Capítulo 5

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O dia do jantar entre os Jeon e os Park havia finalmente chegado. Lalisa estava super ansiosa para conhecer seus sogros e estava deixando Jungkook a beira dos nervos, já que a garota estava ao ponto de histeria. Ela trocou de roupa mais vezes do que o coreano seria capaz de contar, arrumou e desarrumou o cabelo, escovou os dentes por horas e se entupiu de perfume.

Depois de ficar horas sentado no sofá da sala ouvindo a filha chorar em pânico e dizer mil vezes que não iria mais ao jantar, ela finalmente desceu e foi decidida até o carro, dizendo que era uma mulher forte e independente e que não importaria se seus sogros iriam ou não gostar dela, já que ela amava Rosé e ficaria com a loira. Dois minutos depois, Jungkook estava agachado ao lado de uma Lalisa que estava encostada no pneu do carro, segurando os cabelos e chorando como uma criança que perde o brinquedo favorito. Agora, quase 20 minutos depois, eles finalmente estavam indo até a elegante residência dos Park.

Jungkook deu uma breve olhada para a filha, que estava encostada na janela do carro, olhando para a rua. Deu uma olhada rápida no GPS, faltava apenas alguns minutos para chegarem.

— Você está bem Lali? — Perguntou preocupado, olhando o tráfego pelo retrovisor.

— Estou. — Ela disse distraída. Depois, suspirou e encolheu os ombros, se ajeitando no banco. — Eu só estou com medo. — Respondeu baixinho.

— Sabe que não precisa disso, aquela menina te ama e com certeza os pais dela são pessoas decentes.

—Eu não duvido do amor da Rosie, é lógico que não. — Ela se encolheu mais ainda. — Mas eu fiquei pensando. E se ela tiver razão?

— Ela? — Jungkook perguntou confuso.

— Bem, a... — A garota balançou a cabeça e respirou fundo. — Nada, esquece. Pensei besteira.

— De qualquer forma, eu tenho certeza que você é a pessoa que mais ama Roseanne depois dos pais dela, não tenho dúvida nenhuma disso. Pense em coisas positivas.

— Eu agradeço pai, e não se preocupe. Estou pensando em coisas maravilhosas agora.

O duplo sentido não passou despercebido por Jungkook e ele negou com a cabeça.

— Lalisa, eu estou lhe implorando para não falar nem fazer nenhuma besteira na frente dos pais da menina.

— Pai! — A menina disse horrorizada. — É lógico que não, quero dar uma boa impressão.

— Acho bom. — Ele respirou fundo, assentindo.

— Além do mais, ela disse que me daria uma bela recompensa.

Jungkook gemeu de tristeza, nada nem ninguém podia colocar juízo na cabeça de sua filha. Os dois olharam abismados o luxuoso condomínio que os Park viviam. Todas as casas eram grandes e chiques. Aquilo só serviu para deixar Lalisa mais nervosa e Jungkook olhou pesaroso para ela. Agora, ele também estava começando a ficar nervoso.

*

— Eu ainda não acredito que vou perder esse jantar!

Jimin riu ao escutar a indignação de Taehyung pelo celular. O amigo havia ficado preso com questões familiares e agora teria de resolvê-las, mas não estava nem um pouco feliz com isso.

— Fique calmo, Taehyung. Eu tenho certeza que nada demais vai acontecer, eu confio na minha filha e como eu já disse, você também deveria confiar.

Taehyung novamente começou seu discurso sobre confiar em Rosé mas não em Lisa, fazendo Jimin revirar os olhos e rir. Ji Eun apareceu no vão da cozinha e sorriu docemente para ele, os olhos cheios de lágrimas.

Os dois podiam dizer com certeza que estavam orgulhosos da filha. Rosé estava crescendo e se tornando uma mulher responsável, inteligente e segura de si, tudo que eles queriam para ela. Jimin sabia que Ji Eun confiava nela tanto quanto ele.

— Ela está tomando banho. — A coreana falou, se aproximando com as mãos inquietas. — Vendo o quanto ela cresceu, me sinto culpada por não ter podido estar fisicamente presente sempre que quis

— Ei, por favor, não se culpe. — Ele segurou o ombro dela e sorriu de forma reconfortante. — Rosé te ama e te entende, está bem?

