Narradora
Sn queria chegar o mais rápido possível até a delegacia, definitivamente seu maior desafio hoje seria pedalar 10 quilômetros até a delegacia, ainda assim mesmo sem se despedir da sua ruivinha favorita ela vaiTalvez a adrenalina do seu corpo tenha ajudado muito mais do que ela imaginava, pois ela só sente os efeitos de 10 quilômetros quando pisa no chão e sente suas pernas extremamente fracas
Após alguns segundos recuperando seu fôlego a garota adentra a delegacia extremamente eufórica
-PAI! - a atleta chamava a atenção de todos no local, que apesar de não terem muito contato sabe que aquela animação não era algo normal vindo da menina
-você não pode entrar em uma delegacia assim - de todos os oficiais esse definitivamente era oque Sn menos gostava
-cadê o meu pai? - ela se joga em uma das cadeiras que haviam perto da parede, enquanto ainda tentava retomar seu fôlego
-houve um chamado e enquanto isso... eu estou no comando - o homem diz se vangloriando e sn nota que odeia ainda mais aquele bigode, ela sempre achou que isso ficava ótimo em seu pai, mas sempre odiou no oficial Callahan
-você não virou delegado só porque meu pai te disse para vigiar a delegacia por 20 minutos
-fazem 30 e você-
-Sn oque está fazendo aqui? - junto a ele havia outro oficial um homem algemado, o delegado olha o estado de sua filha, consideravelmente suada com as bochechas extremamente vermelhas pelo esforço
-eu precisava falar com você - toda aquela animação retorna ao seu corpo - me ofereceram uma bolsa de estudos integral - o homem arregala seus olhos e se aproxima da filha - em Princeton!
Antes de sua mãe adoecer uns dos maiores sonhos da garota era estudar em Princeton, talvez um pouco influenciada por "Um maluco no Pedaço", mas desde os seus 6 anos de idade ela sempre dizia que iria estudar na Universidade de Princeton, até sua mãe adoecer
Quando Diane adoeceu Sn resolveu que estudaria na universidade mais próxima que conseguisse, mas depois se deu conta que seria bom sair de Los Angeles e que sua mãe gostaria que fosse para a universidade que tanto sonhou
O homem se encheu de mais orgulho do que já sentia de sua filha, também sabendo o quanto sua esposa gostaria disso, sn se aproxima de seu pai e o abraça como a muito tempo não faziam
As últimas semanas tem sido resumidas a discussões, então digamos que sn não seja em seu momento mais próxima de seu pai, mas com certeza ele seria a primeira pessoa a saber disso
...
No dia seguinte sn faltou a aula e talvez uma certa ruivinha tenha sentido bastante sua falta
Marrentinha💕
oi sn
está tudo bem?
por que não foi a aula hoje?não dormi direito
e meu pai me deixou ficar em casa
aconteceu algo importante?não
eu só me preocupei
não te vi depois daquele homem falar com vocême desculpa
eu precisava falar com o meu pai
então precisei ir emboravai para a aula amanhã?
sim
para o treino tambémestá bem
Horas antes...
Apesar de não vir a este lugar desde o dia em que seu coração terminou de se despedaçar, Sn sabia exatamente onde ir, mesmo que este lugar seja imenso
Assim que vê oque procurava, sente seu peito apertar e um nó se formar em sua garganta
-oi mamãe - a garota se senta em frente a lápide- me desculpa por não ter vindo aqui antes - uma lágrima escorre pela sua bochecha - eu não consegui... - ela deixa as flores que trouxe entre a lápide e si mesma - mas agora eu não podia deixar de falar sobre isso pra você- ela olhava as medalhas em sua mão - eu ganhei isso ontem - ela se refere a 3 das 4 medalhas ali
A garota suspira fundo e não consegue mais segurar, seu peito dói, dói como no dia em que não ouviu mais aquele bip, a noite que te assombrava a semanas e lágrimas escorriam desesperadamente
-eu queria que estivesse lá... eu sinto tanto a sua falta - ela olha para a outra medalha na sua mão - eu disse que essa eu só guardaria se estivesse comigo - com as próprias mãos ela cava um pequeno buraco em frente a lápide e enterra a medalha dourada - isso não aconteceu
Por alguns minutos Sn não conseguia dizer nada, ela só chora, chora e chora, com muitos soluços e sentindo seu peito doer
-e ontem - ela respira fundo e limpa seu rosto - eu consegui uma bolsa integral em Princeton... - droga de lágrimas - você ficaria orgulhosa mamãe, falamos disso desde que eu tinha 6 anos... e eu consegui, eu vou para Nova Jersey... igual você queria
...
Na manhã seguinte Sn estava de volta a escola, e quando ela fecha a porta de seu armário lá estava a ruivinha convencida e que ama falar
-eu tenho uma coisa pra te contar
-por Deus Mayfield - diz com a mão no peito pelo susto e a ruiva faz um biquinho fingido
-prefiro quando você me chama de ruivinha
-oque você quer dizer Max?
-o olheiro de Stanford falou comigo - agora a garota presta mais atenção no que a ruiva diz - me ofereceram uma bolsa de estudos
-que incrível ruivinha - a garota abraça mas que recebe de bom grado - eu sabia que você ia conseguir
-obrigada, mas é aquele homem?
-ele era um olheiro também - ela não pretendia contar sobre Princeton
-e então?
-uma bolsa na UCLA, mas eu não sei se vou aceitar
-por que não? - a ruiva não entendia nada daquilo
-é complicado - o sinal toca e sn com certeza agradece por isso - nos vemos depois - e sai antes mesmo que Max pudesse responder