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Se você tivesse a chance de escolher ser outra pessoa na vida, quem você escolheria?

Uma celebridade? A maioria responderia isso.

Maya se questionava isso as vezes, mas nunca tinha a resposta certa para aquela pergunta. Mas de uma coisa, ela sabia; Já não sendo ela, ela ficaria feliz.

Está bem, não é como se Maya se odiasse amargamente, e em todos os sentidos. Apenas achava que progredir (que era o mais cobrado dela) não era uma qualidade sua.

Essa era a parte mais chata. Progredir

        — Finn wolfhard, é? — Noah questionou, sem tirar seus olhos claros da grande televisão do porão de Caleb. Se concentrava tanto, que mal podia piscar.

        — É, ele é um cara agradável. E toca instrumentos muito bem também. Está me ensinado a tocar violão faz uns dias. — Ela se sentou em qualquer coisa que estivesse ali no chão.

       — Ouvi dizer que ele já foi preso. — A ruiva falou, também sem tirar os olhos da tv. Maya a encarou, achando que Sadie havia cometido um erro.

        — Ouvi essa história também. Se eu não me engano, ele foi expulso da Nilton por causa disso. — Agora foi o momento de Caleb se pronunciar, tão concentrado no jogo, que sua respiração estava desregulada comparada com a dos demais.

Ela coçou sua nuca, confusa. Será mesmo, que eles estavam falando da mesma pessoa?

        — O Finn? Não conheço ele a tanto tempo, mas não me parece o tipo de coisa que ele faria.

        — Vai saber.... Como é o nome daquele cara, que tinha um bigodinho de mosca mesmo? — Noah questionou, e Maya achou ter visto ele virar seus olhos para ela, mas foi apenas uma miragem. Eles continuavam fixo sob a tv.

        — Charlie Chaplin? — Caleb Sugeriu, com seus dedos nervosos sob o controle de video game.

        — Não! — Ele falou, frustrado.

        — Hitler? — Sadie disse, e Noah finalmente pareceu piscar seus olhos claros e ressecados.

        — Isso, Hitler! Não diziam que ele gostava de tirar foto com crianças pra parecer fofo, mas na verdade o cara era o maior piscopata que todo mundo já ouviu falar?

        — Não acredito que querem comparar Finn com o psicótico do hitter!

Maya rebateu, revirando seus olhos e lambendo seus lábios que estavam ressecados. Ela não queria admitir, mas estava um pouco nervosa, e estava com medo da possibilidade daquilo ser verdade.

        — Bom, é apenas um relato real. — O de olhos verdes disse, e Caleb gritou por ter sido ultrapassado por sadie.

        — Por um acaso você estava na segunda guerra Mundial? — Ela rebateu, e ele mostrou sua língua para ela, sem tirar os olhos da tv, é claro. — Se isso realmente aconteceu, por que não fiquei sabendo? Por que nunca ouvi falar nele?

        — Porque você ainda morava em atlanta quando isso aconteceu. Você se mudou uns... 5 meses depois! Depois dessa história, Finn começou a ser apagado da mente das pessoas, começou a se distanciar dos eventos que ele costumava ir. Ele passou uma borracha em toda a história dele.

Ela se sentou novamente, e começou a roer suas unhas. Maya realmente estava criando laços com um criminoso?

Droga, as vozes trabalhariam a todo vapor para atormentar e infernizar os pensamentos de Maya mais tarde.

4 Morant, Finn wolfhard.Onde histórias criam vida. Descubra agora