Capítulo 2

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Nota: Terei que alterar as personalidades dos personagens para ter coerência.

Boa leitura para você <3

- O que o senhor quer dizer com Brasil? - perguntei ao meu pai.

- Pretendo abrir outra empresa lá, uma empresa com produção de bebida feita a partir da fermentação de cereais, principalmente a cevada maltada.

- Você quer abrir uma empresa que produz cerveja? - perguntei confusa.

- Sim querida, eu e seu pai vínhamos planejando isso desde a nossa adolescência, você sabe, nos conhecemos em um bar onde ele me ofereceu uma cerveja para beber.

- E ela aceitou, a partir daquele momento eu acreditei que ela era o amor da minha vida, ela não reclamou como outras mulheres faziam dizendo que cerveja não era bebida para damas e sim vinho, ela simplesmente aceitou, me apaixonei de imediato - meu pai continuou dizendo com um olhar de bobo apaixonado

Meus pais ficaram olhando um para o outro com um olhar apaixonado e sorrindo como se não houvesse mais ninguém ali além deles, eu conheço toda a história de cor de tanto que eles nos contaram, eles são um verdadeiro exemplo de amor verdadeiro.

- Fala sério velho, não precisava contar essa história de novo, sempre que termina de contar, vocês ficam se olhando assim - disse Takemichi revirando os olhos.

- Mas porque logo o Brasil papai? Eu sei que o senhor é de lá, mas, nossa família vive aqui, qual é o sentido em ir pro outro lado do mundo?

- Eu entendo sua preocupação, minha filha, não será algo fácil, mas também não será impossível, iremos encontrar uma solução, somos uma família e isso nunca mudará - respondeu meu pai com o rosto sereno.

- E também querida isso ainda vai demorar umas semanas para acontecer, estamos dizendo isso agora para não ter arrependimentos depois.

- Então iremos nos mudar? - perguntou meu irmão.

- Sim e não..- disse meu pai - O plano é que você e sua mãe fiquem aqui no Japão para cuidar dos nossos negócios aqui e eu e sua irmã ir para o Brasil ficar lá até a empresa se estabilizar.

- Mas quem vai cuidar da mamãe e do Takemichi quando estivermos fora? - perguntei aflita - Eu treinei a vida inteira para proteger eles quando o senhor não estivesse aqui e agora que consigo eu simplesmente vou pro outro lado do mundo?

- Ei, eu não preciso de proteção de ninguém! - disse Takemichi revoltado.

- Como não precisa? Você vive chegando em casa machucado, acha que eu não vejo que está sempre apanhando?

- Isso não é da sua conta!

- Não seria se você começasse a treinar como eu!

- Chega vocês dois! - falou minha mãe chamando nossa atenção - Mahina, eu e seu irmão não precisamos de proteção, a gente sabe se cuidar, não fique se responsabilizando por isso. Você é uma linda jovem e tem que viver e conhecer novos lugares! Sua vida não pode ser resumida a lutas, escola e casa, você nos deixa orgulhosos com toda sua dedicação, mas isso acaba te impedindo de viver! Você não precisa ser perfeita e ficar na defensiva o tempo todo!

Eu entendia o que minha mãe queria dizer, mas ainda assim, eu não quero correr o risco de perder ninguém, o simples pensamento que passei a ter depois daquele dia, de me imaginar sozinha me faz ter vontade de vomitar e entrar em desespero.

- Eu compreendo minha mãe - respondi incerta - Por quanto tempo iremos ficar lá?

- Como eu disse, é até a empresa se estabilizar, isso requer tempo e paciência, então é por tempo indeterminado, claro que você poderá vir passar férias aqui ou seu irmão e mãe lá, mas irei precisar de você, então, voltar para morar é algo indefinido.

Retroceder - Tokyo RevengersOnde histórias criam vida. Descubra agora