Quando Número Dois, que foi amaldiçoada por seu número, vive uma vida escondida em Hawkins.
Ou
Quando Steve Harrington se vê envolvido em uma situação que trazia risco para cidade, e isso o aproxima da esquisitona de Hawkins, e ele se vê curioso pel...
Hattie pegou sua bolsa e trancou o trailer, decidiu que era hora de voltar a se concentrar em manter o disfarce e seguir sua vida normalmente, Will Byers não era assunto de sua conta, e ela estava muito bem não se envolvendo.
Ao chegar na escola foi direto ao seu armário, enfiou sua bolsa e pegou só os livros de matemática, que seria sua primeira aula, fechou o armário e se encaminhou para a sala de aula, mas na metade do caminho foi interrompida por alguém que segurou seu braço.
— Ei Williams — Era a voz de Steve Harrington e Hattie se amaldiçoou internamente por ter sido tão fraca n'aquele dia. — Você está bem?
Ela franziu o cenho e se virou lentamente para encará-lo.
— Por que você está falando comigo? — Ela disse após abrir e fechar a boca simplesmente sem saber o que dizer.
Ele pareceu quase ofendido
— Bem, você me deu um grande susto daquele dia, e não apareceu na escola ontem, acho que é justificável que eu estivesse preocupado — Steve se justificou.
— Você estava preocupado... comigo? — Hattie perguntou incrédula.
— Bem... sim — Ele falou, simplesmente, para ele não era grande coisa.
Mas pela primeira vez, literalmente pela primeira vez em seus 17 anos de vida, alguém esteve preocupado com seu bem estar.
E esse alguém foi Steve Harrington.
— Você está bem? — Steve perguntou.
— Sim... — Hattie respondeu e sorriu um pouco, o sorriso se alargando. — Estou bem...
— Bom — Ele disse, não podendo deixar de notar como Hattie era bonita quando estava sorrindo — Isso é bom — Ele voltou a realidade e viu que seus amigos se aproximavam — Te vejo por aí Williams.
— Te vejo por ai, Harrington — Ela falou mordendo o lábio inferior, e acompanhando com os olhos o mais alto passar por ela, tocando seu ombro.
Ela passou um tempo olhando para Steve, que fazia seu caminho até seus amigos e os comprimentava, até que sacodiu a cabeça e voltou a sua realidade.
— Eu tô parecendo uma adolescente de 14 anos. — Ela tomou seu caminho de volta a sala de aula.
Se sentou em seu lugar habitual e esperou que a aula começasse. As matérias da escola sempre foram facéis para ela, tudo que havia para aprender ela havia sido forçada a aprender mesmo quando não tinha idade suficiente para assuntos tão avançados.
Ela sempre foi forçada a ser a melhor, e inconscientemente ela ainda se forçava a ser. Não por ser soberba, mas porque se não fosse a melhor, não sobreviveria, então se tornou seu principal instinto para sobreviver: ser a melhor.
E ela fez jus a isso, em suas notas, em seu trabalho, e em tudo que fazia.
— Hattie Williams está presente? — O professor perguntou e ela levantou a mão entediada. — Jonathan Byers?
Ninguém respondeu, mas uma lampada se iluminou na mente de Hattie.
Era daí que ela conhecia o sobrenome Byers, seu colega na aula de matemática.
Ela sorriu de canto, já tinha um plano, só esperava não fazer nenhuma besteira.
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