Cap.25

902 136 45
                                    

- Se você veio para me dizer que aqui é sua casa, está atrasado. Já sei. E vou me mudar assim que for possível.

- Não. Não é por isso que estou aqui. Ou você acha que eu aceitaria sua fuga assim,mia sposa?

- você não têm escolha. Não vou voltar. Mas não se preocupe. Não quero nada de você. Pretendo arrumar um emprego e um lugar para morar. E vou fazer isso sozinha.

Ele aproximou-se e ela pôde vê-lo com clareza. Ele estava desarrumado e com a barba por fazer.

- Você faz com que isso pareça tão simples,sua decisão de me privar em um golpe só,de minha esposa e de meu futuro filho. Mas encontrar um emprego não é fácil, quando não se tem qualificações.

- Mas vou dar um jeito.

Ele respirou fundo e disse lentamente:

- Minha mãe morreu quando eu nasci, Anastácia. Uma morte que meu pai nunca conseguiu aceitar. E por conta disso nunca me aceitou de verdade.

- Cris...

- Deixe-me terminar. Preciso lhe contar isso. Para ele,o mundo acabou no dia que ele a perdeu. E alguns anos depois,quando negligenciou um resfriado que virou pneumonia, não tentou lutar pela vida. Jurei quando menino,que nunca deixaria uma mulher ter tanto poder sobre mim. E mantive minha palavra, até um dia na casa de seu pai, quando você entrou correndo no escritório dele. E pela primeira vez na minha vida entendi o que meu pai tinha sentido.

Anastácia começou a tremer

- Uma vez você disse que me odiava. Eu rezava para que isso não fosse verdade. Disse a mim mesmo que era impossível amar tanto e não receber nada em troca. Que um dia tudo o que eu sentia tinha de alcançar você, toca você. Que eu só precisava ser paciente. Que haveria um momento em que você sorriria nos meus braços e diria " Ti amo".Amo você. Mas você não disse. Nunca! Nem mesmo quando soube que concebemos nosso primeiro filho. E isso foi o mais doloroso de tudo.

- Você fala de dor? Você ousa mencionar a palavra Amor, quando sua amante me fez uma visita aparentemente com o seu consentimento.

- Se você se refere a Helena Lincon, soube que ela esteve na minha casa. Parece que Leila deixou-a entrar secretamente,pois sabia que você estava sozinha. Ela estava sendo paga por Helena.

- Ela estava nos espionando?(ela estava chocada)

- Ela confessou tudo no dia que você partiu. E Helena Lincon, não é minha amante.

Ela respirou fundo.

- Não... não acredito em você.

- Não! Você prefere acreditar nas mentiras de uma mulher vulgar e vingativa.

- Você nega o que saiu no jornal sobre seus planos de se casar com ela?

- Si. É uma invenção.

- Porque ela faria isso?

- Porque acredita que é irresistível. E eu não acho. Algo que ela não consegue perdoar. Mas achei que às mentiras nos jornais eram o mais longe que ela podia ir. Evidentemente,estava errado. Ela queria me punir. E parece que viu na manipulação de meu casamento já estremecido a vingança ideal. Porque eu também sofreria uma rejeição pública. E pela mulher que Roma inteira sabia que estava carregando um filho meu.

- Mas isso é impossível. Eu mesma não sabia. Não até o dia em que fui embora. Eu passei muito não quando acordei, então comecei a fazer às contas.

Ele quase sorriu.

- Devvero? Fiz às minhas próprias contas várias semanas atrás. E a mãe do Ethan,me disse que podia ver no seu rosto e que ela nunca errava. Depois disso, comecei a receber parabéns de todos os lados. De todo mundo,exceto da mulher que amo. Todos os dias eu esperava que você fosse me contar,mas você não falava. E eu comecei a achar que seu silêncio significava que você estava zangada. Que não queria nosso bebê, porque ele ligaria você a mim e você só queria estar livre. Então,eu também comecei a ficar zangado.

- Foi por isso que você parou de dormir comigo?

- Um amigo meu é obstetra,fui até ele porque comecei a pensar na minha mãe,e havia perguntas e dúvidas que eu queria tirar. E ele disse que fazer amor nos primeiros meses da gestação poderia machucar o bebê. Que seria melhor esperar até que sua gravidez estivesse estabelecida."naquela noite, percebi como você estava cansada, então decidi que seria melhor me afastar da tentação e dormir em outro quarto".

- Eu...eu achei que você não me quisesse....

- Sempre,sempre. E mesmo que você não me ame,ainda assim quero tomar conta de você e do nosso filho. Se você voltar pra mim,para minha proteção, não vou pedir mais nada. Vamos viver como você quiser.

- Vou dizer o que eu quero:quero que você me pegue nos braços e nunca mais me solte. Porque não há nada neste mundo para mim sem você. E que você cuide de mim e de todos os bebês que eu espero ter. E desejo de todo o meu coração que você acredite em mim agora,meu querido, quando eu disser ti amo. Eu amo você,amo você... E sempre amei.

Ele caminha até ela, levantou-a e colocou-a no sofá como se fosse feita de vidro. Depois,ajoelhou-se ao lado,o rosto encostado na barriga dela.

Quando Cristian levantou o rosto,os olhos estavam lacrimejantes.

- Você acredita em milagres,mi amore?

- Acredito em nós.

Ela beijou-lhe a boca,os lábios quentes e sorridentes contra os deles. E se amaram com todo o amor e desejo que sentiam.

FIM



" E agora  o Cristian e a autora estão perdoados?🤔😁👀
Tudo não passou de falta de diálogo e uma armação de uma mulher mal amada e com o ego ferido.
Antes que reclamem no começo da história eu falei que ela passava em uma época que às mulheres não tinham muitos direitos e consequentemente a medicina não era tão avançada por isso da recomendação do obstetra. Se de eu volto com o epílogo ainda hoje 😘😘" 

O Conde (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora