Já no carro, Marília dirigia em direção a casa de Luisa. A mais velha sentia o clima tenso entre as mais novas, mas decidiu apenas não se importar, só que realmente não conseguiu não se importar.
— É... vão ficar quietas assim mesmo? — Luisa perguntou, mas ninguém respondeu. — Ok... — Se remexeu em seu banco após ser completamente ignorada.
— Você sabe qu ; Aonde você- — Marília e Maraisa falaram juntas, no mesmo momento e Luisa olhou confusa para as duas mais novas, que já se irritaram por uma atrapalhar a outra.
— Você primeiro pereira. — Marília falava um tanto simpática, mas é claro, totalmente forçada.
— Oh grande Marília Mendonça, agradeço do fundo do meu coração a sua grande bondade de me deixar falar primeiro. — Maraisa falou fingindo um grande agradecimento a mais nova.
— Um "obrigada" já estava de bom tamanho, Pereira. — Marília falou com a face endurecida.
— Eu já disse. Me chame de Maraisa entendeu? Maraisa, você é surda ou se faz?
— Eu não quero, não sou obrigada. Você é idiota ou se faz? — Marília respondeu em um tom com um pingo de ódio, odiava a persistência da mais velha de qualquer maneira.
Maraiaa apenas a ignorou e se virou para luisa.
— Bom Sonza, aonde você comprou essa bolsa aí? Ela é muito bonita, igual a você. — Maraisa falou do banco de trás encarando a mais velha, que se sentava no banco da frente.
Luisa sentiu suas bochechas esquentarem e Marília só conseguiu revirar os seus olhos.
— A-ah muito obrigada Maraisa. — Luisa respondeu tímida, arrancando um pequeno sorriso de Maraisa.
— O meu carro não é uma boate pra vocês ficarem flertando ok? Eu estou aqui ainda. — A mais nova falou incomodada, tentando se concentrar na pista.
— Sem ciúmes Mendingo. — Maraisa começou a provocar.
E lá estava o tom sarcástico de Carla Pereira. Marília ficava se perguntando e pensando a todo momento se existe alguma coisa que ela não odeie em Maraisa
— Bebeu demais foi? Estou começando a achar que sim, pra estar falando coisas sem sentindo. — Marília respondeu simplista, tentando não cair da provocação da mais velha, sabia que precisava colocar o seu plano em prática e não podia surtar.
Luisa olhava as duas com atenção, pensando em como faria pra acabar com a pequena discussão das mais novas.
— Estou sóbria o suficiente pra saber que sim Mendonça, eu olhei pelo retrovisor e você estava revirando os olhos, você faz isso quando ouve uma pessoa que não gosta falar e principalmente quando está com ciúmes.
Marília apertou os dedos no volante até ficarem brancos. Contou uma, duas, três, cinco vezes para tentar se acalmar. Em um tempo 1 minuto conseguiu pensar em várias coisas para preencher a sua mente com qualquer imagem que não seja a imagem da mão dela fechadas em punhos socando Carla constantemente.
Ajeitou a sua postura no banco do volante, relaxou seus ombros e seus dedos e deu um forte suspiro com o intuito de se acalmar e colocou um sorriso no rosto enquanto a frase "siga o plano direito, siga o plano direito." Rondava os seus pensamentos.
— Acho que você tem razão Carla, é que geralmente eu não gosto muito das paqueras de Luisa. Então acabo tendo essa leve ponta de ciúmes por ela. — Respondeu simplista, sem deboche ou sarcasmo nenhum, pra falar a verdade estava sendo sincera.
Maraisa estava estática. Esperava uma provocação e dependendo da onde, chegaria um soco vindo da mais nova. Mas não, Marília respondeu simples, 0 provocações, 0 sarcasmo. Afinal, o que estava acontecendo com a Mendonça que ela não esteja sabendo? A mais velha ainda estava confusa e curiosa ao mesmo tempo, então só murmurou um "hm" deixando o assunto completamente de lado.
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Imprevisível//adaptação Malila
Hayran KurguDuas mulheres, dois impérios. Marília Mendonça. dona da grande Mendonça Empire, uma das maiores empresas de bebidas de New York,ganhando diversos prêmios, e lucrando muito ao longo do ano. Carla Pereira, mais conhecida como Maraisa Dona da grande Sh...