• Capítulo 6 •

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Maraisa POV'S

Domingo, finalmente. O almoço ao lado da idiota me deixou levemente irritada, aquela maluca deixou marcas no meu pulso além de tê-lo machucado um pouco. Hoje decidi ir jantar na casa de Gabi.

A mais velha ligou ontem me convidando e eu obviamente aceitei, a comida de Gabi não é pouca coisa mas infelizmente não vou poder ficar muito pois amanhã trabalho e eu sou extremamente pontual, odeio atrasos. Eu estava esparramada no sofá, pensando, quando decidi pegar o celular para ver que horas são. Liguei o aparelho que se iluminou rapidamente deixando a amostra a tela brilhosa com o meu wallpaper de uma grande rosa branca, 14:01h.

Desliguei o aparelho e gemi em frustração, ainda iria demorar até eu começar a me arrumar, então apenas continuei olhando pro teto e pensando, até que a imagem da silhueta perfeitamente definida de Marília surgiu. As perfeitas curvas de seu corpo, a sua bunda atrativa, o seu cabelo loiro feito o sol caindo tampando metade de suas costas completamente nuas, totalmente molhado.

Espera, Marília, nos meus pensamentos?

Só posso estar brincando, deu vontade de rir agora. Maldita seja Marília Mendonça e o seu fodido corpo perfeito. De certa forma, adoro o jeito que nós nos provocamos, parece algo único, somente nosso. Essa mulher é, totalmente uma caixinha de surpresa.

Eu e Marília nos conhecemos a muito tempo, pra ser exatas desde de crianças.

[⏳= Flashback on]

— Olha lá, vê se não é a magricela estúpida. — A garota de cabelos longos e castanhos falou.

— Quem você chamou de magricela estúpida, Prado? — Maraisa se pronunciava se colocando na frente da garota intimidada, o seu cabelo escuro e curto na altura dos seios se destacava, marcando a sua presença no local.

— A sua amiguinha e.s.t.ú.p.i.d.a. — Prado respondeu, falando pausadamente a frente de Maraisa.

— Isa por favor não vamos nos meter em confusão, é a 3° vez nessa semana, vamos embora por favor. — A garotinha de franjinha e o cabelo preso em um rabo de cavalo bem feito se pronunciou, puxando o braço da mais velha para si.

— Não Marilia! Não vou deixar essa vara pau andar pela escola fazendo o que bem entender com as pessoas que quiser, principalmente se essa pessoa for você. — Maraisa exclamou, olhava furiosa para a garota a sua frente pronta para avançar na mesma.

— Que lindo, belo ato de amizade Pereira. — Prado debochava.

— Se você não sair daqui agora, por vontade própria, eu mesmo tiro você daqui a força. — Maraisa ameaçou dar um passo quando Prado rapidamente se pronunciou.

— Eu já ia embora mesmo, só queria assustar essa sua amiguinha fraca, dependente de você pra tudo. — Prado saiu olhando de cima a baixo para Marilia, que apenas ouvia tudo de cabeça baixa.

A pele pálida de Maraisa já estava vermelha, decidiu ir atrás da garota mas foi impedida por Marília.

— Basta por favor, deixa, bater nela não vai adiantar nada. — Marília falou baixo. — De qualquer forma está certa, se não fosse por você eu estaria com uma mancha roxa na minha bochecha agora, novamente. — Marilia segurava as suas lágrimas, dando um sorriso para a sua melhor amiga que a abraçou fortemente acariciando o topo da cabeça da mais nova.

Os braços de Marília rodeavam a cintura de Carla a apertando, querendo ficar ali pro resto de sua vida.

— Não é verdade, mas e se for? Eu não me importo, sempre vou te proteger Lila, nunca mais vou deixar ninguém encostar em um fio de cabelo seu. — A voz de Maraisa saia abafada por conta do abraço. — Me desculpe Mali, por não ter conseguido chegar a tempo. — Maraisa soluçava, as lágrimas ameaçavam a escapar.

Imprevisível//adaptação MalilaOnde histórias criam vida. Descubra agora