Devaneios em Excesso

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A luz bate no espelho
Reflete em meu rosto
O pote de ouro eu vejo
No final do Arco Íris torto

Quando pego as moedas
Elas abrem suas bocas
Me engolem e o vazio infinito
O escuro e a vista é pouca

Louca mente
Abro os olhos e tudo era brincadeira da minha mente
Brincadeira de uma mente insistente
Com a insistência de me fazer delirar
Minha consciência tá tentando me enganar

A luz reflete no vidro e me mostra alguém
Alguém que achei que estaria comigo
Olhei nos olhos desses alguém
Sua alma me desejava o além

As chamas consumiram meu corpo
Mas não queimava e eu acordo
Sentado na cama eu olho pro chão
E um buraco se forma pra essa imensidão

No tédio da aula
Ouvindo números e letras
Anotando o que quero ou não saber
Vai entender

E depois de piscar tudo some
Meus amigos, professores e o quadro
Só uma garota na sala e ela diz
"Dos devaneios, esse é o quarto"

Olho pro lado e me vejo preso
Numa cadeira de choque
Minha mente explode de dor
Antes que a chave pra ligar ele toque

Carrasco...
Segurando o machado de corte
Corte a corda...
E a guilhotina termina, boa sorte

Em pé na sala
Suando e vendo todos me olhando
Aqueles olhares, estão me julgando
Deus, me ajude. Estou delirando

Saio da sala em desespero
E caio no abismo de pura loucura
O espinho na ponta me espera
Talvez a morte seja a cura

Corro como se não houvesse amanhã
Atrás de mim sei que está Satã
Na frente um buraco que posso saltar
Do outro lado irei descansar

E saltei...
E foi aí que esse pesadelo finalmente terminou
Desejei...
Que isso tudo não se transformasse em mais dor

E a realidade voltou em meus olhos
Adeus mãe, adeus amor
A grade da escola eu pulei
Adeus vó, adeus irmão
Entendo que na verdade eu errei
Adeus amigos, adeus família
Pro asfalto pulei
Uma queda enorme e eu pulei
Minha vida nos olhos observei
E por fim... Acordei

Poemas de um PesadeloOnde histórias criam vida. Descubra agora