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Capitulo 10 - De mãos dadas com a morte.

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GATILHOS!

Delilah, 2016.

Mãos.

Mãos por todo o lado.

As mãos dele.

As mãos dele estão por todo o meu corpo.

''Voce é linda.''

''Tão quente.''

''Minha abelinha.''

Alguns pensamentos surgem em minha mente assim que eu abro os meus olhos e me deparo com o Woojin nas minhas costas, no meio da noite. A mão direita dele está no meu peito, apertando firme, provavelmente vai ficar avermelhado depois. Ele da alguns beijos no meu pescoço, cheira meu cabelo e fala palavras que ele deve considerar fofas, mas eu me sinto suja.

  Meu primeiro pensamento é: Eu queria estar morta para nunca mais ter que olhar para a cara dele.

Meu segundo pensamento é: Eu quero matar ele, com as minhas próprias mãos.

E o terceiro pensamento é: Eu preciso fugir.

  Sua mão sai do meu peito e desce para o meio da minha perna. Eu quero vomitar.

''Voce me faz tão bem, abelinha.''

''Amo o seu gosto, tão doce.''

''Seja uma boa garota e fique quietinha.''

Então ele faz.

Ele abaixa o shorts dele, um shorts largo de moletom, que ele usa sem cueca. Ele puxa minha perna para separa-las e me invade sem permissão. Como todos os dias.

Eu não tenho mais forças para chorar, não tenho forças para lutar com ele. Não tenho mais forças para implorar para que ele pare, porque ele nunca para, isso só deixa ele ainda mais violento.

''Eu estou quase lá, abelinha.''

Eu quero sumir.

''Voce é tão gostosa.''

Eu quero morrer.

''Voce gosta disso, né? Sua safada.''

Eu quero te matar.

''Porra, eu to gozando.''

Eu vou te matar.

Como sempre, ele não dura muito, o que era para ser algo bom, porém isso apenas significa que ele precisa esperar alguns minutos para estar pronto novamente. Acho que eu iria preferir que ele demorasse um pouco mais, mas pelo menos isso aconteceria menos vezes por dia, melhor do que ter que aguentar isso varias e varias vezes seguidas.

Woojin arruma sua bermuda, me da um beijo na bochecha, murmura um ''bom trabalho, abelinha.'', como se eu tivesse me esforçado para satisfaze-lo. Provavelmente, transar comigo e transar com um cadáver é muito parecido, eu não me mexo, não faço nenhum som, quase não respiro enquanto ele viola o meu corpo.

Acho que cheguei no meu limite, não tenho nenhuma razão para continuar aqui, aguentando o que eu aguento. Eu costumava aguentar firme por medo, medo do que ele poderia fazer comigo, a morte virou a minha ultima preocupação, mas eu sabia que não importava se eu estivesse viva ou não, ele não iria parar, Woojin fez questão de deixar bem claro para mim que eu estar viva era apenas um detalhe, que eu nunca iria conseguir fugir dele, e que se um dia eu tentasse, e ele descobrisse, ele não iria parar tão cedo. Ele me garantiu que me estupraria até morta, e que faria cada um dos meninos dele fazerem a mesma coisa comigo, que eles tambem não iriam se importar que eu estou ou não viva, ''eles só querem um buraco para gozar.'', palavras dele.