• Capítulo 31 •

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Se você realmente, realmente me ama, me diga
Que você realmente não consegue ficar um dia sem mim, realmente
Que você me quer tanto ao ponto de ficar obcecado por mim, realmente.

Barulho de sirene das ambulâncias, barulho dos burburinhos das pessoas aflitas do lado, jornalistas desesperados para saber o que de fato aconteceu com Carla Pereira e de o porque ela estar no hospital faziam o coração de Marilia estremecer de nervoso, de tristeza.

Marilia corria junto com os médicos ao lado da maca aonde Maraisa se encontrava desacordada, ainda com as lágrimas rolando pelos seus olhos sentindo tamanha culpa pela aquela situação.

Carla não respondia a nada, estava apagada, como se tivesse em um sono profundo do qual nunca mais acordaria, ficaria em um sonho feliz para sempre.

— Doutor, pelo amor de deus! — Marilia explicava aos prantos pela sua amada.

Ele nada respondeu e apenas olhou rapidamente para Marilia como se estivesse dizendo "ela vai sair dessa, aguente firme."

— Veja os batimentos cardíacos agora! Qualquer minuto é precioso. — Dizia com convicção, ele iria salvar aquela mulher de qualquer jeito.

Então a enfermeira fez como mandado e a expressão triste logo tomou conta de seu rosto enquanto alternava o olhar entre Marilia e o doutor rapidamente.

— Sem batimentos cardíacos. — Dizia por último.

O medo passou pelo olhar de Marilia.

— Levem-na para a reanimação agora! Rápido, agora! — O doutor gritava enquanto suas veias pulavam para fora de sua garganta, ainda não iria desistir de salvar uma vida como muitos fazem.

A chama da esperança se acendeu em Marilia que estava jogada no chão aos prantos pensando em como tudo aquilo tinha chegado nesse ponto, sua cabeça doía a cada segundo que se passava somente pesando em voltar para casa e voltar para os braços de Maraisa e então na sua cama quentinha dizer o quanto a ama.

E então viu pela última vez viu a sua amada sendo levada para uma sala por pessoas que iriam tentar salvar a sua vida.

[...]

Marilia esperava por uma resposta ansiosamente, a praticamente uma hora não tinha notícias, o seu coração continuava apertado e a continuava eufórica, igual as pessoas do lado de fora do hospital querendo uma notícia verídica. A mulher se levantou rapidamente assim que viu o mesmo doutor chegando perto de si completamente derrotado e cansado.

— Doutor, por favor... — Marilia implorava por uma notícia boa, mas o doutor ainda continuava com a cabeça abaixada.

— Nós.... — O doutor falava com a voz arrastada, logo levantou a cabeça e olhou diretamente em seus olhos, estavam cansados e com olheiras mas ainda restava um brilho pequeno. — Conseguimos senhorita Mendonça, ela foi forte e conseguiu, ela está viva. — O homem dá um sorriso e Marilia o abraça imediatamente, um peso tinha sido retirado de cima de si, seu amor estava viva.

— E quando eu posso ir vê-la? Por favor me deixe entrar agora. — Marilia dizia eufórica e ansiosa, queria ver Maraisa logo e dizer o quanto ela a amava.

— Agora não é possível, estamos cuidando dela ainda. Vá para a casa e descanse, amanhã você vem vê-la e te digo tudo. — O doutor dizia com a mão no ombro esquerdo de Marilia.

Marilia não gostou nada de ter que voltar para casa, de sair do lado de Maraisa mas assim decidiu fazer. Chamou o seu motorista que já aguardava do lado de fora mas teria que passar pelos jornalistas que aquele horário da noite ainda não tinham ido embora, ao contrário, só chegaram mais e mais.

Imprevisível//adaptação MalilaOnde histórias criam vida. Descubra agora