Poemas de um Pesadelo

Dona Morte 4

O meu ego elevado
E o complexo de Deus
Esconde a insegurança
Perante a olhares seus

O que eu enxergo
Você também verá
Então darei motivos
Para então de mim ao gostar

Não me odeie pelo que sou
E sim pelo que lhe mostrei
Você não sabe quem sou
E nem pelo que eu passei

Hoje eu ouço vozes que
Dizem pra eu me perder
Louco, insano
Meio estranho
Com os olhos vermelhos querendo chorar

Um dia escuro, não vejo muito
Só vejo que pra frente não posso andar
Preciso de um caminho, um chão
E hoje será o dia que vou caminhar junto a solidão

Talvez não vou sozinho
Tenho alguém pra me acompanhar
Velha amiga
Voltamos a nos reencontrar

Viu o que acontece com quem chega na sociedade?
Comparam
A maltratam
E ainda esperam responsabilidade

Como espinhos a furar
As palavras me machucam
Se o que eu tenho acabar
Tudo vai ter sido em vão

Oh não
Novamente entrando em desespero
Dessa vez ouvindo vozes
E sons
Coisas que antigamente não tinha

Na luz clara
No quarto
Observo o espelho quebrado
Dizem que os olhos é a janela da alma
Então é por isso que meus olhos tem lágrimas

Eu vejo que em casa é um caos
Não tenho nada a ver, não sou eu que sou o mal
Me culpam, fala que fui eu no final
Eu tentei, eu juro mas eu não mudo de forma radical

Espera
Vou adaptar é só questão de tempo
E tudo que eu penso eu só faço por você
Eu juro vou mudar
Se puder esperar
Prometo que a Dona Morte não vai me pegar

Sei que resta dúvida não importa o quanto evite
Sabe que eu cumpro se jurado pelo Estige
Pode me machucar
Machuca comparar
Só por favor de mim não desiste

Eu ouço os sussurros novamente
E dessa vez acho que não é na minha mente
Não sei ao certo
Não sou tão esperto
Mas acho que a Dona Morte está perto

E eu não tô com você pra a afastar
Eu sei que você vai me proteger mas
Eu realmente preciso de você...

Então não deixa tudo piorar
Sei que posso chato mas prometo melhorar
Você sabe, sou assim
Teimoso só que no fim
Por você eu mudo então não me deixe "sozin"