Um Pouco Mais

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Capitulo II

Leonora pareceu encontrar acalento e conforto para sua mente doentia na face triste de seu filho. E assim distribuía o ódio materno dia após dia, punindo o aquele que era o fruto de um amor obviamente deturpado que julgava sentir por um homem que há tempos a abandonara.

Seria uma repetição densa e tempestuosa, uma narrativa da vida naquela casa em que vivia o menino dos olhos vazios. Bastaria dizer que Simon Lake nunca conheceu o amor. Nem de mãe, nem de ninguém.

Mas algo de muito errado parece acontecer, até mesmo para o lúgubre contexto no qual estavam inseridos o garoto e sua mãe.

Aos doze anos de idade, o menino começara desenvolver traços masculinos atraentes, pelo menos aos olhos de sua mãe. Simon ostentava em aparência e trejeitos, o próprio pai ausente que nunca conheceu. Segue-se então um período de relativa calmaria na vida de Simon que notava claramente repentina mudança no trato que recebia de sua mãe.

A despeito de súbita ausência das ásperas atitudes de Leonora, ele sabia que havia algo estranho estava se passando nos pensamentos daquela mulher. De fato ponderava que sua progenitora não dispunha de sanidade em suas faculdades mentais.

...

Naquela noite, logo após deitar-se, Leonora sentiu seu corpo cobrar as necessidades fisiológicas de sua solidão. Nada incomum para uma mulher que vivia há muito sem relações íntimas e amorosas. Mas sua libido fora aflorada por ímpetos de pútridos desejos que brotavam em seu âmago, sórdidos e incontroláveis.

Com sua mão entre as pernas, sentiu o prazer escorrer em demasia. Sentiu o cheiro das secreções embriagando o quarto solitário; e deu-se conta do quanto não dava atenção ao asseio corporal. Não tinha cuidados femininos; não depilava-se. Sentiu nojo de si mesma e antes de permitir-se o clímax do seu próprio toque, rumou ao banheiro. Banhava-se na tentativa de abstrair o desejo carnal que nem mesmo ela, com sua mente insana, admitia sentir.

Após lavar-se por horas, voltou para o leito. Os pensamentos que antes motivaram seus momentos libertinos voltavam mais intensos sempre que fechava os olhos. O calor tornava a enrijecer seu sexo e novamente o cheiro exalava da secreção viscosa que denunciava a súplica de seu corpo por um toque que expelisse o calor que teimava em arder naquela madrugada.

Num ímpeto saiu da cama, despiu-se da peça íntima molhada de fluidos femininos. Vestiu um roupão e saiu de seu quarto. Ela sabia o que queria. E faria o que queria.

Em silêncio dirigiu-se ao quarto de Simon. Abriu a porta e vislumbrou o filho deitado sob a luminosidade de um abajur ao lado da cama.

Recostou-se na parede próxima à porta e começou a permitir sua insana vontade, tocando-se fervorosamente. Mas ela ansiava mais que seu próprio toque. Ela queria sentir a pele do garoto.

Logo, acordou Simon com uma calmaria e mansidão, acariciando o filho como nunca havia feito.

- Simon, acorde e fique em silêncio. A mamãe tem um presente para você. – disse Leonora com voz doce.

O garoto, sem saber ao certo como reagir, assentiu com a cabeça.

Leonora continuou com sua voz macia: – vou fazer um carinho em você meu querido.

E como amante carinhosa, começou a tocar o membro do seu filho, que naturalmente enrijecia como resposta de seu corpo.

Após sua boca sugar com ardor o sexo de Simon, lançou um olhar para o menino e pediu o que sua mente projetou antes em seu quarto: - Agora você tem que fazer carinho na mamãe. E ainda deitado Simon faz que "sim" com a cabeça e pergunta: - o que faço para a senhora?

Os Olhos de Simon LakeOnde histórias criam vida. Descubra agora