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Belly está aqui

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Belly está aqui.

Eu a vejo de costas quando suas pernas torneadas saem do carro agora parado ao lado do meu.

Meu corpo todo está molhado, meus cabelos ruivos cereja estão enxarcados e desgrenhados e uma toalha está abraçada contra meu corpo que vestia um pequeno biquíni. Estamos na areia, Jeremiah, eu e Conrad. Eu não entendo porque hoje ele resolveu que viria a praia conosco, coisa que ele recusou por dias. Mas agora Belly está aqui. Eu a vejo do caminho de areia que estamos seguindo que dá na entrada de casa.

Jeremiah correu à nossa frente, pronto para recebê-la do mesmo jeito que fizeste comigo. No caminho, correndo de maneira desesperada e sem fôlego ele vestia sua camisa, tentando causar uma impressão menos bagunçada.

Conrad, com sua aparência cansada de sempre, está andando ao meu lado num ritmo lento, como se não se importasse com Belly ou Steven.

— Os Conklyn chegaram.

Eu digo, passando a toalha por meu ombro de forma desleixada, tentando formar uma conversa. Conrad não me responde, e continua andando encarando o chão de maneira tranquila.

Minha ansiedade não me permite continuar quieta.

— Belly está aqui, não vai correr para falar com ela?

Minha mão encostou em seu ombro. Conrad não desviou como achei que faria.

— Não, e você?

A encarada que Conrad me da quando desfere as palavras em minha direção pareciam um espelho reflexivo. Como se ele pudesse ver através de mim, e ver todos os anos de ciúme infantil em cima de Belly e a atenção que todos davam à ela. Coisa de criança. Mas o jeito que ele me via e parecia transparecer sua consciência sobre mim, e o que eu pensava e o que eu sentia, me deixam desconfortável, então eu simplesmente não o respondo, como ele não me respondeu.

Estamos na entrada de casa.
Belly está diferente.
Seus olhos não acompanham mais um par de óculos quadrados, nem seu aparelho armado. Seus olhos se vêem fixos aos meus quando Jeremiah a segura no colo e a roda no ar na entrada, como ele fez comigo.

Seus olhos vem de encontro com os meus e eu sorrio em sua direção. Jeremiah a solta e eu a abraço com força.

— Você está tão grande! O que aconteceu com aquele rosto de bebê?

Eu digo caridosamente quando eu a aberto em meus braços. Belly era a caçula, a mais nova e a bebê.

— Dois anos são muita coisa, Bettie. Senti sua falta.

Belly sorri em minha direção e passa a mão por meus cabelos. As pessoas tinham algo com o meu cabelo, passar as mãos por eles era pra ser algum tipo de conforto?

Eu abracei Steven e Laurel de lado, dizendo o quanto eu senti falta deles nesses dois anos. Não era muito uma verdade, mas os dois eram pessoas gentis, e Laurel era uma mãe legal.

ᴏᴜʀ ʟᴀsᴛ sᴜᴍᴍᴇʀ; Conrad FisherOnde histórias criam vida. Descubra agora