Ela sorriu fraco, assentindo e enxugando as lágrimas.

— Você é um pai incrível Jimin. — Ele sorriu grato. — Não é atoa que ela sempre fala de você com orgulho quando conversamos ao telefone.

Ouvir aquilo o deixou emocionado. Ele nunca duvidou do amor de sua filha por si, mas era bom saber que ela o amava talvez até mais do que ele a amava. O laço que tinham era forte e Jimin ficava grato por isso.

— Ei, vocês não vão chorar para deixá-la nervosa, não é? Deixem para chorar no jantar e eu vou fazer o papel do pai que ameaça com uma espingarda.

Jimin e Ji Eun riram, se afastando e limpando as lágrimas. Yoongi deu um sorriso de lado, se aproximando para beijar o marido e comprimentar a coreana.

— Vamos fazer assim. Eu vou falar com Rosé e vocês dois terminam de arrumar a mesa.

Eles assentiram e Jimin deixou o pano de prato que estava em seu ombro em cima do balcao e subiu as escadas calmamente. Ainda no corredor, pôde ouvir a cantoria da filha e sorriu. O quarto da Park era em tons de rosa bebê e branco, perfeitamente arrumado, cheio de pelúcias, quadros, fotos e livros. Ele sorriu, ela ainda parecia seu bebê de 6 anos que precisava dele para tudo. Sentia tanta falta dessa fase.

Vendo que a filha ainda estava tomando banho, decidiu não atrapalhar. Estava prestes a sair quando a tela do celular dela acendeu e ele o pegou para ver a mensagem de Jisoo. Rosé nunca escondia nada dele, então achou que não seria nada demais checar a inocente mensagem.

Ledo engano.

Jimin abriu o chat da filha com a melhor amiga e viu que Jisoo havia enviado um áudio. Clicou.

— Amiga, e como você pretende transar com ela selvagem se não aguentou nem a cabecinha?

O telefone caiu na cama imediatamente.

Jimin tinha os olhos arregalados, a boca seca e o coração batendo tão forte que parecia que ia ter um infarto. Sua princesinha não podia estar pensando essas coisas, por Deus! Lógico que ele sabia que Roseanne teria relações sexuais um dia, mas daquela forma!? Seus dedos tremiam quando clicou no áudio que ela havia enviado alguns minutos atrás para Jisoo.

— Chu, prometi uma recompensa caso Lisa se comportasse hoje, você sabe como ela é, então vi alguns vídeos e pretendo dar um boquete para ela no banheiro do meu quarto. Se tudo der certo, talvez a gente avance ainda hoje.

Jimin nunca pensou que teria um princípio de taquicardia tão cedo, mas ali estava. Queria se recusar a acreditar que era sua princesinha naquele áudio, mas as coisas só ficavam piores e o coreano ficava zonzo.

— Ai amiga, a Lisa é enorme! Eu não sei como vou aguentar tudo! Me dá umas dicas, por favoooor! Eu quero muito, mas não quero começar indo devagar, nós duas somos fogosas e você sabe que eu não sou santa. Quero fazer o serviço completo, mas não sei se conseguiria por trás ainda. Porém eu sei que Lisa não se importaria de me chupar lá trás, já que ela sempre faz isso lá embaixo.

Ele bloqueou o telefone e saiu do quarto antes que morresse cedo demais. Sua mente dava voltas e voltas e ele não podia acreditar que sua filha falasse esse tipo de coisa. Não, tinha que haver uma explicação. Roseanne não era assim, sua filha não pensava essas coisas. Ele se recusava a pensar nisso. Será que Taehyung estava certo, afinal?

— Amor? Está tudo bem?

Yoongi perguntou preocupado, vendo o estado pálido do marido. Jimin balbuciou que estava bem e se enfiou na cozinha. Lavou a nuca com água fria e respirou fundo, se encostando no balcão da cozinha. Como encararia a... garota que faria essas coisas com sua filha?

Antes que sua mente processasse, o som da campanhia soou e ele olhou desesperado para a porta. Era agora, não tinha mais como fugir.

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au revoir 🐥

Como nossas filhas • Jikook/Chaelisa •Onde histórias criam vida. Descubra agora