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Capitulo 3 - Enfermaria.

Quarta-feira, 2019

-Está se sentindo melhor, amor ? - Jisung pergunto pela milionésima vez, ainda preocupado. Fofo!

-Estou sim, não se preocupe. Foi apenas uma queda de pressão, tinha razão, não devia ter pego sol a tarde toda sem me hidratar.

-Estamos ficando sem agua, mas não se preocupe querida, logo chegaremos em casa. - Lee Know avisa.

- Não se preocupem comigo, não quero dar trabalho, posso sobreviver com alguns goles de agua durante a semana.

-Não precisa viver da miséria mais, amor. Temos agua suficiente para todo o grupo, pode até tomar um banho e cuidar do seu cabelo melhor agora. - Jisung comenta.

-Jisung... - Lee Know adverte o namorado pelo comentário.

-Ora, vamos, ela sabe que não estou falando por mal. Não é, amor? - Jisung cutuca meu ombro.

-É, claro. Já faz um tempo que eu não me importo mais em cuidar do meu cabelo, vai ser bom poder lavar e hidratar ele novamente. - Dou de ombros,- Claro, se não for atrapalhar voces e o resto do grupo.

- É uma de nós agora, querida. - Lee Know que está andando na frente vira sua cabeça para me olhar e sorri de canto.

- Ou pode se juntar as Dolls, voce sabe, quando elas voltarem de Chicago.- Jisung fala.

-Se elas me quiserem no grupo, quem sabe ? -Eu dou de ombros.- Tem alguma prova que eu precise fazer para entrar no grupo? Algum líder para decidir isso? 

-Todos os grupos tem líderes querida. - Lee Know responde, dessa vez olhando para frente, enquanto Han e eu o seguimos.- Mas nada de provas, não se preocupe.

-Voce é o líder do Stray Kids? -Pergunto para o de cabelo roxo.

-Não, amor. O líder do nosso grupo está no ''acampamento'', com os outros. -Jisung responde.

- Ele é legal?

 Posso estar alucinando por estar muito cansada, mas juro ter escutado Lee Know rir por um momento.

-Bom, o Chan é ...

-Chegamos, querida. - Lee Know avisa, depois de quase 2 horas caminhando, finalmente chegamos em ...

-Não tem nada aqui.

 Olho para tudo ao meu redor, mas não vejo nada, nem uma casa, ou barracas, ou os meninos que Lee Know e Jisung comentaram, apenas um presídio velho. Então me lembro que as bananas que eu achei umas semanas atras foram aqui por perto, talvez uns metros para a direita.

 Minha mente da um click, e eu pego minha faca no coturno rapidamente e levanto para os dois que estão na minha frente.

- Achei que já tínhamos superado isso, amor. - Jisung fala olhando para a faca como se estivesse cansado disso.

- Abaixe essa faca, querida. 

- NÃO. Eu sabia que não devia ter confiado em voces, como foi burra... - Grito com o casal, raiva e tristeza se misturam dentro de mim, mas a raiva é maior, muito maior.

 Me sinto muito estupida agora, como posso ter caído nesse papo todo? Depois de todos esses anos, eu deveria saber que só posso confiar em mim mesma. Esses dois me enganaram direitinho, foi preciso apenas agua e um pedido de desculpas e eu acreditei neles, confiei neles.

-Se querem me matar, podiam ter feito isso lá na praia, mas me trazer até uma parte vazia e deserta da cidade pra isso? - Olho para os dois e sinto meu coração doer. Sinto aquela raiva quente e borbulhante crescendo dentro de mim, se misturando com meu sangue. Mal os conheço, como pode doer tanto? Estou quase cega de raiva, eu realmente achei que com eles iam ser diferente.