10

40 7 4
                                    

- Erron, eu preciso voltar ao palácio, meu pai precisa de mim! - Eileen agarrou no braço de Erron enquanto implorava.

- Não permitirei, princesa.

Ela soltou o braço dele abruptamente em protesto.

- Por que está fazendo isso? - Ela esbravejou.

- Porque estou sendo pago para tal.

- Então é tudo sobre dinheiro?

- É sempre sobre dinheiro.

Ele se sentou na poltrona azul e começou a tirar suas botas.

- Você dormirá onde? - Eileen perguntou.

O quarto possuía somente uma escrivaninha, uma cama de casal e uma poltrona. Sem janelas.

- Dormirei na poltrona. E nem pense em tentar fugir. Não vai querer ser pega sozinha por aí pelos homens que bebem na entrada da taverna.

Eileen torceu o nariz.

Erron tirou sua jaqueta e sua camisa. Quando Eileen notou, ela deu um passo para trás, assustada.

- Ei, o que pensa que está fazendo?

Erron a encarou.

- Minhas roupas não estão totalmente secas, vou tirá-las e estendê-las.

Ela cobriu os olhos e Erron riu com sua reação.

- O que foi? Nunca viu um homem sem camisa? O que seu noivo faz com você?

Ela suspirou.

- Nada. Não fazemos nada. É a primeira vez que me encontro nessa situação.

Erron franziu o cenho, intrigado.

- Vocês têm uns costumes muito estranhos por aqui. Mas não se preocupe, eu entendo. Colocarei a roupa novamente.

Erron virou-se de costas para não expor mais o seu corpo para Eileen, e enquanto desvirava sua camisa para vesti-la novamente, sentiu mãos quentes correrem por seu peito. Quando se deu conta, sentiu os lábios de Eileen tocarem os músculos de suas costas. Erron suspirou.

- Princesa, o que pensa que está...

- Não disse que faz tudo por dinheiro? Acrescente mais mil trincas ao seu pagamento. O que acha?

- Você tem um noivo, princesa.

- Que vai gostar de uma esposa que saiba alguns truques. O que me diz? Mil trincas a mais e me faça mulher hoje.

Aquilo deixou Erron congelado e totalmente sem reação. Há um segundo ela estava fechando os olhos e repudiado vê-lo sem camisa, e agora estava propondo pagar para que ele a tornasse mulher. Claro, não era função de Erron tentar decifrar aquela garota, a função dele era fazer dinheiro, e era isso que ele queria. Também não era louco de recusar um pedido como aquele, mesmo que de graça, mas ouvir ela sussurrar aquele valor alto em seu ouvido fez seu corpo se incendiar.

BLACKOnde histórias criam vida. Descubra agora