Capítulo 2

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Atualmente.

— Pai, posso falar com o senhor?

Jimin ergueu os olhos do computador e sorriu para filha, assentindo. Roseanne entrou e se sentou na poltrona confortável que havia ali.

Olhando para sua filha, era impossível Jimin não se orgulhar. Rosé era uma moça linda, carismática e muito prestativa. Se tornou exatamente a pessoa que ele sabia que ela seria. Era culta, adorável e nunca perdeu o espírito de menininha. Sempre conversava com ele sobre seus problemas e era extremamente carinhosa com as pessoas que amava. Agora, tinha o cabelo pintado de loiro assim como o pai, e adorava usar vestidos meigos e sair com suas amigas.

— Quer me contar ou quer esperar o seu pai?

Perguntou calmo, fechando o notebook para dar total atenção à filha. Ela sorriu nervosa, negando com a cabeça.

— Não sei que horas ele chega, então acho melhor contar amanhã.

— Tudo bem. — Falou compreensivo.

— Sabe aquela menina que eu comentei com o senhor? A Lisa? — Ele assentiu. As bochechas de sua filha ficaram coradinhas e ele tentou conter o sorriso ao adivinhar o motivo. — Bem, o senhor sabe que estávamos saindo faz algumas semanas.

— Claro.

— E ontem ela... me pediu em namoro. E eu aceitei.

Jimin finalmente sorriu. Havia visto Lalisa algumas poucas vezes, mas não perto o suficiente para analisar seu rosto ou comportamento. Entretanto, confiava em sua Rosé e sabia que, se ela havia aceitado esse pedido sendo que já havia sido chamada para sair tantas outras vezes, era porque realmente gostava da menina. E quem fazia sua garotinha feliz fazia Jimin feliz.

— Meus parabéns meu amor! Estou muito feliz por você!

Ele se levantou para lhe dar um abraço apertado. Os olhos dela quase caíram de puro alívio e um sorriso amoroso apareceu.

— Mesmo? O senhor não se importa? Não vai dizer que vai atrapalhar meus estudos?

— Claro que não meu amor! Eu confio em você e sei que, se você aceitou, é porque a ama. E outra, sei que leva seus estudos a sério e vai conseguir conciliar eles com dar atenção para sua namorada.

— Muito obrigada pai! Estou tão feliz!

— E quanto aos pais dela hein? Eles já sabem?

— A mãe eu não tenho certeza, Lisa foi abandonada por ela quando era um bebê, o pai a cria sozinho até hoje.

— Meu Deus! — Jimin falou horrorizado. Ele nunca sequer pensou nessa possibilidade. — Pobrezinha! O pai dessa menina deve ser um ótimo homem.

— Ele é. — Concordou. — Conversei com o senhor Jeon algumas vezes, ama Lisa mais que a própria vida. A relação deles é ótima, são mais amigos do que pai e filha.

— Como a nossa? — Ele perguntou sorrindo.

Rosé sorriu nervosa. Como é que ia explicar a relação um tanto... peculiar entre os Jeon? Seu pai com certeza teria um infarto.

— É, quase isso. Podemos dizer assim.

— Bom, eu com certeza quero conhecer o pai da menina que roubou o coração da minha filhinha. — Ele apertou suas bochechas, sorrindo ao ver ela ficar coradinha. — Vamos marcar um jantar com eles, que tal?

— Eu acho uma ótima idéia! Lisa queria conhecer vocês dois. Podemos marcar assim que eu falar com o papai Yoongi, tudo bem?

— Claro minha princesa. Você acha que Lisa já contou para o pai dela?

— Deve estar contando nesse exato momento.

/

— EU VOU TRANSAR MUITO!

Jungkook respirou fundo, observando uma Lalisa animadíssima se sentar a mesa e começar a comer alegremente.

— Modos Lalisa, por favor, estamos jantando.

— Sério pai, segui seus conselhos de velho e por incrível que pareça ela se apaixonou por mim também! Ela é das antigas sabe? Toca piano, violino, violoncelo e adora poesia. Eu não sei porra nenhuma de poesia, mas aquele corpo dela-

— Lalisa! — Jeon esbravejou, embora estivesse contente por sua menina. — Por Deus! Não fale assim da menina! E eu não sou velho.

— E minha namorada não é gostosa. — Ele lhe olhou feio. — Mas sério pai, obrigada por me ajudar. Eu achei que uma princesa como ela nunca ia querer uma ogra como eu, e o senhor sabe que eu já estava mais do que na dela, só que aí como última esperança eu segui o que senhor me disse e bum! Estamos juntas. — Ela suspirou apaixonada. — Obrigada pai, o senhor é o melhor.

Foi impossível para ele não amolecer. Sabia que Lalisa gostava dessa menina desde os 14 anos e nunca tivera coragem para falar com ela. Dizia que Roseanne era diferente, não ia gostar de sua maneira de ser e o jeito que falava. E ele, mesmo não sendo lá essas coisas com romance, tentou seu máximo para ajudar e dar confiança a filha. O resultado estava ali. Sua menina feliz com a garota que amava. Ele estava orgulhoso.

— Fico feliz por vocês filha, de verdade. Roseanne é uma boa garota. Tenho certeza de que você não vai pisar na bola com ela.

— Se eu fizesse alguma merda pra machucar Roseanne eu mesma ia me dar um soco. A única coisa que eu quero é ficar com ela, seja grudadinhas de chamego ou fazendo-

— Por favor, não termine a frase. — Ele pediu, fechando brevemente os olhos. — Eu já entendi.

— Que bom. — Ela sorriu. Comeram em silêncio até Lalisa pegar o celular da calça e sorrir largo. Curioso, Jungkook tentou se esticar para ver.

— O que houve?

— Ela acabou de colocar que está namorando comigo no Facebook. Agora aqueles filhos da puta não vão poder mais dar em cima dela. E eu juro pra você que se derem, pai, se prepara pra me livrar de uma detenção.

— Você não vai bater em ninguém.

— Nem o senhor tem certeza disso, não é? — Ele suspirou. Sabia muito bem que Lalisa era briguenta. — De qualquer forma, vou comer logo. Quero fazer umas coisinhas por telefone.

— Lalisa!

— Ai, tá! Desculpa!

Ela falou emburrada. Ele respirou aliviado ao ver que a filha comendo distraída e começou a comer também, alheio ao ambiente.

— Senhor velho, acabei. Agora vou falar com a gostosa da minha namorada por telefone. — Ela limpou a boca com o guardanapo e sorriu estranho.

— Vá Lalisa, vá. Só não faça barulhos, por favor. — Pediu cansado, só queria um descanso.

Ela se aproximou para lhe dar um beijo e logo já estava subindo as escadas. Jungkook novamente suspirou aliviado por finalmente um pouco de-

— Só mais uma coisa pai. — A garota falou do nada, se virando para ele.

— Fala Lalisa. — Respondeu impaciente.

— Acho melhor comprar camisinhas maiores, desse jeito vão ficar apertadas em mim.

— O que? — Ele perguntou confuso.

— Eu experimentei lá no seu quarto, espero que não se importe. Não se preocupa, eu troquei os lençóis.

— LALISA!

Como nossas filhas • Jikook/Chaelisa •Onde histórias criam vida. Descubra agora