𝙋𝙡𝙚𝙖𝙨𝙚, 𝙙𝙤 𝙣𝙤𝙩 𝙜𝙤

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Sn
Nós saímos do quarto e eu olho para ele esperando ele dizer algo

-a sua mãe não está melhorando, na verdade ela está pior cada dia que passa não tem mais oque possamos fazer, os remédios não a fazem melhorar mais, só retarda o câncer

-quanto tempo?

-de 4 a 5 meses - eu sinto um nó na minha garganta

-tem algo mais? - ele nega - ok - eu saio dali e vou em direção ao banheiro entro numa cabine e fecho a porta, minha respiração fica eufórica e lágrimas começam a escorrer pelos meus olhos, mesmo eu tentando me segurar

Eu fico por alguns minutos ali, eu saio da cabine jogo água no rosto e seco com a minha blusa, olho para o espelho e respiro fundo

Eu resolvo sair do hospital, vou até uma cafeteria que tinha ali perto e compro algo para a Max comer

Assim que eu entro no quarto e vejo as duas conversando e rindo

-do que estão falando

-do quanto você era chata comigo

-sn você tratava ela muito mal - ela diz me chamando a atenção

-eu já pedi desculpa por isso mãe, não precisa brigar comigo só porque agora ela é sua queridinha - as duas riem

-isso é justo já que você é queridinha do meu pai

-e bom eu não trato mais ela mal e olha, eu trouxe pra você comer - eu digo lhe entregando um capuccino e uma caixinha - eu não sabia se compra cookie, muffin ou donut então eu comprei dois de cada - eu digo abrindo a caixa e olhando para as comidas lá dentro, quando levanto meu olhar para a garota ela está olhando pra mim com um leve sorriso

-obrigada - ela me dá um beijo na bochecha e eu acabo sorrindo

-come - ela se senta e começa comer, eu me aproximo da minha mãe e seguro sua mão

-eu sei filha - ela diz baixo - tá tudo bem ok - eu suspiro e aceno segurando meu choro

-eu vou ficar aqui essa noite está bem

-ok, mas antes você vai deixar ela em casa

-eu sei mamãe relaxa - eu ouço a porta ser aberta

-está na hora do seu banho Sra Hopper, olá Sn - ela diz de forma gentil

-olá - eu digo me afastando da minha mãe e me sento junto da Max - quando você quiser ir pra casa me fala que eu te levo

-você não quer ir pra minha casa comigo não? ai nós podíamos assistir algum filme - ela diz entrelaçando nossos dedos

-na verdade - eu digo olhando as nossas mãos - eu vou passar essa noite aqui - eu digo acariciando sua mão

-eu posso ficar aqui com você?

-dormir aqui não é muito legal não Max, não acho que alguém que durma numa cama como a sua conseguiria dormir aqui

-para com isso e não tem problema, por favor deixa - ela diz de forma fofa, eu odeio quando ela faz isso porque não consigo dizer não

-tá bom, mas eu vou em casa tomar banho e trocar de roupa, se você se importar de usar minhas roupas podemos ir na sua casa buscar roupas pra você

-não me importo

-então vamos, se quiser eu posso fazer cookies pra você

-sim sim eu quero - eu dou risada pela animação

...

Eu sinto braços em volta da da minha cintura enquanto eu enrolava a massa

-quer alguma coisa senhorita? - eu pergunto

-não, só que esses cookies fiquem prontos logo

-logo logo eles estão prontos, para de ansiedade ruivinha - eu digo pegando a forma e colocando no forno - eu vou tomar banho enquanto assa - eu ia saindo mas a garota segura minha mão, me puxa para perto e coloca a outra mão na minha cintura

-você não me deu nenhum beijo hoje - eu suspiro junto a um sorriso e a beijo

-agora eu vou tomar banho - eu digo indo em direção ao banheiro

...

Nós assistimos alguns filmes, agora a Max estava deitada no meu ombro e eu vejo que ela estava dormindo, tiro o notebook do meu colo, me levanto com cuidado para não acorda-la, a deito no pequeno sofá, a cubro e deixo um beijo em sua testa

-boa noite ruivinha - eu digo baixo e me sento na poltrona ao lado do sofá, olho minha mãe e sinto lágrimas escorrerem pelo meu rosto

Eu não quero que você vá mamãe, eu preciso de você, preciso de você comigo

-por favor não vá

Maxine Mayfield - Maybe Onde histórias criam vida. Descubra agora