4

527 68 2
                                    

KELLAN

Candace apareceu saltitante com os garçons ao seu lado carregando um imenso bolo com velas. As pessoas na área VIP começaram a bater palmas e cantar parabéns para o meu pai. O jantar foi algo íntimo, mas a festa na 1OAK foi aberta para nossos amigos, conhecidos e funcionários da Blackburn. Meu pai era alguém realmente amado e apreciado por muitas pessoas, dentre essas pessoas muitas mulheres que passaram por sua cama, mas agora eu percebia muito bem que o coroa não tinha mais olhos para outras mulheres. Candace era a sua preferida e eu tinha a leve impressão que ela seria a Senhora Black logo, logo! As pessoas gritavam, pulavam e assobiavam enquanto as velas aos poucos se apagavam. Candace foi inteligente, sem velas com a informação da idade do coroa, mas ele não tinha problema nenhum em dizer que estava com 57 anos.

— Quero fazer um brinde! — Candace gritou ao pegar a taça com champanhe e estender no ar. — Primeiro eu quero agradecer ao Stefan, Kellan e Gustaf por me aceitarem na vida de vocês.

Eu sorri estendendo a taça no ar para ela. Assim com o Stefan e o Gustaf e eu estava feliz pelo momento, mas minha felicidade fugiu por baixo da mesa no instante em que meus olhos captaram a Elis conversando com um cara qualquer. Ela deveria prestar atenção no discurso e não flertar com um imbecil insignificante que com certeza só queria entrar nas calças dela e ir embora pela manhã.

Exatamente como você fez!

Minha mente me acusou e foi como um soco na boca do estômago, sim, eu fui um idiota quando a deixei, mas meus motivos envolviam a minha família e eu nunca magoaria a minha família.

Não prestei atenção no discurso, mas quando percebi as pessoas já brindavam e o homem com quem Elis flertava falou algo em seu ouvido que a fez morder os lábios. Não, definitivamente, aquela não era a Elis que eu conhecia! De maneira nenhuma a minha Elis flertaria com um desconhecido e pareceria tão desesperada.

Acontece que ela não é sua, você fez questão de deixar isso bem claro.

E lá estava a minha mente me acusando de novo e estava certa! Eu tive a oportunidade de tornar Elis minha namorada, completamente minha, mas fiz uma escolha e precisaria viver com as consequências dela, mas enquanto ela estivesse na minha frente homem nenhum a tocaria. Virei o champanhe de uma vez na boca, coloquei a taça sobre o balcão e caminhei até o babaca que flertava com a Elis com a mão na cintura dela, realmente apertando.

— Preciso falar com você — eu me debrucei sobre o ombro dela para sussurrar em seu ouvido e o homem me olhou de cara feia. — O que foi? — Eu o encarei e devagar entrelacei os meus dedos nos da Elis.

— Ela está comigo.

O homem me enfrentou e aquilo me fez sorrir.

— Nunca esteve! — Eu o corrigi e arrumei meus ombros para parecer maior do que eu já era. — Elis, por favor, você pode me acompanhar? — Apertei os seus dedos nos meus e esperei, demorou, mas ela retribuiu o gesto e um alívio tomou o meu corpo.

— Anota o meu telefone — ela falou para o desconhecido e ele sorriu vitorioso e juro que a minha vontade era de arrancar aquele sorriso presunçoso dele.

Ignorei o fato de que Elis, realmente, deu o seu número aquele babaca e quando finalmente ela falou o último número eu a puxei para longe, com os nossos dedos entrelaçados eu a conduzi pela área VIP e em seguida descemos as escadas que nos levava para a pista de dança. Ela agarrou a minha jaqueta, puxando-me. Eu me virei e nossos corpos se chocaram, as minhas mãos na sua cintura fina, podia sentir seus músculos contraírem sob o meu toque. Ela era baixinha, muito baixa para o meu tamanho e mesmo de salto ela ainda permanecia baixinha e era uma sensação tão reconfortante tê-la em meus braços.

DIGA QUE ÉS MINHA | LIVRO 2 - TRILOGIA IRMÃO BLACKOnde histórias criam vida. Descubra agora