30° / Sinos da igreja / JeffBarcode

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A noite já havia tomado conta do céu, a lua brilhava alta em meio as estrelas, sua luz amarelada atravessava a janela da biblioteca, iluminando o rosto adormecido sobre os livros - Code... Code acorda - o outro estudante sacudia levemente o garoto tentando acordá-lo - Ei code vá pra casa, a escola já vai fechar, o tempo está estranho lá fora então não demora - o garoto apenas junta suas coisa e some pela porta do lugar, o estudante adormecido resmunga sem querer acordar, mas á sentindo o rosto dormente por causa da posição escolhida para o cochilo. Bocejando, ele se espreguiça, ao olhar em volta, se vê completamente sozinho no ambiente, a grande lua cheia podia ser vista pela janela de vidro sujo, a intensidade de seu brilho por algum motivo desencadeou um arrepio em Barcode.

Enfim se levantando ele juntou seus pertences, empurrando a cadeira em direção a mesa, a deixando no devido lugar, seus pés se arrastavam em direção a porta e faltava aproximadamente uns quatro passos quando o estouro da janela lhe jogou no chão, se encolhendo ele cobre a cabeça com os braços para proteger o rosto. Duas sombras apareceram no meio da biblioteca, Barcode rapidamente se esconde atrás de uma das estantes de livros, encarando assustado os dois estranhos que surgiram do nada.

- Droga Jeff, meu terno é novo - o estranho "um" resmunga enquanto arruma o terno vermelho e o cabelo levemente bagunçado - Que tipo de maluco usa terno em uma briga Ta !? - o "segundo" estranho estava de costa pro pequeno estudante, mas a aura sombria que cercava aquele cara arrepiou a espinha de Barcode - O negócio é o seguinte filho de Satur. Essa encenação toda é pros coroas, não tenho interesse em sujar meu precioso Armani com seu sangue de vira lata - enquanto fala, o de terno vermelho desviava dos ataques do outro - Então por que não deixamos isso pra próxima encarnação? - o cara de terno sorria ladino, enquanto evitada os golpes - Em todos os meus 400 anos, você é o filho de Nannakun que mais me dá trabalho, apenas faça sua parte. Assim conta a historia - Code ainda não conseguia ver o rosto do outro homem, mas seus ombros eram largos, o cabelo estava preso em um coque mas alguns teimosos fio escapavam caindo e emoldurando seu rosto, a camisa era justa no corpo, deixando bem claro que os exercício estavam em dia, o menor se sentia quase hipnotizado por aquela silhueta, tanto que não percebeu que o bracelete que usava na mão esquerda e que estava apoiado no chão refletia o brilho da lua, chamando a atenção do homem de vermelho.

Ta rapidamente desviou seus olhos do filho de lua, se concentrado no pequeno humano escondido ali, um breve e largo sorriso surgiu em seus lábios antes que tudo acontecesse muito rápido - Olá doce criança - sua frase estratégica alcança seu objetivo, ao distrair atenção de Jeff de si mesmo, ele se aproxima e crava as presas em seus pescoço - Seu filho da - mas a frase não poderia ser terminada, o veneno injetado em suas veias já começava a aquecer o corpo do lobo

- Não seja assim velho amigo, somos muito novos pra nós preocuparmos com picuinhas do passado, apenas aproveite o presente que lhe dou - a língua do vampiro saboreia o resquícios de sangue que escorrem ali - Mas sabe meu lema não é... a noite sempre é melhor com companhia - sorrindo com as presas amostra ele avança rapidamente em direção ao garoto, que nem teve tempo de reagir quando aqueles olhos vermelhos se fixaram contra os seus acastanhados. Barcode estava assustado? Claro que estava, mas não podia negar a aura provocativa daquele ser, como se estivesse hipnotizado ele apenas seguia o homem, que toma sua mão e lhe puxa pra cima juntando seus corpos - Ohh Jeff você realmente tem sorte de eu já ter compromisso pra hoje, ele é uma verdadeira tentação - os dedos do vampiro tocam a grande veia em seu pescoço - Ah cara, acho que vou gostar mais disso do que imaginei - é mesmo com o grito de pare do outro, nada mudou, as presas se cravam na jugular de Barcode, o cheiro doce de seu sangue se espalhava pela biblioteca, enquanto um gemido engasgado foge de seus lábios, seu corpo parecia se incendiar. O homem se afasta lambendo os lábios sem desperdiçar uma única gota do líquido escarlate - Não precisa me agradecer pequeno, apenas aproveite. Vai por mim, ele sabe o que faz - piscando pro menor que agora caia ofegante no chão, Ta arruma novamente o terno pronto para se despedir - Nós vemos em uma próxima lobinho, não esqueça a camisinha - e do nada como chegou aquele homem se foi. Code ofegava sentindo seu corpo inteiro tremer - Vo...Ce, sai... daqui - a voz rouca reverberou pelo lugar, arrancando um gemido do garoto - Porra, eu... eu preciso que você saia...daqui - o estranho que ficará, tinha suas frases picadas, sua respiração era rápida, suas mãos apertavam o tampo da mesa onde se apoiava tentando controlar os efeitos da mordida

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