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Eu, rei Gherold, do reino de Calaandra, atesto, mediante meus últimos momentos de vida, sob a lei que defende o cumprimento de meu último desejo, que Eileen, princesa de Calaandra, minha filha e herdeira direta, assuma o trono de Calaandra e assuma seu total controle sem a necessidade de casar-se contra sua vontade.


Erron imediatamente reconheceu a caligrafia do rei. No fim da página, o polegar do rei estava marcado em um selo de cera vermelho. Ele olhou para Eileen e ela estava sorrindo.

- Sabe depois de um jantar com muito vinho, em que muitas mulheres sentaram em seu pai e ele está radiante e bêbado, e aí vai até seu quarto te dar boa noite e você começa a fazer brincadeiras e perguntas de criança? Ai, Erron, meu pai era muito ingênuo! Começamos a falar sobre heranças e foi quando ele me explicou sobre a lei que garante um último desejo aos reis, não importa o que seja. Em toda a história de Calaandra, os reis que tiveram a oportunidade de usar esse direito pediram mulheres nuas e bebidas, nunca fariam nada que beneficiasse suas filhas mulheres, e pensando bem, nem meu pai faria isso por mim, por isso não me dói que ele morra. Ele fez um rascunho de como seria essa cartinha e em seguida, pediu que eu a jogasse fora. Obviamente, eu a guardei muito bem, apesar das pequenas manchas causadas pelo tempo.

Ela pegou a carta das mãos de Erron e guardou de volta em seu cinto.

- O que temos que fazer agora é voltar para Calaandra e terminar o serviço no qual falhei. Após isso, assumirei o trono e poderemos transar em uma banheira de sangue e moedas de ouro.

Erron sorriu enquanto apertava a pistola presa à sua cintura.

- Essa recompensa é irrecusável, princesa.

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