Capítulo 02 - We Rise

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Quando se deu conta, o cavaleiro percebeu que estava em frente à Ordina, Cidade Sacramental. Eles estavam ao final do Campo de Neve Consagrado, um lugar remoto de difícil acesso, coberto por neve e nevasca.

Era preciso duas metades do medalhão secreto para receber acesso ao Caminho Oculto para a Árvore Sacra, o qual também era uma dor por si só. Para somente então atravessar os campos de neve, chegar a Ordina, e finalmente, ao portal para a Árvore Sacra de Miquella.

Ele olhou para a frente, e Malenia estava lá, esperando por ele. Extremamente poderosa, muito mais imponente do que um Sentinela da Árvore. Majestosa, linda. Levou alguns segundos, mas ele conseguiu tirar os olhos dela e chamar Torrente, seu nobre e fiel corcel.

Muito mais humilde que a montaria de Malenia, uma vez que Torrente era um cavalo espectral encantado, pequeno e com chifres, mas certamente, era tão capaz quanto o dela. Baron nunca teria chegado tão longe sem ele.

Torrente foi, de fato, a primeira criatura que o recebeu nas Terras Intermédias, como se soubesse desde o início que o Baron seria o Maculado profetizado a conquistar o Trono Prístino.

Ele olhou em volta por um momento e pediu-lhe para que o seguisse. Andando um pouco em direção ao oeste, ele viu a silhueta fraca do tronco de uma árvore morta, que era o ponto de referência que ele estava procurando. Eles começaram a deixar a cidade para trás, encontrando um grupo de arqueiras Albináuricas que começaram a atirar flechas em sua direção.

Seus lobos gigantes também estavam perturbados com sua presença, mas Baron apressou o galope de Torrente e passou ileso. Malenia seguia logo ao seu lado. Eles continuaram para além de um córrego congelado e logo chegaram ao primeiro tronco de árvore. A partir desse ponto, ele começou a se mover ligeiramente para a esquerda, na direção sul. O pequeno desvio em sua rota seria necessário para evitar os piores inimigos de Baron.

A nevasca se tornara mais branda neste momento, permitindo que o cavaleiro visse mais árvores mortas. O segundo ponto de referência foi o maior desses troncos, parecendo estar localizado no centro.

Baron se perguntou o que poderia ter feito todas aquelas árvores enormes perderem sua metade superior, mas acabou dando de ombros, já que ele não conseguiu encontrar uma resposta. O clima extremo seria uma possibilidade.

No chão, flores vermelhas floresciam, pintando um lindo tapete de botões vermelhos na neve branca. Baron, no entanto, pensou que essas flores tinham um significado para estar lá.

Uma vez que cercavam o portal que os levaria a Mohgwyn, elas poderiam ser uma espécie de guia para o caminho de sangue, indicando que eles estavam na direção certa.

Dois cães ensanguentados tentaram entrar em seu caminho, mas as pobres criaturas morreram sem nem mesmo saber o que os atingiu.

Baron reconheceu aquele lugar; eles estavam bem próximos agora. Ele diminuiu o ritmo quando viraram para o oeste novamente, andando em torno de troncos caídos e pedras. Fez uma pausa rápida para olhar para a direita e observá-los, seus piores inimigos.

Os dois Ursos Rúnicos estavam entretidos em arranhar o que restou daquelas árvores, totalmente alheios à sua presença. Como ele sabia que a criatura vigorosa e gigante era feroz e notavelmente agressiva, ele achou que seria melhor deixá-la em paz.

A vida selvagem poderia ser bem mais assustadora que os semideuses, às vezes.

Ele olhou além do urso, um pouco mais para a esquerda, identificando o último ponto de referência. Outro tronco enorme, caído como se estivesse formando uma ponte de alguma maneira. Andou com Torrente o mais furtivamente possível, e Malenia entendeu a mensagem, seguindo-o da mesma forma.

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