos conversando sobre tudo.

Porém era bem longe aonde estávamos, tanto que ele cansou de dirigir e trocamos, estou dirigindo seguindo suas orientações e também nós perdemos, olho Kenna pelo retrovisor e ela está acordada, bem acordada.

— Chegamos .. — encosto o carro em frente a um chalé. — Caramba aqui fora da medo a noite. — Rindou da risada e abre o porta luvas tirando seu revólver de lá.

— Estamos seguro gata.. — ele abre a porta e o vento gelado bate e eu cubro Kenna até na cabeça, sem sufocar. — Fica vocês duas aqui, vou acender a lareira para ir esquentando a casa e levo as coisas.

Ele me dá um selinho e sai do carro entrando na casa correndo. Ligo o ar no quente e vou para trás com Kenna. Pego ela no colo e enrolo em duas cobertas. Cubro seu rostinho e saio do carro indo para casa. Abro a porta e lá acendendo a lareira. Ele sorri ao me olhar e eu reparo no lugar.

Tão lindo. Madeirado e personalizado os móveis, aquele típico chalé de filmes. Televisão na sala enorme e uma mesa de centro. Rindou pega Kenna no colo e eu vou para a cozinha observando tudo. Ele comprou esse lugar para nós.

Os dois estão deitado no sofá, aproveito e vou até o carro e pego algumas sacolas e vou deixando na porta. Aqui fora é muito escuro, da um certo medo ! Me assusto quando sinto uma mão na minha cintura. Viro para trás e vejo o Rindou.

— Vou te ajudar ! — ele pega as sacolas.

Quando tudo já estava organizando e Rindou tentava montar o berço, aproveitei para tomar um banho rápido, Kenna está brincando com o Ursinho de pelúcia e eu ia cozinhar algo para nós comer.

Vou para a cozinha e abro um vinho, coloco um pouco na taça e começo a cozinhar para nós, ia fazer um macarrão com camarão. Rindou ama camarão.

— Consegui montar o berço — ele fala animado — Depois vamos levar para o quarto.

— Aqui é muito lindo — ele me abraça por trás — Vamos ficar aqui quanto tempo ?

— Até quando você quiser! — ele beija meu ombro — Mas se Kenna piorar levamos no médico.

— Seu irmão não vai ficar com raiva do seu sumiço ? — pergunto.

— Não ligo para ele.. — Rindou da risada — Só quero ficar com a mãe da minha filha.

Turn my swag on | Rindou HaitaniOnde histórias criam vida. Descubra agora