Train Wreck

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A ruiva estava sentada ao meu lado. Estávamos em frente a um túmulo, onde se encontrava escrito....meu nome.

Eu ouvia cada palavra que a garota pronunciava, lendo em voz alta a carta que escreveu para mim.

- As vezes eu me sinto em um barquinho, em meio a tempestade, sabe? - Olhou para o pedaço de pedra com meu nome entalhado, a única coisa que eu tentava fazer era não chorar, mas as lágrimas já se encontravam em meus olhos. - Quando você estava aqui comigo, era como se o mar estivesse numa calmaria sem fim, mas aí você se foi...e do dia para noite, eu me encontrei nessa tempestade. - Sua voz já ficava um pouco embargada. - Eu sinto sua falta. - Abaixou o pedaço de papel que tinha em mãos e fixou seus olhos na pedra por um tempo. - Você me faz muita falta.

Eu não podia fazer nada. Eu estava ali ao seu lado, mas ao mesmo tempo não estava.

Eu queria lhe abraçar, falar que sempre ia estar ali pra ela, falar que tudo ia passar, mas eu estaria mentindo drasticamente.

Se eu pudesse faria um acordo com qualquer ser que existe, só para poder tê-la em meus braços de novo.

Poder sentir seu calor, secar suas lágrimas, beijar sua pele, eu faria qualquer coisa para poder ter isso novamente.

Olhei para a garota, não aguentando e deixando minhas lágrimas caírem.

Seus tão lindos olhos azuis, se encontravam em um oceano de tristeza e as lágrimas já se faziam presentes ali. Sua voz tão linda, se encontrava baixa e cheia de angústia. Eu só queria abraça-la, era tudo que eu queria.

Observei a garota se levantar para ir embora. Ao longe vi ela entrar no carro de um de nossos amigos e a vi partir novamente.

Algo dentro de meu peito doeu, onde se devia ter o coração, mas como meu coração pode doer se eu estou morta?

Levei minha mão até meu peito, não resistindo e apenas deixando as lágrimas rolarem.

One-Shot (Max/You)Onde histórias criam vida. Descubra agora