Capitulo 7 - Anjo.

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  Bangchan, 2019.

A dúvida está me corroendo de dentro para fora, não consigo tirar isso da cabeça. Fazem duas semanas desde a minha conversa com os meninos no escritório, eu preciso saber, preciso perguntar. Mas como se pergunta algo assim?

  Se for verdade, eu não quero fazer ela reviver seja lá o que ela viveu nas mãos dele, principalmente agora que Delilah se encontrou com o irmão, a morena está se recuperando bem. Mas se não for verdade, o que eu torço muito para que não seja, eu já tiro esse peso das costas, essa culpa e medo.

Talvez chama-la para conversar no meu escritório com os líderes do Seventeen e o irmão dela seja a melhor opção, eles precisam estar presente.

Delilah é forte e muito corajosa.

Ela tem a voz de um anjo, parece com um também. Os cabelos castanhos escuro formam uns cachos fofos, sua pele morena e bronzeada dos seus dias nas praia de Los Angeles, seus lábios são grandes e avermelhados. Ela faz um bico fofo quando está mastigando, tem um cheiro gostoso...

O que essa mulher está fazendo comigo?

Eu sou o líder, porra. Não tenho medo de nada, nem de ninguém. Não que eu tenha medo dela, pelo contrário, acho ela incrível. Passou por esse inferno sozinha, eu nem consigo imaginar ficar todos esses anos sozinho, sem meus amigos para conversar, me ajudar, brincar.

Os aniversários que ela passou completamente sozinha, os jantares solitários, as coisas que ela viu e viveu sem ter alguém para compartilhar. Porra, as vezes em que ela chorou por medo ou por solidão ao longo desses 6 anos infernais.

Ela nunca mais vai passar por algo assim novamente. Nunca!

Já está na hora da janta, vou perguntar para Seungcheol se chamamos ela para conversar depois da janta ou pela manhã. Particularmente, prefiro amanhã, estou evitando essa conversa o quanto posso, mas sei que não dá pra fazer isso pra sempre.

Quero saber se posso ou não matar Woojin sem culpa alguma por isso.

-Voce vem comer ou vai ficar ai parado olhando pro nada? -A voz de Felix me desperta de meus pensamentos. Apenas sua cabeça está dentro do meu escritório, o resto do corpo está fora do cômodo e é coberto pela porta.

-Eu já estava de saída.- Respondo dando a volta em minha mesa, indo em sua direção.

-Evitando a Delilah?- O loiro provoca.

-Não estou evitando ela.- Respondo rapidamente, trancando a porta do meu escritório.

-Então não está evitando ela depois de tê-la chamado de "anjo" na frente do irmão e dos outros meninos? -Ela para centímetros de mim e sorri docemente enquanto lança a pergunta.

Todo mundo já tava sabendo que eu chamei ela de "anjo"? Bando de fofoqueiros, não tem mais nada pra fazer nesse lugar?

Vou sair distribuindo serviço para todos, não quero nem saber. Lavar um banheiro, limpar o telhado, contar quantos pratos tem na cozinha. EU NÃO LIGO.

Tive algumas interações com ela durante essas duas semanas, mas os meninos não sabem sobre isso, apenas nós dois sabemos sobre nossos encontros noturnos.

Fiquei cuidado da morena na enfermaria, todos os dias eu fui até lá pelos menos umas 4 vezes ao dia, checava seus curativos, trocava suas cobertas. Uma vez fui pego por Seungmin fazendo carinho na cabeça da garota enquanto cantarolava uma musica antiga que minha mãe gostava. Agora que ela está acordada eu não posso ficar fazendo isso, é estranho, mas ainda tenho o mesmo cuidado com ela, ainda quero protege-la. Ela é doce, gentil e muito engraçada.

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