cap.23

741 119 53
                                    


Em algum momento Anastácia caiu na sono,mas acordou ao amanhecer tremendo e com náuseas. Ela se arrastou da cama e correu para o banheiro,onde vomitou.

Muito champanhe, ela pensou, encostando-se na parede e esperando que o mundo parasse de rodar. Mas não podia culpar o champanhe por tudo o que estava errado em sua vida. Seu coração dizia-lhe com tristeza que,se lhe dessem a mesma chance agora, não mudaria nada. Que embora estivessem terminando mal,estás últimas 6 semanas seriam sempre dela . E ninguém,nem mesmo Helena Lincon, poderia tomá-las.
Ela voltou lentamente para o quarto. Por um momento, permaneceu imóvel,uma estátua branca, olhando para o espelho. Depois , lentamente, levou uma das mãos até o abdômen. Não,ela pensou. Não! Não pode ser verdade. Está apenas atrasada. Isso é tudo. É por conta de tudo que está acontecendo na sua vida. Nunca fui regular,e o estresse pode alterar o ciclo. Além disso nós... Ele sempre foi cuidadoso... Exceto uma vez,ela pensou, respirando fundo. O dia no chalé quando ela entregou-se pela primeira vez a ele sem reservas. Quando nada tinha importado para nenhum dos dois.

Apenas aquela vez...

Ela deitou-se na cama cobrindo seu corpo trêmulo com as cobertas. Sussurrando
"Não pode ser verdade". Nesse exato momento, Anastácia escutou um leve ruído a porta estava sendo aberta.

Oh, Deus! Ele deve ter me escutado.

Ela fechou os olhos e se forçou a respirar fundo. Soube quando ele parou ao lado da cama. Pôde sentir os olhos dele olhando para ela. Ele disse o nome dela suavemente,mas ela não respondeu. E finalmente, escultou-o suspirar e sair. Teve certeza de que ele já tinha ido para o trabalho e cochilou mais um pouco e foi acordada pela voz de Leila :" seu café da manhã, signora."

Ela sentou-se afastando os cabelos do rosto, quando o cheiro do café a atingiu fazendo com que o enjôo voltasse.Ela disse:

- Leve embora,por favor. Não estou com fome.

A jovem sacudiu os ombros com a usual indiferença,mas por um segundo os olhos dela ficaram vivos de curiosidade e malícia.

Não gosto dela. Fui uma boba quando a deixei ficar.

Mas Leila era a menor das preocupações. Quando desceu, Anastácia encontrou uma pilha de recados. Mia tinha ligado várias vezes,mas Anastácia estava sem energia para retornar às ligações. Ela disse a Luigi. Que estava com dor de cabeça e que iria descansar na sala de estar durante o resto da manhã.

- Quer que eu lhe traga algo para a dor?(perguntou preocupado)

Ela forçou um sorriso.

- Não, obrigada, Luigi.o analgésico para curar essa dor ainda não foi inventado. Acho que dormir é o melhor que posso fazer.

- A senhora não será incomoda.

Ela esticou-se no sofá sem  pretender dormir,mas acabou pegando no sono devido ao cansaço. Porém, quando ela realmente dormiu, não encontrou descanso de fato. Foi atormenta por um monte de imagens infelizes. E mesmo sabendo que eram apenas sonhos,isso não fazia com que fossem mais fáceis se serem suportados. Uma voz dizia " Condessa!".

Um rosto e uma voz dos quais precisava escapar,ela pensou, acordando com o susto. E percebeu que não havia refúgio de seu pesadelo particular. Que, incrivelmente,estava exatamente ali na sala com ela Helena Lincon,sentada no sofá a sua frente.

- Finalmente você acordou. Pelo menos você não ronca.

Anastácia encarou-a sem acreditar.

- O quê diabos você está fazendo aqui?

- Acho que já está na hora de conversarmos, Condessa. Um papo de mulher para mulher. Há coisas que precisam ser ditas,e como a maioria dos homens, Cristian odeia cenas. Então vim aqui para falar por ele.

- Acho que não. Não sei como você entrou aqui,mas gostaria que saísse. Agora!(disse se levantando)

- Entrei pela porta. Alguns de seus funcionários, Condessa, reconhecem quem vai ser a verdadeira autoridade nesta casa. Não que eu planeje morar aqui.(disse de forma entediada)

- Cristian fez o melhor que pôde para tornar o lugar mais aceitável para mim,mas ainda é antigo demais, deprimente demais. Prefiro a cidade. Sente-se,Condessa e tente relaxar. Isso é o que mulheres na sua condição devem fazer.

- Minha condição?

Helena Lincon suspirou irritada.

- Você está carregando um filho de Cristian. Não tente negar.

- Ele...ele disse isso?

- Não conseguiu esconder de mim. Eu, não posso ter filhos,o que foi uma grande tristeza para nós. Mas você resolveu nosso Problema. Dar a Cristian o herdeiro de que ele precisa,minha querida Anastácia,é assim que ele chama você só não é? Na verdade,eu não vejo razão para você não continuar a morar aqui quando o bebê nascer. Podia fazer parte do acordo do divórcio. Embora isso seja para o futuro,assim que eu estiver livre para me casar novamente. O que não vai ser logo,pois a saúde do meu marido melhorou. Mas sei que Cristian vai desejar que você tenha todo o conforto. E também,como mãe do filho dele, vai sempre ser tratada com todo o respeito,por nós dois.

- E se for uma filha?

- Isso não é uma dificuldade insuperável. Você é jovem e saudável e não acha às atenções de Cristian desagradável.

- Você me dá nojo.

- Mas a Cristian,com certeza não,e isso é tudo que importa no sexo.

- Tudo o que importa? você o ama?

- Mas como você é convencional. Não é de admirar que o tenha entendiado tão rapidamente. Não foi a primeira vez que o dividi,sua bobinha e não será a última. Ele gosta de variedade na cama,assim como eu. E ele é atraente e muito rico. Então, combinamos muito bem. Esqueça qualquer sonho romântico,pequena Condessa. Ele não entende a palavra"Amor" como você. Nunca entendeu. Ele só se importa com o prazer. E é por isso que é tão fascinante como amante. Espero que você não tenha se apaixonado por ele,cara. Você só vai estar se iludindo. Acredite que eu só falei isso para seu bem e para explicar a situação atual. Espero que nos entendamos melhor e que talvez nós tornemos amigas.

Anastácia levantou o queixo.

- Acredite que eu faria amizade mais facilmente com uma cascavel.

- Você está sendo estúpida. Aceite um conselho. Adapte-se,aceite e você vai sobreviver. Lute e vai perder tudo,incluindo o seu filho. Cristian se irrita quando vão contra ele,e pode ser impiedoso. Agora eu tenho que ir.Arrivederci.Desejo-lhe saúde. (Disse sorrindo)

Anastácia observou a porta abrir e fechar e viu ela cruzar o terraço e desaparecer. Em seguida suas pernas ficaram fracas e ela sentou-se no sofá,olhando para o nada.

Pensando....

Até que, finalmente soube o que fazer e como fazer. Pálida,mas tranquila, tocou a campainha.

- Luigi, você pode pedir para Taylor trazer o carro em 10 minutos,por favor. Minha dor de cabeça melhorou e vou almoçar com a signora Mia.

" O quê será que a Ana vai fazer?🤔🤔
Helena é uma vagabunda mesmo.  Será que o Cristian sabe dessa visita?😠😤🤔
Estamos chegando ao final da história pessoal, façam suas apostas sobre o final do nosso casal complicado 😁😉"

Até o próximo capítulo amores 😘😘😘

O Conde (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora