E eu acabei de deixar essas pequenas coisas
Saírem da minha boca
Porque é você
Oh, é você
É você
É para você
E eu estou apaixonado por você
E todas essas pequenas coisasLittle Things – One Direction
Elizabeth Voughn – 14 anos – alguns dias depois
Tomei um susto quando o sem noção do meu melhor amigo pulou na minha sacada, vestido de smoking.
— Pensei que não gostava de bailes. — Pelo menos, foi o que ele disse quando se negou a ir comigo ao de boas-vindas daquele ano.
Seria meu primeiro baile no ensino médio e, obviamente, eu não tinha um par.
Esperanças. O problema das pessoas era ter esperanças.
— Mas você gosta. — Ele se deitou na minha cama, ao meu lado, e seu perfume entrou pelas minhas narinas, me causando arrepios.
O perfume era melhor do que o cheiro do cigarro, sem dúvida nenhuma.
— Gostei do perfume. — Meus olhos voltaram para o livro que eu tinha sobre minhas coxas.
— Vou gostar do seu, quando você passá-lo também. — Tentou fazer uma piadinha.
Mas aquele era um dia no qual eu não conseguia sorrir, nem para ele, nem para ninguém.
— Não vou ao baile, Noah. — Pelo menos, não depois de ter sido rejeitada por você e por mais dois meninos que eu havia convidado.
Humilhante.
— Vai, sim — resmungou.
— Não vou.
— Vai. — Ele se levantou e foi até meu armário. — Cadê o vestido que você escolheu?
Encolhi os ombros.
Minha mãe o devolveu depois de gritar comigo por uma hora, dizendo que havia me avisado que eu não devia ter alugado um vestido quando não havia nenhum garoto para me levar até o baile.
Eu tinha certeza de que Noah me levaria, mas, aparentemente, estava enganada. Ou não, já que ele estava ali no meu quarto, enchendo meu saco, naquele momento.
— Liz, cadê o vestido? — Sua voz era mais calma agora.
Não respondi.
Não queria expor a verdade cruel e humilhante.
— Sua mãe devolveu? — Noah chegou mais perto de mim e me puxou pelo queixo. — Ei, por que está me ignorando?
Meu lábio tremeu.
Eu ia chorar.
Como sempre.
Noah me puxou para um abraço — que, desde o meu aniversário, havia se tornado algo comum. Sua mão passou pelos meus cabelos, enquanto eu me debulhava em lágrimas. Eu queria tanto ir àquele baile. Seria perfeito.
A verdade era que eu não sabia quando aprenderia que nada seria perfeito; tudo sempre seria uma catástrofe.
— Ano que vem, nós iremos. — Noah sussurrou.
— Nem fodendo que eu me prestarei a esse papel novamente. — Empurrei seu corpo, para que se afastasse de mim.
Por um breve momento, senti seu corpo duro contra os meus dedos e me senti ainda mais patética.
A minha insegurança era patética.
Aquela paixão adolescente, mais ainda.
Eu era patética.
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ENVENENADOS
RomanceUm dia, li que não devemos quebrar três coisas em nossas vidas: confiança, promessas e um coração. Eu fui capaz de quebrar as três. Perdão não é algo que se dá a qualquer um. Segundas chances são para aqueles que merecem tal benção. Hoje, me pergu...