Cap.13

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Anastácia levando-se lentamente. Por um instante, sentiu-se totalmente desorientada. Cristian estava com o braço jogado sobre seu corpo. Então ela lembrou-se de tudo o que ele dissera e fizera. Centímetro por centímetro ela começou a afastar-se dele. Soltou um suspiro silencioso quando colocou os pés no chão. Foi até a janela na ponta dos pés. Estava nevando,havia montes e mais montes de neve. Parecia que iria ficar presa com ele ali. Ela suspirou, pegou uma muda de roupa e saiu do quarto sem fazer barulho. Dentro da banheira,ela começou a se ensaboar da cabeça aos pés para não deixar vestígios dele para trás. Seca e vestida,ela penteou o cabelo e fez uma trança. Mais cedo ou mais tarde Cristian se levantaria e ela precisaria de toda a coragem que possuía para conseguir encara-lo,para conseguir fingir novamente que não se importava com o que ele fizera. Que nada importava. Mas por quanto tempo conseguiria suportar? Na noite anterior,tinha precisado de toda a força de vontade para ignorar seus instintos femininos e manter a postura impassível.

No andar de baixo, Anastácia descobriu que havia trabalho de casa a ser feito. Ela limpou e acendeu a lareira, tirou o pó da sala. Ela olhou o relógio, já era quase meio-dia. Faria frango para o almoço ou faria um café com torradas, queijos e geleias?
Estava enchendo a chaleira e pegando às xícaras quando ouviu um barulho na porta da frente.

Ela abriu e viu Paul.

- Olá. Vim para saber se está tudo bem ( ele cumprimentou-a com um largo sorriso)

- Você caminhou até aqui com toda essa neve? Incrivelmente gentil da sua parte.( Ela retribuiu o sorriso)

- Oh, não está tão ruim assim. Você sabia que alguém deixou um carro aqui?

- Eu trouxe do aeroporto ontem a noite.( A voz de Cristian veio por trás dela)

Anastácia não escutou o ruído da escada. A cara de Paul era cômica e ficou tensa quando Cristian colocou seu braço em volta dela,a mão descansando na cintura em um gesto de posse. Ele estava vestido apenas com o roupão.

- Buon giorno. Podemos ajudar você em alguma coisa?

Paul abriu a boca,tentou falar, não conseguiu e começou de novamente.

- Sin-sinto muito. Eu...eu não tive a intenção de me intrometer,mas achei que...que a Srta. Steele estivesse sozinha.

- Eram os planos originais dela. Mas resolvi fazer uma surpresa.

- Paul,este é meu marido,o Conde Cristian Grey. Cristian esse é Paul,a tia dele é quem cuida do chalé para os seus amigos. Ele estava preocupado comigo sozinha aqui.

- Escutei quando descia às escadas. Mas posso garantir que você está perfeitamente segura,mi amore. Você têm uma longa caminhada,amigo.(Cristian estava sorrindo)

- Ah,sim. Achei que fosse querer o jornal de domingo, Srta...er, Sra...

- Condessa(Cristian completou)

- E anunciaram no rádio que o tempo vai piorar. Achei que talvez devesse avisar.

Por um momento eles observaram a caminhada difícil de Paul,mas depois Cristian levou Anastácia para dentro do chalé.

- O quê foi isso? Porque não coloca logo um cartaz escrito " ELA É MINHA" no meu pescoço?(ela estava irritada)

- Não será necessário. Ele entendeu a mensagem. Sinto pela decepção,mas o exercício vai lhe fazer bem.

- Ele veio até aqui para ajudar. Você não acredita que alguém possa fazer isso por gentileza?

- Acho pouco provável. Um homem andar tanto,e com um tempo desses, apenas para ver uma garota bonita sem a esperança de uma recompensa? Nunca!

- Talvez você não devesse julgar outros homens baseado em seus padrões duvidosos,signore.

- Você acha que eu não posso ser gentil?

- Se quisesse ser gentil,teria ficado longe. Você quer comer algo?

Cristian gargalhou.

- Você é uma garota de contradições, cara. Não seria melhor me deixar morrer de fome?

- Sim. Mas ter de lidar com um cadáver não seria prático. Ovos com torradas,talvez. E,para mais tarde,pensei em assar um frango,se estiver tudo bem pra você.

- Está perfeito. Então teremos a tarde inteira disponível...como poderemos ocupá-la?

- Podia começar vestindo uma roupa?

- Talvez. Ou talvez pudesse convencer você a tirar às suas.

- Não! E isso não é uma brincadeira. E se você me força,fujo daqui. Que se dane a neve. Prefiro congelar a me sentir rebaixada dessa maneira.

- Me surpreende o fato de você achar rebaixante a idéia de se despir em frente a um homem, Anastácia. Lembro-me de uma época em que você parecia ansiosa para fazer isso(disse sarcástico)

Em voz alta, ela disse:

- Era com o homem que eu amava, signore. Não com você. E estávamos no meio da noite.

- Muito bem, porque ainda é dia. Mas às noites serão minhas. Combinado? E para mostrar minha boa-fé,vou me vestir.

- vou espera você com o café da manhã (disse falsamente animada)

- Grazie. Você está se tornando uma esposa maravilhosa, caríssima mia.

A tarde estava estranha,e Ana se sentia tensa. Quando levou uma bandeja com café para sala,viu Cristian ajoelhado em frente a lareira colocando mais carvão no fogo.

- Oh! Eu já iria fazer isso.

- De agora em diante,eu faço. Não quero que você estrague suas mãos,cara. Ou faça algo que dê ao seu admirador mais uma desculpa para aparecer.

- De uma vez por todas,ele não é meu admirador.

- Não mais, certamente.

- Oh,Deus! Está nevando novamente.

- Isso é um problema?

- Seu carro. Achei que fossemos conseguir sair daqui.

- Para onde?

- Isso importar? Para longe daqui.Afinal de contas, nós dois temos de voltar às nossas vidas.

- Não, caríssima. A previsão do tempo no jornal avisa que às estradas nesta área estão intransponíveis. Além disso, foi você quem tomou a decisão de vim pra cá.

- Oh, Deus!,fui uma idiota. Devia ter me dado conta de que era uma armadilha.

- É assim que você vê isso aqui? Pois eu acho delicioso. Um lugar remoto, tranquilo. Ideal para se começar uma vida de casados. Você não acha?

- você não quer saber o que eu acho.(disse amargamente)

- Talvez se você relaxasse um pouco, Anastácia,poderia aproveitar a estada aqui também.

Quando terminou o café, Cristian limpou a mesa e levou a louça para a cozinha. Anastácia o seguiu e encontrou-o na frente da geladeira olhando para o frango.

- Você quer cozinhar isso em vinho? Quer que eu pegue na adega?

- Não, obrigada. Só vou assar.

- E estes são os legumes? Quer que eu ajude a prepara-los?

- Não precisa. Está cozinha é muito pequena.

- Claro. Perdoe minha intromissão.

" Cristian têm muito defeitos,mas a sua paciência é louvável 👏"

O Conde (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora