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— Hoje o dia foi extremamente cansativo — Theo exclamou se jogando no grande sofá da sala dele.
É, você deve estar se perguntando o quê eu estou fazendo aqui.
Resumindo, hoje nós mal ficamos na empresa. Ellise está investindo em novas máquinas, em caixinhas que não prejudiquem o meio ambiente, está querendo usar o menor número de materias não-renováveis possível.
Theo teve que ir em algumas empresas, as que vão fabricar a caixa para as joias. Eu obviamente tive que ir com ele. Ele estava indeciso entre qual delas escolher.
Quando já estava decidido a empresa e o contrato assinado, como fomos no carro dele e a casa dele estava mais perto, minha bexiga estava cheia de água, eu necessitava ir ao banheiro. Fora o fato de que parece que vai cair o mundo lá fora.
— Eu já vou indo, obrigada por me deixar usar o banheiro. — sorri sem jeito.
Um estrondo forte fez com que eu desse um pulo, Theo se levantou rapidamente.
— Não é seguro você ir agora — ele avisou, olhou pela grande janela da sala.
O céu está escuro, as gotas já começaram a cair, a cada segundo que passa a chuva se intensifica mais.
— Obrigada pela preocupação mas eu vou ir mesmo assim. — segurei minha bolsa em baixo do meu braço.
Andei apressadamente até a porta.
— Você nunca vai deixar de ser teimosa? — ele encostou as mãos na porta me impedindo de sair.
— Eu preciso ir pra casa antes que a chuva fique pior - aviso
— Não vai durar a noite toda, você só precisa sentar a bunda naquele sofá e ficar aqui em segurança. Não vou dirigir com essa chuva. Eu sou seu chefe, me obdessa.
— Meu horário de trabalho acabou a uma hora — deixo claro.
Ele tá achando que ele é quem pra achar que manda em mim?
Theo me olhou com irritação.
— Você não manda em mim, eu sou sua secretária Theodore. Não sou sua filha nem sua amiga para você se preocupar comigo.
Isso já está passando dos limites, sei que não tenho muita experiência no mercado de trabalho mas essa nossa relação de funcionária e chefe está estranha de mais.
— Agora é crime eu me preocupar com a pessoa que mais passa tempo comigo? — ele cruzou os braços, igual a chuva cada vez a irritação dele se intensificava mais.
— Isso é tão peculiar,eu trabalho com você a menos de um ano! — esbravejo. — Eu sei que tenho sorte em trabalhar para um família que respeita os funcionários, mas a forma como você me trata me deixa confusa.
