Anastácia sentou-se no canto do sofá. Os ossos do frango estavam fervendo no fogão com alguns legumes,se sairia uma canja digna, ninguém sabia.Quando desceu,Cristian já havia limpado a lareira. Mas não queria se sentir agradecida. Precisava manter vivo seu ressentimento. Precisava odiar tudo que ele fazia. Deveria ser forte e não se lembrar da textura da pele dele no seu rosto ou em sua boca. Além disso tinha de ficar cega para o físico de Cristian. Não podia ignorar como ele era lindo sem roupas e como a sua nudez a deixava de boca seca e de corpo quente. Não podia tocar nele. Não podia arriscar mais uma vez.
Ela suspirou e o escutou descendo às escadas. Cristian estava fechando o casaco e mal olhou para ela. Por um momento aterrorizante ela achou que ele estivesse partindo,abandonando-a. Mas depois percebeu que ele não estava carregando a mala.
- Você... Vai sair?
- Vou até a cidade ver o que posso comprar para comer. Não podemos sobreviver com alguns ossos de galinha.
- E é seguro,com toda essa neve?
- Sim. Ou eu não tentaria.
Anastácia levantou-se
- Então... Vou com você.
- Desenvolveu um gosto repentino por minha companhia? Ou está esperando encontrar seu admirador?
- Não seja absurdo. Simplesmente estou me sentindo sufocada presa aqui.
- Têm um par de botas de borracha no sótão. Talvez fiquem grandes em você,mas vai ajudar na caminhada.
- Às minhas estão bem.
Mas não estavam. Sua bota escorregava muito e ela foi forçada a agarrar os braços de Cristian para não cair.
- Isso não é uma boa idéia. Vou levá-la de volta,cara,antes que você quebre alguma coisa.
Ela aceitou com relutância a ajuda dele para voltar para o chalé,e quando ele desapareceu de sua vista,ela sentiu-se estranhamente abandonada. Parecia que ele tinha ido para sempre...
- E o que eu faria?(perguntou em voz alta)
Começou a vagar quase que compulsivamente de um aposento a outro,inventando tarefas. A mistura de frango estava com um cheiro apetitoso. Quando estava espetando-a com um garfo,escutou um barulho na porta e correu para a sala. Cristian estava colocando duas sacolas em cima da mesa.
- Não tinha alho, não tinha ervas frescas,nenhum azeite de qualidade e nenhum macarrão,a não ser alguma coisa em lata. Não fosse o tempo, já teríamos saído para comer fora.
- Se não fosse o mau tempo,eu já teria ido embora há muito tempo, signore.
- Se lhe conforta pensar assim. A signora me disse que a luz vai voltar até o fim do dia. Vou cavar um caminho até o depósito de lenha caso você precise.
Não foi o dia mais fácil que Anastácia passou. Cristian ocupou-se do lado de fora e ela seguiu o exemplo do lado de dentro. Acrescentou batatas e alho poró ao caldo do frango, produzindo uma sopa grossa e saborosa.
- Estava excelente(disse Cristian quando terminou o seu segundo prato)
- Você já terminou de cavar?
- Ainda não. Decidir limpar o caminho até a estrada também.
- Você vai ficar exausto.
- Sei que é isso que você espera, caríssima,mas você vai se desapontar.
Esforçando-se para se distrair,ela passou horas jogando paciência. Depois foi para a cozinha e começou a preparar o jantar. Quando Cristian entrou,viu que a lareira e às velas já estavam acessas. Ele estava sentado no sofá,tirando às botas,quando Anastácia saiu da cozinha trazendo café fresco.
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O Conde (Concluída)
FanfictionAnastácia Steele foi forçada a aceitar um casamento de conveniência,assim aos 18 anos,casou-se com Cristian,o Conde Grey,que deveria lhe conceder o divórcio aos 21anos. Cristian no entanto têm outros planos e não há limites para o que ele é capaz de...