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Quando adentrou no grande salão, seguido pelo guarda, notou o rei observando pela janela com os ombros visivelmente tensos. Era um homem de meia idade, baixo e roliço, com cabelos ralos e brancos contornando a bela coroa.

- Deixe-nos sozinhos.

O guarda fez uma reverência e se retirou.

Erron tirou o chapéu e o segurou em frente ao peito.

- Senhor Erron, ouvi falar muito do senhor. Sei que tem grandes habilidades e muita experiência com os mais variados tipos de criaturas.

- Sim.

- É um pistoleiro, certo?

Erron assentiu. O rei se aproximou mais e seu rosto transbordava preocupação.

- Atualmente está trabalhando com o Dragão Negro? Preciso ter certeza de que...

- Não estou. - Erron o interrompeu. - Atualmente trabalho sozinho.

O rei suspirou.

- Ouça, senhor Erron, tenho muito medo de negociar com mercenários, pois nunca sei quando estarão do meu lado, mas não vejo outra saída, somente alguém com suas habilidades e sangue frio poderia fazer o serviço.

- Majestade, se pretende que eu fique ao seu lado, basta que me pague bem.

O rei assentiu.

- E de quanto estamos falando?

Erron sorriu maliciosamente.

- Cinco mil trincas.

O rei arregalou os olhos. Era uma quantia muito alta, quase um terço de sua fortuna.

- É um valor muito alto...

- Quanto vale sua filha? - Erron o interrompeu novamente.

O rei ficou em silêncio antes de sussurrar:

- Estou de acordo.

O rei tocou um sino que estava sobre um móvel e o guarda entrou no salão.

- Traga Eileen.

- Sim, Majestade.

O guarda se retirou e Erron sorriu com deleite pensando na grande quantia que ganharia por um trabalho tão simples.

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