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Meus olhos enchiam de lágrimas, conforme o médico falava.

Eu olhava para a garota na cama. A de olhos azuis se encontrava em um coma profundo, já faziam três anos, e finalmente, os médicos decidiram nos dar a última opção: desligar os aparelhos.

A mãe da garota ouvia tudo que o médico falava, a mulher tinha vontade de chorar, porém, não derrubava nenhuma lágrima, talvez estivesse querendo passar uma imagem de mulher forte.

No final, o médico acabou levando ela para acertar as coisas, me deixando sozinha com a ruiva.

Me aproximei da cama, secando algumas lágrimas que desceram pelo meu rosto, mas sendo em vão, pois novas lágrimas já tomavam o lugar das anteriores.

Peguei na mão da garota, procurando sentir seu calor.

- Você vai mesmo nós deixar, não é? - Perguntei como se a garota estivesse ali, mas eu sabia que ela nunca iria acordar, dês de o momento que ela foi parar ali naquela cama. Eu só criava falsas esperanças de que ela iria voltar para a gente. - Você não faz ideia do quanto você faz falta, ruivinha. - Disse baixinho depois de um tempo.

Levei minha mão até seu rosto, passando a ponta dos dedos na pele da mais nova. Eu sentia saudades de olhar no fundo de seus olhos e de estar sobre seu olhar. Sentia saudades também de seu sorriso, era um dos motivos por eu ter me apaixonado perdidamente na garota.

Encostei minha testa na da garota, fechando os olhos.

- Vou sentir sua falta todos os dias, meu amor. - Sussurrei entre algumas lágrimas que rolavam pelo meu rosto, dando um beijo na testa da garota.

Algumas horas depois os aparelhos foram desligados.

No dia seguinte, aconteceu o enterro.

Naquele dia, o sol brilhava no céu, tão alegre quanto no dia anterior. Se fosse um dia comum, talvez eu estivesse igual ao sol, mas naquele dia, eu estava tristes.

Uma tempestade se fazia presente dentro de mim. Uma tempestade de tristeza, a dor de ter que deixar alguém que você ama partir.

Quando desligaram os aparelhos, eu senti como se uma parte de mim tivesse ido embora. Senti como se uma parte de mim tivesse parado de respirar. Senti como se meu coração estivesse estraçalhado, como se alguém tivesse pego ele arrancado, apertado e o mesmo tivesse virado pó. Senti como se uma porta tivesse sido trancada.

Naquele dia que o sol se apresentava alegre no alto do céu, uma parte de mim, uma parte do meu coração, minha outra metade estava sendo enterrada.






Vamos de tristeza, pq eu estou assim hj.

Espero que tenham se divertido.

One-Shot (Max/You)Onde histórias criam vida. Descubra agora