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No dia seguinte, Maya fez seu trajeto até a escola, concentrada na música que tocava em seus fones. A garota havia aprovado a musica. Ela adorava o jeito que eles brincavam com as palavras, e como em 4 minutos, haviam repetido apenas 2 frases.

Se tratava de uma música estrangeira, chamada "Eduardo e Mônica".

Maya não acreditava muito no amor, mas gostava de ver o jeito em que as pessoas tentavam reproduzir isso. Talvez, fosse por isso que a música prendeu sua atenção.

        — Ei! Me espere! — A voz soou como um sussurro para Maya, que só percebeu que a voz se dirigia a ela quando sentiu uma mão em seu ombro direito.

Era o garoto da escada.

        — O que achou da música? — Ele questionou eufórico, como se aquilo fosse a coisa mais importante de sua vida.

        — Ah, tem uma linda melodia. — Ela deu um sorriso fraco. — É uma boa canção.

Ele sorriu, deixando seus dentes a amostra. Maya sorriu um pouco mais forte.

        — Escuta.... Hoje eu vou ficar de novo pra arrumar algumas coisas pro concerto. Se quiser ficar, eu adoraria ter uma companhia!

Maya parou seus passos, e olhou para o garoto, que parecia ansiar muito pela resposta.

Ela pensou por alguns segundos, e o garoto pensou ter perdido sua companhia da tarde. Ela olhou novamente para ele, e suspirou.

        — Bom, eu posso ficar. Mas.... Podemos fazer um acordo?

        — Claro! O que deseja, Milady?

        — Quero que me ensine a tocar aquela música de ontem no violão, se não for muito incomodo.....

        — Bom, pra mim, seria um prazer! — Ele sorriu, e ela forçou um sorriso também — Te espero no auditório, Adeus!

Ele disse, em um tom engraçado. Maya soltou uma risada, e correu até sua respectiva sala para não ficar da detenção mais um dia.

☁︎

Mais uma vez, o sinal tocou e Maya não correu até a saída como de costume. Se levantou lentamente, e foi até o corredor.

        — Maya! Esqueci de te perguntar, como foi ontem na detenção? — Caleb disse, chamando sua atenção.

        — Não posso dizer que foi bom, mas não foi tão horroroso como de costume. Razoável, eu diria.

        — Ótimo! Eu, Noah e Sadie íamos passar a tarde jogando street fighter, como sempre. O que acha?

        — Ah, eu não te contei? — Ele arqueou suas sombracelhas e negou, confuso. — Jura que não te conte? Cara, eu vou fazer aulas de violão!

        — Está bem, essa me surpreendeu!

        — É, estou tentando coisas novas. Tentando uma adaptação, sabe?

        — Entendo. Espero que dê tudo certo. Se precisar de mim, me liga!

Ele sorriu, e depositou um beijo molhado e cheio de confiança na testa de Maya, que sorriu em resposta ao mais alto.

Caleb se virou e andou até a saída, assim saindo do campo de vista da garota.

4 Morant, Finn wolfhard.Onde histórias criam vida. Descubra agora