•Capitulo 14•

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Decidi ir fazer uma pequena visitinha a Pereira, preciso tirar esse áudio a limpo, fiquei bastante curiosa, apesar de já saber a resposta. Talvez essa história de áudio seja só uma desculpa para vê-la, uma desculpa perfeita.

Mas é claro que não vou porque quero, vou porque preciso. Já estou a muito tempo parada, preciso dar adiante com o plano, preciso dar continuidade ao que quero.

Olho no relógio em meu pulso marcando exatamente 21:36 horas quando decido até a casa de Maraisa para vê-la, a esse horário provavelmente já vai ter saído do trabalho.

Pego minha bolsa e tranco a minha sala, assim saindo no objetivo de encontrá-la.

[...]

Agora estou na frente da porta dela, toco a campainha e espero um pouco, mas ninguém atende. Toco novamente e espero, mas novamente ninguém atende.

—Ué? —Falo confusa.

Eu tenho certeza que ela viu que sou eu e está se recusando a abrir a porta, típico dessa Morena Barata.

Toco a campainha repetida vezes, sem parar, se ela não quer me atender por bem vai atender por mal.

Ninguém atende, então entendo que realmente que não tem ninguém em casa. Mas eu não iria desistir tão fácil, se ela não está aqui então com certeza está na empresa, não consigo imaginar outro lugar pra ela estar.

[...]

Agora estou no estacionamento da empresa de Maraisa, pego o elevador e vou até o piso principal, aonde fica a seu escritório.

Quando o elevador se abre, saio rapidamente e paro em frente do mesmo. Logo todos rapidamente me olham, olhares curiosos e outros surpresos ou até mesmo assustados.

—Aquela é mesmo Marilia Mendonça ou é uma miragem? —Uma funcionária comenta com o seu colega ao lado, a mesma estava apertando os seus olhos.

Não liguei pros comentários e apenas prossegui a frente da sala de Maraisa.

—Espera, o que Marilia Mendonça, dona da empresa concorrente está fazendo indo em direção a sala da chefe? —Agora foi um funcionário comentando, apenas revirei os meus olhos e continuei a caminhar e percebi que a segurança durona de Pereira não estava na porta.

Parece que o destino está mesmo ao meu favor.

Dou um pequeno sorrisinho de lado e paro bem na frente da porta de Maraisa, quando sou impedida por um funcionário.

—Com licença, senhorita. —O homem fala entrando na minha frente.

Encaro o seu rosto com uma expressão dura, logo encaro o seu crachá.

—Fellipe Ferreira. —Falo encarando o homem de volta que logo fica nervoso ao ouvir a pronúncia de seu nome. —Tenho assuntos a tratar e eles não tem nada a ver com você. —Falo seca.

—É-é que a chefe pe-pediu pra não deixar ninguém entrar, ninguém mesmo. —Ferreira fala nervoso mexendo as mãos.

Levanto uma sobrancelha e logo falo: —É importante. Agora, se me der licença. —Falo tirando o homem da minha frente e assim abrindo a porta do escritório de Maraisa.

—Espere senh- —Antes do rapaz terminar eu fecho a porta na cara dele, me certificando de trancar com a chave dali, logo encosto na porta e olho pra Maraisa, que está me encarando estática.

—Eu sabia que você estaria aqui. —Falo sorrindo.

—Ma-mas que porra você está fazendo aqui Mendonça? —Maraisa levantou visivelmente muito irritada. A mesma olhou pro trinco da porta e pelo visto ficou mais nervosa ainda. —E por que trancou a porta? —Agora uma Maraisa raivosa dava passos pesados até mim.

Imprevisível//adaptação MalilaOnde histórias criam vida. Descubra agora